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Mas quem tem tempo de fazer qualquer coisa em câmera lenta? Debaixo do calor sufocante de um dia de verão na Jordânia ou sob o frio de uma noite gelada de inverno, sempre há uma multidão que se comprime diante da Reem, uma casa minúscula de comida para viagem que tem a fama de fazer os melhores sanduíches "shawarma", de carne bovina ou de carneiro, em todo o Oriente Médio.
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Com seu espaço ao ar livre para servir os lanches e dois espetos rotatórios verticais, a loja vende mais de 5.000 sanduíches por dia por cerca de US$ 1 cada um. Barracas que imitam a Reem foram abertas por toda parte no Oriente Médio. "Para mim, comer aqui é imprescindível", disse Hamza al Maini, 22. "Venho toda semana. Este lugar é o melhor."
Os jordanianos admitem que o "shawarma" veio originalmente de outro país, provavelmente da Turquia ou possivelmente da Grécia. Mas quem está preocupado com isso? Não as pessoas que comem na Reem.
"É o McDonald's do mundo árabe", comentou Momtaz al Shorafa, contando que pegou carona com seu amigo Muhammad Kiswani. Os dois atravessaram a cidade para comprar dois sanduíches para cada um.
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A Reem foi fundada em 1976 por Ahmed Ali Bani Hammad, que tinha trabalhado como cozinheiro no Líbano. Ao retornar a seu país, ele abriu sua lanchonete própria. Ela tem largura justamente suficiente para abrigar um caixa, dois fornos a gás verticais para assar a carne e oito rapazes que cozinham, fatiam e servem sem parar.
Pouca coisa mudou desde que Hammad abriu seu negócio, exceto pelo fato de o local ser hoje administrado por seus filhos, Sammer e Khalid. Eles andam num Porsche Cayenne e trajam jaquetas de couro.
"Vocês ganham bem fazendo 'shawarma'?" "Ganhamos, sim", respondeu, rindo, o filho mais velho, Sammer Bani Hammad, que herdou a responsabilidade familiar mais importante após a morte de seu pai, cinco anos atrás: ele é o guardião da receita secreta.
Sammer disse que o segredo do sucesso da Reem é o escabeche da carne. Ele mesmo não cozinha mais. Mas é ele quem mistura o molho, porque ninguém mais pode conhecer seus ingredientes. "É a receita de meu pai", disse.
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Enquanto ela assa, sua parte externa vai ficando preta. É nesse momento que um dos fatiadores, como Fattah, começa a trabalhar, cortando de cima para baixo com uma lâmina longa e afiada para tirar só a parte bem assada e então deixando-a sob o espeto de carne e gordura, para assar mais um pouco no calor.
A lanchonete usa mais de 450 kg de carne por dia. "Os fregueses são de todas as classes sociais", disse Sammer. "Há religiosos, trabalhadores, atores -todos vêm para cá e todos aguardam na fila, como os outros."
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