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No entanto, muitos filmes de Bollywood retrataram casais indo-paquistaneses. “Mas o homem é sempre indiano, e a mulher paquistanesa. Duvido que esses filmes possam ter o mesmo sucesso com os gêneros invertidos”, escreveu Amber Rahim Shamsi em um blog do jornal paquistanês “Dawn”. Esse era só o começo da história. Alguns dias depois da chegada de Shoaib Malik a Hyderabad, no início de abril, a polícia confiscou seu passaporte: uma outra indiana, Ayesha Siddiqui, alegava ser a esposa do jogador de críquete e acabara de prestar queixa.
A polêmica cresceu. As cadeias de televisão só falavam desse escândalo. Ayesha Siddiqui explicou que havia se casado por telefone com Shoaib Malik. Este último contesta a validade do casamento, já que ele nunca a havia encontrado, e além disso alegava ter sido enganado por fotos adulteradas.
No final o jovem atleta paquistanês foi obrigado a reconhecer o tal casamento... para poder se divorciar e se casar novamente. Shoaib Malik e Sania Mirza se uniram, para o bem ou para o mal, na segunda-feira (12). O presidente da Federação de Tênis do Paquistão, Dilawar Abbas, espera que um dia Sania Mirza jogue pelo seu país, pois “na Ásia as mulheres costumam seguir o marido”. No entanto o casal ainda não anunciou onde irá viver. Provavelmente em território neutro, como em Dubai.
“Para quê procurar um marido no Paquistão, sendo que há mais de um bilhão deles na Índia?”, se pergunta Pramod Muthalik, outro líder extremista hindu. Certamente porque nos filmes de Bollywood, as histórias de amor mais bonitas são sempre complicadas. Ainda mais que o amor de Sania Mirza tem um preço. O dos patrocinadores, que não renovaram seus contratos.
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