Seis meses após o terremoto de 9 pontos na escala Ritcher seguido de tsunami que devastou o Japão, o país ainda sofre com a reconstrução, os gastos decorrentes dela e o perigo nuclear. O governo quer investir 23 trilhões de ienes (cerca de US$ 280 bilhões) nos próximos dez anos em projetos para reerguer as regiões afetadas, enquanto os indicadores econômicos mostram um horizonte de recessão, também por conta da crise internacional. Para obter os fundos necessários à reconstrução, o governo estuda cortar despesas em 500 bilhões de ienes (US$ 6 bilhões) por ano e elevar impostos, a fim de arrecadar 10 trilhões de ienes (US$ 121,5 bilhões) em dez anos. Outras medidas serão tomadas, mas a tarefa não será fácil, visto que o PIB do país já sofre contrações -- o governo anunciou nessa semana que o Produto Interno Bruto caiu 2,1% entre abril e junho frente a mesmo período de 2010, ante uma previsão inicial de 1,3%. A tragédia de 11 de março também originou uma crise nuclear devido ao superaquecimento de três dos seis reatores da usina de Fukushima, que provocou vazamento de radiação e fez com que 50 mil famílias da região deixassem suas casas. Água e alimentos foram contaminados, e os setores pecuário, agrícola e pesqueiro registram danos milionários. Segundo o último balanço da polícia, o episódio causou a morte de 15.744 pessoas e deixou 4.227 desaparecidos. Os dados ainda são atualizados diariamente. Na província de Miyagi, a mais afetada e onde fica Sendai e Onagawa, os óbitos chegam a 9.383 e os desaparecidos a 2.283, ao mesmo tempo em que mais de 73,2 mil imóveis ficaram completamente destruídos e ainda há 2.850 pessoas vivendo em 117 abrigos públicos.
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