O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, declarou o fim da pior crise nuclear desde Tchernobil, alegando que técnicos recuperaram o controle dos reatores na Usina Fukushima Daiichi.
"Hoje, atingimos um marco importante", disse Noda, na TV. "Os reatores estão estáveis, o que deve resolver uma grande causa de preocupação para todos nós."
A declaração, que surge nove meses depois que um terremoto e um tsunami destruíram a usina nuclear na costa japonesa, causando imenso vazamento de radiação, pode preparar o caminho para a volta de alguns moradores retirados da área.
Mais de 160 mil moradores continuam longe de casa, e muita gente vem optando por não voltar. "Não parece verdade para nós", disse Hirofumi Onuma, vice-diretor de uma escola em Minamisoma.
Depois de esforços desesperados de limpeza, a escola foi declarada segura e reabriu em outubro. Só 350 dos 705 alunos voltaram.
A causa do acidente foi imputada a muitos fatores: um tsunami de rara intensidade, uma localização vulnerável a desastres sísmicos, uma resposta que ficou aquém do necessário e relações confortáveis entre operadores da usina nuclear e as autoridades.
O anúncio do equivalente a uma "parada fria", termo técnico que significa que o sistema de refrigeração do reator agora está operando abaixo dos 93 graus, envolveria suposição de que os reatores estejam intactos, disse Hiroake Koide, professor do Instituto de Pesquisa de Reatores da Universidade de Kyoto. "Parada fria é só um termo que está sendo usado para causar a impressão de que o incidente de algum modo está resolvido."
Nenhum comentário:
Postar um comentário