domingo, 1 de julho de 2012


Neste ano, o diretor Keisuke  Kinoshita, que ficou conhecido pelo filme “A balada de Narayama”, faz 100 anos. Para comemorar o seu centenário, o Consulado Geral do Japão promoverá, no mês de junho a mostra “100 anos de Keisuke Kinoshita”, em parceria com a Fundação Japão.
Keisuke Kinoshita estreou como diretor de cinema em 1943 com a obra Hana Saku Minato (Porto de Flores, em tradução livre – sem título em português), lançando vários filmes que fizeram sucesso e marcaram a história do cinema japonês, tais como: Nijushi no Hitomi (24 Olhos), Karumen Kokyou ni Kaeru (Carmem retorna para casa, em tradução livre – sem título em português) e Narayama-Bushi Ko (A Balada de Narayama). Foi contemporâneo de Akira Kurosawa, seu grande amigo, com quem dividiu a popularidade, além de ter produzido filmes em parceria. No dia 5 de dezembro deste ano comemoramos 100 anos do nascimento deste grande artista reconhecido mundialmente. Nas suas obras dedicou em retratar a “essência do ser humano”, em estórias que abordam sobre a beleza e a feiura, a força e a fraqueza, a alegria e a tristeza das pessoas. Representava-as como elas realmente são, sem enaltecê-las, e pela sua postura firme e inflexível era chamado de “pessoa de convicção”.
Por outro lado, possuía espírito inovador e experimental em relação às técnicas de registro de imagens. Foi o primeiro cineasta a dirigir um longa-metragem em cores além de sempre introduzir ideias e técnicas revolucionárias, tais como o enquadramento na diagonal durante toda a película, a técnica de utilização parcial de colorações vívidas, entre outros. Foi um dos primeiros cineastas a ingressar na televisão. Kinoshita não se deixava enquadrar em padrões e utilizou vários estilos ao bem querer. Ajudou a construir as bases da televisão com suas séries que marcaram a época. As obras de Kinoshita, tanto no cinema quanto na televisão, nunca deixavam os telespectadores entediados. Porém na base de todas as obras podemos identificar a sua marca: a busca incansável pelo “verdadeiro ser humano”.
No cinema japonês não encontramos ninguém com uma produção tão intensa e tão diversificada. Em suas 49 obras para o cinema, Kinoshita transitou com sucesso pelos vários gêneros, da comédia a tragédia. Foi considerado o “Gênio da comédia” por suas obras cômicas. “Kinoshita que faz chorar” em referência às suas obras líricas. Produziu películas experimentais, ricas em inovações, nos chamados filmes de arte. Em obras com temáticas sociais levantou dúvidas sobre o mundo.

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