Um político democrata da Califórnia pediu esta quarta-feira
(10) um boicote ao metrô de Washington, depois da publicação de uma publicidade
paga por um grupo pró-israelense que qualifica os extremistas muçulmanos como
"selvagens".
Os cartazes, também exibidos em trens de curta distância de
Nova York e em ônibus de San Francisco, estavam colados esta semana em quatro
estações do metrô da capital americana, depois que um juiz federal considerou
que sua publicação estava amparada pela lei da liberdade de expressão.
Evocando problemas de segurança, o operador do metrô de
Washington tentou recentemente atrasar a publicação dos cartazes, nos quais se
pode ler: "Em qualquer guerra entre o homem civilizado e o selvagem, apoie
o civilizado. Apoie Israel. Combata a Jihad".
Mike Honda, representante democrata da Califórnia, disse ser
favorável à liberdade de expressão, garantida pela Constituição, e afirmou compreender
a decisão da Justiça.
No entanto, "o direito a não apoiar um discurso de ódio
também é um direito", declarou através de um comunicado, "por isso
exorto às pessoas a boicotarem o metrô de Washington, na medida do possível, até
que se retirem os cartazes".
Pamela Geller, diretora da Iniciativa de Defesa da Liberdade
nos Estados Unidos, que publicou a campanha, disse que a menção "se refere
à Jihad (...) Todos os terroristas jihadistas são muçulmanos, mas nem todos os
muçulmanos são terroristas".
Geller foi criticada pela Liga Antidifamação, grupo que luta
contra o antissemitismo, que denunciou a "intolerância
anti-islâmica".
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