O primeiro-ministro tunisiano, Ali Larayedh, excluiu hoje, dia 29, a
possibilidade que de renunciar ao seu cargo, mas pela primeira vez
propôs que as eleições políticas ocorram no dia 17 de dezembro, para
tentar superar a crise política provocada pelo homicídio do membro da
oposição laica, Mohamed Brahmi. "Esse governo continuará garantindo
suas funções. Não vamos ficar grudados ao poder, mas temos deveres e a
responsabilidades que cumpriremos até o fundo", afirmou Larayedh, cujo
Executivo é apoiado pelo partido islâmico Ennahda. A
polícia e o Exército tunisianos intervieram hoje na praça do Bardo, no
centro da capital, Túnis, por desocupá-la de deputados que se
auto-suspenderam e de outros manifestantes. Segundo alguns deputados, a
ação das forças de segurança foi "duríssima" e dezenas de opositores
ficaram feridos. Entre eles, o deputado Noomane Fehri, que, segundo
quanto relatado pelos seus colegas, sofreu graves danos na coluna
vertebral. Testemunhas informaram que a polícia usou contra os
manifestantes os tasers, as pistolas elétricas paralisantes. Muitos feridos foram transferidos nos hospitais.
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