Um tribunal do Cairo proibiu todas as atividades da Irmandade Muçulmana e ordenou o congelamento de seus fundos.
O tribunal de Assuntos de Urgência emitiu a decisão após pedido apresentado por um partido de esquerda.
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A Irmandade vem liderando uma série de protestos desde que o presidente Mohamed Morsi, ligado ao grupo, foi deposto pelos militares.
"A corte bane as atividades da organização Irmandade Muçulmana e de sua organização não governamental, e todas as atividades que possa tomar parte e qualquer organização derivada dessas atividades", proferiu o juiz Mohamed al-Sayed.
A corte ordenou o governo a confiscar os fundos da Irmandade e administrar seus ativos congelados.
O grupo reagiu ao anúncio afirmando que se tratou de uma decisão "política", "manchada pela corrupção", e prometeu continuar "no terreno".
O governo apoiado pelo Exército promove a maior perseguição em décadas contra a grupo islâmico, que diz ter um milhão de membros. Forças de segurança mataram centenas de seus apoiadores e perseguiram outros milhares desde a deposição de Morsi pelo Exército em julho, após grandes manifestações contra seu governo.
A Irmandade venceu eleições parlamentares e presidenciais após a derrubada do antigo ditador Hosni Mubarak, em 2011.
A derrubada de Mursi pelo chefe do Exército, Abdel al-Sisi, provocou uma crise política no país mais populoso do mundo árabe. A Irmandade insiste que houve um golpe militar para derrubá-la do poder.
A decisão do tribunal provavelmente vai levar mais membros da Irmandade para a clandestinidade e pode encorajar jovens islâmicos a pegarem em armas contra o Estado
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