O anúncio foi feito pelo presidente do estúdio Ghibli, Koji Hoshino, de forma surpreendente, neste domingo (1), no Festival de Veneza, onde "Kaze Tachinu" ("O Vento Leva"), seu último filme, foi apresentado dentro da mostra competitiva.
"Tenho um anúncio para fazer", disse Hoshino ao fim da entrevista coletiva para a imprensa mundial, lendo uma carta escrita por Miyazaki. "No passado, eu fui chamado diversas vezes para o Festival de Veneza. Eu gosto muito do mundo. Mas gostaria de anunciar que estou me retirando do meu trabalho depois de 'Kaze Tachinu'. Gostaria de dizer adeus."
Hoshino explicou que uma nova entrevista será armada em Tóquio, semana que vem, quando as explicações do criador de "A Viagem de Chihiro" (2001), a animação não americana mais bem-sucedida de todos os tempos e ganhadora do Oscar, e de clássicos infantis como "Meu Vizinho Totoro" (1988), "A Princesa Mononoke" (1997) e "O Castelo no Céu" (1986), deverão ser colocadas para a os fãs. "Não posso aceitar nenhuma pergunta", finalizou.
O anúncio pegou todo o festival de surpresa. "Miyazaki é uma fonte inesgotável de energia e ainda tem muita energia", exaltou emocionado o executivo do estúdio de Miyazaki, minutos antes de comunicar a aposentadoria de seu grande mentor.
Não se sabe se a decisão é um ato de protesto pela polêmica levantada pela nova animação, sobre o designer do avião mais eficaz do Japão na época em que o país lutava ao lado da Alemanha Nazista. A bilheteria local do longa é uma das melhores da história do Ghibli.
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