Um cartaz com diversas possibilidades de orientação sexual foi o jeito
encontrado por uma escola japonesa da cidade de Saitama (na região
metropolitana de Tóquio) para falar sobre sexualidade a adolescentes. A
medida foi adotada em um momento em que o Japão vive um grande aumento
de casos envolvendo bullying contra estudantes LGBTs.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo Inochi Risupekuto
Howaito Ribon Kyanpen (Campanha do Laço Branco pelo Respeito à Vida, em
tradução livre), com sede na capital do país, e divulgada pelo Japan Times em
maio, 70% dos estudantes homossexuais japoneses já sofreram algum tipo
de bullying e 30% já pensaram em cometer suicídio. Além disso, 11%
disseram ter sofrido abuso sexual.
O cartaz da escola secundária da Prefeitura de Saitama, intitulado “de
quem você vai gostar”, apresenta diversos tipos de relações afetivas:
heterossexuais, homossexuais, bissexuais e inclusive os assexuados. O
material visual é parte de uma série de informações sobre saúde e
explica ainda que as orientações são inatas à pessoa e não podem ser
modificadas por pressões externas.
A adolescência é quando geralmente é realizada a descoberta da
orientação sexual e, para isso, deve-se levar “tanto tempo quanto for
necessário”, aconselha o material.
O texto introdutório do cartaz diz que, “quando os jovens chegam à
puberdade, eles muitas vezes gostam de outras pessoas e isso é chamado
atração sexual. Dependendo de quem a pessoa goste, esta é sua orientação
sexual. A maioria é heterossexual, mas as pessoas que são homossexuais e
bissexuais não formam um grupo pequeno. A orientação sexual é inata e
não pode ser modificada por intervenção, por isso não é preciso mudar
suas preferências”.
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