A mais alta corte iraniana determinou que o ex-procurador-geral de
Teerã Saeed Mortazavi, 46, seja suspenso de qualquer cargo do governo
por cinco anos por ter ordenado que manifestantes fossem torturados em
2009. Pelo menos três deles morreram sob custódia.
Mortazavi, conhecido como linha-dura, negou as acusações. Pela decisão
de um tribunal menor --sustentada pela corte suprema--, ele também não
poderá exercer sua profissão.
Até o início de seu julgamento, no último ano, ele chefiava a organização de bem-estar social do Irã.
Mortazavi foi procurador-geral de Teerã entre 2003 e 2009 e teve uma
atuação determinante na repressão aos protestos contra supostas fraudes
no pleito de 2009, no qual foi reeleito o presidente Mahmoud
Ahmadinejad.
Reformistas iranianos também apontam Mortazavi como um algoz da imprensa
iraniana, por ter sido o responsável pelo fechamento de mais de 120
jornais locais e pela detenção de dezenas de jornalistas e ativistas.
Em 2009, os protestos contra a reeleição do conservador Ahmadinejad
terminaram esmagados pelo regime, que colocou em prisão domiciliar
líderes da oposição reformista.
A Presidência é ocupada desde 2013 por Hassan Rouhani, um moderado.
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