A China revelou nesta quinta-feira (10) que as ilhas que o país está
criando no mar do Sul da China poderão ser usadas para a defesa militar,
além de servirem para projetos civis que iriam ainda beneficiar outros
países.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que os trabalhos
que estão sendo feitos sobre sete arrecifes no arquipélago de Spratly
desde o ano passado são necessários, em parte, por causa do risco de
tufões em uma área de intenso tráfego naval que fica muito longe de
terra firme.
"Estamos construindo abrigos, estruturas de auxílio à navegação, de
busca e de salvamento, bem como serviços de previsão meteorológica",
disse Hua Chunying.
Sem oferecer mais detalhes, a porta-voz chinesa disse que "as ilhas e os
recifes também poderão atender às demandas para a defesa militar da
China".
É raro a China dar detalhes sobre os planos para as ilhas artificiais.
Mas a rápida recuperação que o país está fazendo nos arrecifes alarmou
países da região e gerou críticas dos EUA, inclusive do secretário de
Defesa, Ashton Carter, que está em visita ao Japão e à Coreia do Sul
nesta semana.
Segundo a porta-voz das Relações Exteriores, a construção "está
inteiramente dentro do âmbito da soberania da China. É justa, razoável,
legal e não afeta nem é direcionada contra nenhum país. Ela é
irrepreensível".
A China reivindica grande parte do mar do Sul da China, pelo qual passam anualmente cerca de US$ 5 trilhões em mercadorias.
As Filipinas, o Vietnã, a Malásia, Brunei e Taiwan também têm reivindicações sobre a região.
À exceção de Brunei, todos esses países fortaleceram suas bases em
Spratly, que se encontra a cerca de 1.300 km da China continental.
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