quinta-feira, 2 de abril de 2015


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A polícia da Turquia matou nesta quarta-feira (1º) uma mulher que tentou atacar a sede da polícia em Istambul, um dia após a morte de um promotor que foi tomado de refém por dois militantes de extrema-esquerda.
Segundo o governador da cidade, Vasip Sahin, a mulher levava uma bomba, duas granadas e uma metralhadora.
Ela foi baleada pelos agentes que faziam a segurança do edifício e morreu na hora.
Um homem que a acompanhava foi atingido de raspão e tentou fugir, mas foi capturado minutos depois. Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado.
Antes disso, um homem armado foi preso ao invadir o prédio do governista Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco). Ele quebrou janelas e agitou uma bandeira turca em uma delas antes de ser preso.
PROMOTOR
Os novos ataques ocorrem menos de 24 horas após dois militantes da Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C) tomarem de refém o promotor Mehmet Selim Kiraz. Os três acabaram mortos em circunstâncias ainda não esclarecidas após ação de resgate da polícia.
Em reação ao ataque, a polícia turca lançou uma operação para prender militantes do partido. Pelo menos 22 estudantes foram presos acusados de vínculo com a agremiação.
Considerada terrorista pela Turquia, pelos EUA e pela União Europeia, a DHKP-C realizou uma série de atentados nos anos 1990, principalmente contra autoridades.
O partido, de inspiração marxista-leninista, considera que o governo turco está sob controle do Ocidente e busca acabar com esse domínio usando a violência e meios democráticos.
REAÇÃO
Nesta quarta, o primeiro-ministro, Ahmed Davutoglu, prometeu agir contra o que chamou de "aliança do mal". "Nós não vamos cair nessa armadilha, não vamos sacrificar o país. Se alguém se manifesta com o rosto escondido ou com coquetéis molotov, não será tolerado!".
Mais cedo, centenas de juízes e advogados prestaram homenagem a seu colega no tribunal onde morreu, sob uma enorme bandeira que proclamava: "Não vamos esquecer de ti, nosso mártir".
"Ele é um herói", afirmou por sua vez o presidente Recep Tayyip Erdogan, que voltou de visita à Romênia por causa dos últimos acontecimentos.

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