Sou Eduardo Ávila, designer gráfico, graduado pela Universidade Federal de Goiás, onde atualmente participo do curso de Licenciatura em Artes Visuais (um curso estabelecido entre a UFG e a Universidade Aberta do Brasil). Também sou membro do Centro de Pesquisas em Cultura Japonesa de Goiás – CPCJ. Há algum tempo, tenho direcionado meus esforços para divulgar a cultura japonesa e oriental na cidade de Goiânia. No início do ano de 2008, desenvolvi um projeto em conjunto com minha amiga Paula Kiyomi Tsujii. O projeto ficou conhecido como kiri ori nori: universo contido num papel.
kiri ori nori é uma expressão metafórica que designa estudos e experimentações que relacionam os três princípios básicos aos quais iniciamos nossos trabalhos, que são: o cortar, o dobrar e o colar. Nosso objetivo é criar objetos e imagens, na procura de soluções conceituais e alternativas ao trabalharmos com o washi, nossa matéria prima básica e indispensável. A proposta através do kiri ori nori é incorporar algumas “criações” locais – como a produção de papéis artesanais, e congregar técnicas formais (processos de produção de gravuras e estampas, desenho e pintura) às técnicas japonesas como o kirigami, o origami e o norizuke, resultando numa “versão híbrida”.
No entanto, para alguns tradicionalistas, nossa concepção pode provocar certo equívoco quanto às conceituações originais para cada modalidade, porém, independente do que se apresenta como tradição, nosso objetivo é divulgar e propor novas idéias, novos caminhos, ou melhor, caminhos brasileiros para técnicas predominantemente orientais.
Para saber mais:
site: www.kiriorinori.com.br
blog: kiri-ori-nori.blogspot.com
site do CPCJ: www.cpcjgo.org
terça-feira, 28 de abril de 2009
FROM GOIAS
segunda-feira, 27 de abril de 2009
DE INÍCIO,
Meu nome é Célia Mari Gondo Passos, sou bacharel em Artes Visuais, com habilitação em Gravura, pelo antigo Instituto de Artes da UFG, atual Faculdade de Artes Visuais. Tenho trabalhado por um bom tempo dando aulas em espaços não formais de educação e, no ano de 2007, voltei à UFG em busca da licenciatura na área. Envolvi-me com o processo de ensino à distância e tenho atuado no curso de Licenciatura em Artes Visuais da UAB, na UFG. Atualmente, tenho buscado aprofundar conhecimentos em áreas que aproximem as artes visuais de questões antropológicas, no âmbito das abordagens transdiciplinares, e no cruzamento da cultura visual e da estética do cotidiano. Tenho buscado um olhar mais intensificado nas transformações da cultura popular e na folkcomunicação. Minha ascendência nipônica e meus interesses nessas áreas me trouxeram ao Centro de Estudos em Cultura Japonesa de Goiás – CPCJ, onde espero aprender e contribuir, compartilhando.
I LIKE IKI
の構造
Shūzo Kuki nasceu em 1888.
Filho de um nobre e uma ex-gueixa, em 1911, ele se converteu ao catolicismo e foi batizado como Franciscus Assisiensis Kuki Shūzo.
Graduado em filosofia pela Universidade Imperial de Tóquio, ele passou nove anos, a partir de 1921, na Europa para aperfeiçoar sua proficiência em línguas estrangeiras e para aprofundar seus estudos sobre o pensamento ocidental. Neste período e entre universidades da Alemanha, França e Áustria, Kuki teve contato com Henri Bergson (sua principal influência filosófica), Jean Paul Sartre, Edmund Husserl e Martin Heidegger.
Kuki foi um dos primeiros filósofos japoneses a analisar a tradicional cultura nipônica a partir da filosofia ocidental.
Após deixar a Europa e retornar ao Japão, ele publicou, em 1930, A Estrutura do Iki.
Por meio de uma estética existencialista, seu tratado sobre o Iki tenta elucidar os princípios deste termo surgido no Japão do século XVIII. Iki é uma palavra japonesa que não encontra uma tradução exata em outras línguas. Associado com o francês chic e com o inglês cool, Iki pode ser entendido como algo que se destaca dos elementos habituais do cotidiano. Pelo contraste com o que é corriqueiro aparecem questões dualistas como: Oriente Ocidente, Japonês Europeu, Mulher Homem, Amor Paixão, Corpo Espírito, Sensual Material.
O que é in e o que é out. O que é Iki e o que não é.Shūzo Kuki nasceu em 1888.
Filho de um nobre e uma ex-gueixa, em 1911, ele se converteu ao catolicismo e foi batizado como Franciscus Assisiensis Kuki Shūzo.
Graduado em filosofia pela Universidade Imperial de Tóquio, ele passou nove anos, a partir de 1921, na Europa para aperfeiçoar sua proficiência em línguas estrangeiras e para aprofundar seus estudos sobre o pensamento ocidental. Neste período e entre universidades da Alemanha, França e Áustria, Kuki teve contato com Henri Bergson (sua principal influência filosófica), Jean Paul Sartre, Edmund Husserl e Martin Heidegger.
Kuki foi um dos primeiros filósofos japoneses a analisar a tradicional cultura nipônica a partir da filosofia ocidental.
Após deixar a Europa e retornar ao Japão, ele publicou, em 1930, A Estrutura do Iki.
Por meio de uma estética existencialista, seu tratado sobre o Iki tenta elucidar os princípios deste termo surgido no Japão do século XVIII. Iki é uma palavra japonesa que não encontra uma tradução exata em outras línguas. Associado com o francês chic e com o inglês cool, Iki pode ser entendido como algo que se destaca dos elementos habituais do cotidiano. Pelo contraste com o que é corriqueiro aparecem questões dualistas como: Oriente Ocidente, Japonês Europeu, Mulher Homem, Amor Paixão, Corpo Espírito, Sensual Material.
Códigos tácitos de estilo, vestimenta e comportamento identificam o Iki. Gueixas e samurais. Flerte, auto controle valoroso, resignação. Um tipo de beleza elegante com nuances de sensualidade e sexualidade. Aproveitar os prazeres da carne e nunca ser controlado por desejos carnais. Aproveitar os prazeres monetários e nunca ser controlado pelo desejo por dinheiro. Muitos atributos estão ligados ao Iki. Certas tonalidades de cor. Capacidade de auto controle. Qualidades personificadas por heróis do Kabuki. É uma longa lista de relações. O descontrole apaixonado do Vermelho e o Negro de Stendhal é o tipo de amor contrário ao Iki. Ao invés de cores, a penumbra. Ao invés da experiência em si, a sugestão da experiência. Kuki expõe muitos exemplos, muitos detalhes implícitos, muitas insinuações que envolvem e revolvem os sentidos do Iki.
Kuki publicou mais quatro livros sobre assuntos diversos e também complexos. Mas, é o seu livro sobre o Iki que permanece até hoje como referência da obra filosófica desse budista, católico, livre pensador, admirador do nacionalismo e do fascismo. Várias faces como convém a um devoto do Iki.
Kuki faleceu em 1941 por causa de um ataque de peritonite. Uma morte nada Iki.
の構造
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
CRÔNICAS MADE IN
Milenar cartão postal nipônico, a imagem da gueixa povoa um imaginário mundial que pontifica a tradição internacional de que turistas em viagem ao Japão têm que tirar fotos de gueixas. De 80.000 na década de 1920 para 2.000 no ano de 2009, as gueixas são uma espécie em extinção, mas, não perdem o status de animal exótico que deve ser capturado pelo pixel digital. Como num safári, turistas ocidentais fazem emboscadas a poucas gueixas sobreviventes, invadem jardins e casas de chá, param-nas nas ruas de Kyoto, as impedem de passar, maculam as mangas de seus quimonos, puxam seus cabelos, e até as fazem tropeçar para poderem submetê-las ao domínio do ato fotográfico. Questão de segurança que fez com que as gueixas fossem escoltadas por patrulhas de proteção, tal caça indiscriminada é combatida com o slogan de que as gueixas não são o Mickey Mouse na Disney. Fotografias made in turistas japoneses, com certeza, devem mostrar obsessões diferentes das fotografias made in turistas ocidentais que parecem buscar nas gueixas o mesmo que os bárbaros e os colonizadores buscavam.
EAT DRINK HONG KONG
O cantonês e o inglês que se pode ouvir fluentemente da boca de quase todo cidadão de Hong Kong revela a mistura constante com que se esbarra em cada rua da cidade. Aço, vidro e néon dão o tom para uma ilha de concreto e ar condicionado que parece tão irreal como um filme de Kung Fu. Ocidente com Oriente. Tradicional com contemporâneo. Incensos queimados em velhos templos disputam espaço com mãos algemadas a modernos iPhones. Em Hong Kong nunca faz frio, nunca mesmo, um clima que faz muita falta por causa da poluição do ar que traz a impressão que o suor entra até dentro da garganta. Em Hong Kong, os preços são proibitivos para quem não quer ou não pode gastar dinheiro. Comer é caro em Hong Kong. Quem pretende economizar passa longe do Soho, de Lan Kwai Fong e de Tsimshatsui, e encontra bares que nem a vigilância sanitária consegue entrar. Os 100 centavos do dólar de Hong Kong pesam no bolso ao se entrar num desses bares. No balcão do bar tem uma anciã que parece a bisavô de Bruce Lee, ao lado dela, o olhar se espanta com um copo de vidro transparente, com um líquido transparente e com uma dentadura náufraga no fundo do copo. Após ter que ouvir um ni hao ma pronunciado com um mandarin indescritível, a anciã pega a dentadura e a encaixa na boca e depois, numa ação que trará pesadelos recorrentes, bebe o líquido no qual a dentadura estava afundada. Nihau, shay shay, ma ma hoo hoo. Como uma visão do inferno, a dentadura e o líquido pavimentaram o caminho para que o resto da estadia fosse alimentada à base de milk shake, batata frita e banana real produzidos pela haute cuisine das mais renomadas McDonald´s de Hong Kong.
Enter the dragon.
sábado, 18 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Super Mario em forma de teatro
quase a mesma coisa?
Supertições Japonesas
Como no Brasil, não deixe que um gato preto atravesse a rua na sua frente. Dá azar.
Não mate uma aranha à noite. Você pode perder todo o dinheiro que possui. Como a situação econômica do arquipélago não é das melhores, deixe os aracnídeos sossegados.
Alerta para quem tem medo de cobras: não assobiem à noite, porque poderão topar com uma representante da família dos répteis ofídios. Além de cobra, pode também ser um ladrão.
Reza a crendice japonesa que muitas pessoas que se deitam após comer podem se transformar em um boi. Mesmo que essa metamorfose não se concretize, é certo que estará ganhando alguns quilinhos a mais se adquirir o hábito.
domingo, 12 de abril de 2009
CRÔNICAS MADE IN
O game show é um dos programas mais comuns da TV japonesa. Neles pode-se ver alguém levar choques nos testículos por errar uma resposta ou alguém nadando e mergulhando nu numa fossa sanitária para procurar um prêmio. São situações tão bizarras e fisicamente drásticas que a TV americana criou, em 2008, o reality show, I Survived a Japanese Game Show. Dez participantes americanos são levados para Tóquio e têm que passar pela via crucis e pelo grand guignol das mais absurdas provas de diferentes game shows japoneses. As fronteiras do Made In se sobrepõem e mostram o surreal e o grotesco da produção televisiva contemporânea e globalizada.
Shi zen, 7 Cuias / LUME Teatro
Criação: LUME e Tadashi Endo
Atuação: Ana Cristina Colla, Carlos Simioni, Jesser de Souza, Naomi Silman, Raquel Scotti Hirson, Renato Ferracini e Ricardo Puccetti
Direção e coreografia: Tadashi Endo
Iluminação, figurino, som e desenho de palco: Tadashi Endo
Produção: LUME em parceria com o Butoh-Centrum MAMU/ Göttingen, Alemanha
JAPANESE UGLIES
sábado, 11 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
CALENDÁRIO DOS ENCONTROS DO CEO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009
DIA 16 DE ABRIL (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 30 DE ABRIL (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500A
DIA 06 DE MAIO (QUARTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 14 DE MAIO (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 18 DE JUNHO (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 25 DE JUNHO (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 30 DE ABRIL (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500A
DIA 06 DE MAIO (QUARTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 14 DE MAIO (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 18 DE JUNHO (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
DIA 25 DE JUNHO (QUINTA-FEIRA) DAS 17:00 ÀS 20:00 - SALA 500 A
Quando se desprendem as partes (Coletivo O12)
http://www.youtube.com/watch?v=hCcwniSLzlE
Vídeo com um dos trabalhos do Coletivo O12, criado por artistas da dança de Votorantim e que vem buscando um caminho de autonomia (política e artística) em sua criação. Suas estratégias incluem a produção de vídeos, normalmente postados no youtube e em seu blog: http://www.odoze.blogspot.com/
Vídeo com um dos trabalhos do Coletivo O12, criado por artistas da dança de Votorantim e que vem buscando um caminho de autonomia (política e artística) em sua criação. Suas estratégias incluem a produção de vídeos, normalmente postados no youtube e em seu blog: http://www.odoze.blogspot.com/
segunda-feira, 6 de abril de 2009
CRÔNICAS MADE IN
O atual consumo internacional de mangás e animês é uma nova forma de Japonismo? O Japonismo é a influência de diferentes formas de arte japonesa no Ocidente e também a perpetuação de estereótipos ocidentais sobre a cultura japonesa. No Ocidente, os mangás e os animês influenciam e também perpetuam clichês made in japan ou made in west. Talvez. Mas, hoje em dia, ao Japonismo resta mesmo é ser marca de óculos made in china.
Assinar:
Postagens (Atom)