A jornalista egípcia Mona Eltahawy usou o Twitter para denunciar abuso por parte dos oficiais do país em meio aos protestos contra as medidas anunciadas pela Junta Militar que governa o país. Mona alega ter sofrido abusos e espancamentos enquanto esteve detida no ministério do Interior, pelas Forças de Segurança Central do Egito.
"A inteligência militar me vendou por duas horas. Eu não queria ter ido com eles, mas me disseram que eu iria ou educadamente ou de outro jeito", postou Mona que foi libertada nesta quinta-feira após 12 horas detida. Segundo ela, ao denunciar o caso as autoridades lhe disseram que não souberam explicar o motivo de sua detenção.
Também no Twitter ela postou uma foto onde aparece com os dois braços enfaixados após ter sido liberada do hospital.
Sobre a violência sexual, ela disse que "cinco ou seis me cercaram, apertaram meus seios, pegaram na minha área genital e eu perdi a conta de quantas mãos tentaram entrar nas minhas calças".
"Eles são cachorros e seus chefes são cachorros. F*, polícia egípcia", escreveu ela em referência aos soldados da Força de Segurança Central.
"Não posso imaginar como meus familiares e amigos ficaram nessas últimas 12 horas, preocupados comigo. Me desculpem", postou ela.
Mona já passou por jornais como The Washington Post, The New York Times, e The Huffington Post, e é conhecida por sua postura crítica ao governo egípcio e ativismo pelos direitos humanos.
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