Única iniciativa econômica conjunta das Coreias em 60 anos, o complexo industrial de Kaesong agora causa prejuízos milionários.
Os sul-coreanos queriam transformar o local na principal área fabril da Península Coreana e numa das maiores da Ásia, mas nos últimos quatro meses encontraram a resistência do regime de Kim Jong-un.
O ditador norte-coreano decidiu retirar seus 53 mil trabalhadores do complexo em abril, em represália a duas resoluções da ONU contra o país por um teste nuclear em fevereiro e o lançamento de um foguete com tecnologia de mísseis em dezembro.
Após um mês de diálogos improdutivos para tentar retomar as operações, os norte-coreanos cortaram relações com o Sul em 25 de julho.
No dia 29, a Coreia do Sul pediu a retomada do diálogo, após oferecer ajuda humanitária ao país comunista. Sete dias depois, Pyongyang segue em silêncio e aumenta a preocupação de Seul com o prejuízo de US$ 10 bilhões (R$ 23 bilhões) com a construção.
Além das instalações, o governo da presidente Park Geun-hye arca mensalmente com US$ 273 milhões (R$ 619 milhões) de compensação financeira às 123 empresas que atuam na área.
Do lado norte-coreano, houve a perda dos rendimentos de exportação que, no ano passado, renderam US$ 480 bilhões (R$ 1,09 bilhão).
A fim de evitar novos prejuízos, Seul exige garantias a suas empresas e trabalhadores para retomar as operações. Para o diretor do Departamento de Relações Intercoreanas da Universidade Dongguk, Koh Yu-hwan, o pedido será atendido por Pyongyang, mas levará tempo.
"O fechamento do complexo representa uma grande ameaça, que alterará toda a relação intercoreana, incluindo a parte militar. Seul está sofrendo um enorme prejuízo".
Koh afirma que a crise é resultado de cinco anos de pouco avanço nas relações entre os dois países, devido à retórica mais dura do presidente Lee Myung-bak, que assumiu em 2008 e foi sucedido este ano por Park Geun-hye.
Por outro lado, Pyongyang fez no mesmo período dois testes nucleares e um ataque a uma ilha sul-coreana, que matou quatro soldados.
Os sul-coreanos queriam transformar o local na principal área fabril da Península Coreana e numa das maiores da Ásia, mas nos últimos quatro meses encontraram a resistência do regime de Kim Jong-un.
O ditador norte-coreano decidiu retirar seus 53 mil trabalhadores do complexo em abril, em represália a duas resoluções da ONU contra o país por um teste nuclear em fevereiro e o lançamento de um foguete com tecnologia de mísseis em dezembro.
Após um mês de diálogos improdutivos para tentar retomar as operações, os norte-coreanos cortaram relações com o Sul em 25 de julho.
No dia 29, a Coreia do Sul pediu a retomada do diálogo, após oferecer ajuda humanitária ao país comunista. Sete dias depois, Pyongyang segue em silêncio e aumenta a preocupação de Seul com o prejuízo de US$ 10 bilhões (R$ 23 bilhões) com a construção.
Além das instalações, o governo da presidente Park Geun-hye arca mensalmente com US$ 273 milhões (R$ 619 milhões) de compensação financeira às 123 empresas que atuam na área.
Do lado norte-coreano, houve a perda dos rendimentos de exportação que, no ano passado, renderam US$ 480 bilhões (R$ 1,09 bilhão).
A fim de evitar novos prejuízos, Seul exige garantias a suas empresas e trabalhadores para retomar as operações. Para o diretor do Departamento de Relações Intercoreanas da Universidade Dongguk, Koh Yu-hwan, o pedido será atendido por Pyongyang, mas levará tempo.
"O fechamento do complexo representa uma grande ameaça, que alterará toda a relação intercoreana, incluindo a parte militar. Seul está sofrendo um enorme prejuízo".
Koh afirma que a crise é resultado de cinco anos de pouco avanço nas relações entre os dois países, devido à retórica mais dura do presidente Lee Myung-bak, que assumiu em 2008 e foi sucedido este ano por Park Geun-hye.
Por outro lado, Pyongyang fez no mesmo período dois testes nucleares e um ataque a uma ilha sul-coreana, que matou quatro soldados.
As ações dos dois lados esfriaram o projeto de cooperação proposto pelo
Ministério de Unificação sul-coreano em 2000, após a única reunião de
chefes de Estado dos dois países desde o fim da Guerra da Coreia, em
1953.
Além de Kaesong, eles pretendiam fazer uma vila turística no Monte
Kumgang, a 50 km da fronteira, do lado norte-coreano. Dois anos depois,
iniciaram a construção do complexo, com a simbólica derrubada das cercas
da zona desmilitarizada.
Do lado sul-coreano da fronteira, é possível ver a área industrial do mirante de um antigo posto militar. As fábricas, modernas, contrastam com a cidade de Kaesong, com prédios de estilo soviético.
A intenção era que os trabalhadores usassem trens para chegar a Kaesong, mas o serviço foi suspenso em 2008 por motivo de segurança.
A estação de Dorasan, última antes da Coreia do Norte e que servia de acesso ao complexo, tem apenas um serviço diário para Imijiang, de onde saem trens para a capital Seul, a cerca de 60km.
No local, um mapa mostra outro projeto de unificação, a Ferrovia Transcoreana. O objetivo é ligar por trem a Coreia do Sul à China e à Rússia.
Com os projetos, a Coreia do Sul diz se preparar para "o futuro", forma como define uma unificação que, 60 anos após a guerra, dá alguns passos para trás em Kaesong.
Do lado sul-coreano da fronteira, é possível ver a área industrial do mirante de um antigo posto militar. As fábricas, modernas, contrastam com a cidade de Kaesong, com prédios de estilo soviético.
A intenção era que os trabalhadores usassem trens para chegar a Kaesong, mas o serviço foi suspenso em 2008 por motivo de segurança.
A estação de Dorasan, última antes da Coreia do Norte e que servia de acesso ao complexo, tem apenas um serviço diário para Imijiang, de onde saem trens para a capital Seul, a cerca de 60km.
No local, um mapa mostra outro projeto de unificação, a Ferrovia Transcoreana. O objetivo é ligar por trem a Coreia do Sul à China e à Rússia.
Com os projetos, a Coreia do Sul diz se preparar para "o futuro", forma como define uma unificação que, 60 anos após a guerra, dá alguns passos para trás em Kaesong.
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