O incidente ocorreu na tarde de
domingo, quando um artista local entrou na exposição e pegou um dos
vasos criados por Weiwei. Um segurança pediu que o objeto fosse colocado
de volta no lugar, mas ele atirou-o ao chão. A polícia foi chamada e
prendeu Maximo Caminero, de 51 anos.
Ele disse a polícia que
quebrou o vaso para protestar porque o museu só exibe artistas de fora
do país, diz o relatório policial. Entrevistado por telefone, Caminero
disse a Reuters que é pintor e planeja dar uma entrevista à imprensa
nesta terça-feira para explicar sua ação.
"O museu não pode falar
diretamente sobre as intenções dele, mas as evidências sugerem que foi
um ato premeditado", diz o museu em nota oficial. "Como um museu
dedicado a celebrar a arte moderna e contemporânea da nossa comunidade e
de todo o mundo, temos o maior respeito pela liberdade de expressão,
mas esse ato destrutivo é um vandalismo e um desrespeito a outro
artista, ao museu e nossa comunidade."
Ai Weiwei atrai há anos
atenção internacional por criticar as políticas do governo chinês para
democracia, liberdade de expressão e direitos humanos.Por telefone,
Weiwei disse ao New York Times que no início entendeu que o vaso teria
sido quebrado por acidente. Mas então soube que o ato havia sido
deliberado e questionou as motivações de Caminero.
"O argumento não sustenta o ato", disse o artista chinês. "Não parece certo, não faz muito sentido."
Weiwei
não sabe se o vaso poderá ou não ser consertado, mas também disse não
estar muito preocupado com isso. "Tudo bem se uma obra é destruída. Uma
obra é uma obra, algo físico. O que posso fazer? Já acabou."
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