terça-feira, 18 de fevereiro de 2014





A polícia de Miami prendeu um homem acusado de quebrar um vaso do artista chinês Ai Weiwei avaliado em U$ 1 milhão. Responsáveis pelo recém-inaugurado Pérez Art Museum Miami confirmaram que o vaso quebrado de forma deliberada, no que seria um ato de protesto.

O incidente ocorreu na tarde de domingo, quando um artista local entrou na exposição e pegou um dos vasos criados por Weiwei. Um segurança pediu que o objeto fosse colocado de volta no lugar, mas ele atirou-o ao chão. A polícia foi chamada e prendeu Maximo Caminero, de 51 anos.
Ele disse a polícia que quebrou o vaso para protestar porque o museu só exibe artistas de fora do país, diz o relatório policial. Entrevistado por telefone, Caminero disse a Reuters que é pintor e planeja dar uma entrevista à imprensa nesta terça-feira para explicar sua ação.
"O museu não pode falar diretamente sobre as intenções dele, mas as evidências sugerem que foi um ato premeditado", diz o museu em nota oficial. "Como um museu dedicado a celebrar a arte moderna e contemporânea da nossa comunidade e de todo o mundo, temos o maior respeito pela liberdade de expressão, mas esse ato destrutivo é um vandalismo e um desrespeito a outro artista, ao museu e nossa comunidade."
Ai Weiwei atrai há anos atenção internacional por criticar as políticas do governo chinês para democracia, liberdade de expressão e direitos humanos.Por telefone, Weiwei disse ao New York Times que no início entendeu que o vaso teria sido quebrado por acidente. Mas então soube que o ato havia sido deliberado e questionou as motivações de Caminero.
"O argumento não sustenta o ato", disse o artista chinês. "Não parece certo, não faz muito sentido."
Weiwei não sabe se o vaso poderá ou não ser consertado, mas também disse não estar muito preocupado com isso. "Tudo bem se uma obra é destruída. Uma obra é uma obra, algo físico. O que posso fazer? Já acabou."

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