Uma universidade no Japão abriu um museu que reconhece o uso de
soldados americanos da Segunda Guerra Mundial para experimentos com seus
corpos enquanto eles ainda estavam vivos.
O museu da Universidade de Kyushu explica como outros soldados que
estavam sendo mantidos como prisioneiros de guerra foram levados até a
escola médica de Fukuoka após seu avião ter caído dos céus do Japão, em
maio de 1945. No local, eles foram sujeitados a cruéis experimentos
médicos - um soldado teve seu cérebro dissecado para tentar descobrir se
a epilepsia poderia ser controlada através de cirurgia.
Outro soldado teve água salgada injetada em suas veias, para ver se ela
era capaz de substituir uma solução ésteril salina para combater a
desidratação. Todos os soldados morreram durante os experimentos.
Os casos da escola médica de Fukuoka
foram descritos em alguns livros, inclusive por médicos que participaram
dos experimentos, mas o museu representa um reconhecimento oficial das
atrocidades.
A universidade decidiu em março, após uma conversar com professores, incluir informações sobre os casos em seu novo museu.
O médico Todoshi Tono, que fez parte da equipe de Fukuoka, dedicou
seus últimos anos de vida a expor as atrocidades de guerra e escreveu um
livro sobre o assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário