sábado, 25 de outubro de 2014

ENCONTROS DO CEO

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31/10, SALA 4A-07, 13:00


As autoridades judiciais do Irã enforcaram na madrugada desde sábado (25) Reyhaneh Jabbari, uma jovem de 26 anos condenada à morte por matar um homem que supostamente a teria estuprado, disse à agência Efe sua mãe, a atriz iraniana Shole Pakravan.
Ela foi condenada à forca pela morte do médico Morteza Abdolali Sarvandi, ex-funcionário do Ministério de Inteligência.
No final de setembro, a jovem, presa desde 2006, quando tinha 19 anos, foi transferida do centro penitenciário em que cumpria pena para a prisão de Rajaishahr, perto de Teerã, onde se realizam execuções.
Foi quando foram reativadas as campanhas e os pedidos internacionais para evitar o enforcamento, que foi suspenso temporariamente.
Organizações defensoras dos direitos humanos, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, pediram o cancelamento da sentença por considerar que o julgamento de Jabbari não contou com as garantias necessárias.
A União Europeia também pediu que as autoridades iranianas revogassem a decisão judicial e realizem um novo processo.
Mais de 240 mil pessoas assinaram um abaixo-assinado no Avaaz para pedir a suspensão da execução alegando que a jovem "atuou em defesa própria". No Facebook há diversas campanhas para apoiar sua causa, com páginas intituladas "Eu sou Reyhaneh Jabbari" e "Salvemos a Reyhaneh Jabbari da execução no Irã".
O relator especial da ONU para os direitos humanos no Irã, Ahmed Shaheed, também pediu que a execução fosse cancelada e um novo julgamento realizado, por entender que parte da acusação se baseou em uma confissão obtida sob tortura.
Mês passado as autoridades iranianas intermediaram sem sucesso a tentativa de conseguir o perdão da família do falecido, que se negou a exercer esse direito, dado pela lei de guesas (lei islâmica de "olho por olho", que exige o pagamento de sangue com sangue) que impera no Irã.
"Quero que o direito do sangue de meu pai seja cobrado o mais rápido possível", declarou à agência Efe há duas semanas Jalal Sarvandí, filho da vítima.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

"Aqui não há exploração como em outras fábricas têxteis. Todo o dinheiro é dividido entre as pessoas que aqui trabalham.” A frase soa estranha entre o ricocheteio rítmico das máquinas de costura. As condições de trabalho no setor têxtil estão há décadas no centro das atenções de consumidores conscientes e ativistas. Especialmente depois que um edifício de oito andares, que abrigava várias oficinas têxteis, desabou em abril de 2013 em Bangladesh, matando mais de 1.130 trabalhadores. A queda pôs em evidência a dantesca cadeia de produção do setor têxtil que esquadrinha o planeta em busca dos países com mão de obra mais barata para produzir peças de vestuário. Porém, as funcionárias da Try Arm, uma pequena fábrica nos arredores de Bancoc, garantem que há outro caminho. “Todas somos donas da fábrica. Há coordenadoras, porém todas somos iguais”, explica Jittra Cotchadet, uma das que coordenam as operações.
A Tailândia foi, em certo momento, um desses países cobiçados pela indústria têxtil. Nos anos 1980, o governo embarcou em um programa de industrialização, que impulsionou a princípio setores pouco qualificados, como o têxtil ou de alimentos. O país se encheu de fábricas, e a Tailândia se converteu em um dos principais exportadores de roupa para países ocidentais. No entanto o aumento de salários nos últimos anos afugentou a indústria têxtil, que se mudou para países vizinhos com mão de obra mais em conta, como Camboja, Mianmar ou mesmo Bangladesh. As empresas que ficaram substituíram os trabalhadores locais por outros procedentes desses mesmos países pobres, principalmente Mianmar.
Foi o que aconteceu na fábrica onde trabalhavam as mulheres da Try Arm, um jogo de palavras que vêm do nome Triumph, marca que é uma das líderes mundiais do setor de roupa íntima e proprietária da fábrica onde trabalhavam. “O caso da Triumph é paradigmático, porque na verdade as condições das pessoas que lá trabalhavam eram muito boas, já que o sindicato era muito forte. Até que a empresa decidiu se desfazer do sindicato”, explica Jittra Cotchadet, que foi, por sinal, uma das líderes da associação de funcionários. Cotchadet explica que em outras fábricas os trabalhadores frequentemente fazem horas extras não remuneradas, são castigados com reduções de salário sem motivo aparente ou são impedidos de se organizarem. “Na Tailândia é realmente difícil criar um sindicato. E há represálias por fazer parte deles, como aconteceu na Triumph”, diz Patchanee Kumnak, ativista por direitos trabalhistas da organização Thai Labour Campaign.
Essas eram as condições que a Triumph queria lhes impor quando decidiu fechar a fábrica que tinha em Bancoc e abri-la em uma cidade remota. “Todos fomos demitidos e nem sequer cumpriram com os dois meses de aviso prévio”, explica Cotchadet, que foi acusada de lesar a realeza por liderar protestos dos trabalhadores. A Tailândia tem uma das leis de lesa-majestade mais duras do mundo, com penas que variam entre 3 e 15 anos de cadeia por insultos à monarquia, e é frequentemente utilizada com fins políticos ou econômicos.

Após as demissões em massa, os 1.900 trabalhadores organizaram manifestações em frente à fábrica e ao ministério do Trabalho tailandês para pedir readmissão. Em troca receberam máquinas de costura e algum dinheiro como recompensa. E decidiram abrir uma nova fábrica com esses recursos. “A maioria não acreditava que fosse possível abrir uma fábrica por nossa conta”, explica Cotchadet, que conseguiu reunir 35 trabalhadoras no projeto, organizando-se em forma de cooperativa. E a realidade tem sido dura; apesar de até agora terem conseguido sobreviver, há meses em que o dinheiro não chega.
Agora a fábrica é pouco maior do que uma oficina. Mobiliada com duas dezenas de mesas brancas com suas respectivas máquinas de costura, apenas 12 trabalhadoras continuam no projeto. “No começo foi muito difícil. E é verdade que, inclusive com o que ganhamos agora, eu podia cobrar mais na outra fábrica. Mas prefiro trabalhar aqui, pois tenho mais poder de decisão”, assegura Wipa, uma mulher miúda, quase quarentona, que trabalhou durante 17 anos para a Triumph e que tem costurado para diferentes marcas desde os 14 anos de idade. “Aqui sinto-me  mais segura, porque depende de mim, não de alguém que queira me demitir”, afirma. Jarupa, no entanto, preferia trabalhar na fábrica da Triumph. “Aqui é mais difícil. Nós temos de fazer tudo. Por exemplo, não temos técnicos para consertar as máquinas. Tivemos de aprender”, explica ela. “Ainda que não saiba ou não seja boa nisso, tenho de fazê-lo”, continua.
“O marketing é o mais complicado. No caso, fazer com que as pessoas comprem o que você produz”, explica Wipa Matchachat, que, além de ajudar com as vendas, encarrega-se de encontrar tecidos a bom preço. Na falta de uma rede de distribuição como a da Triumph, as trabalhadoras da Try Arm usam os contatos pessoais e as redes sociais para expor seus produtos. “Vendemos, na maioria das vezes, pelo Facebook. Ontem mesmo vendemos 300 peças pela rede social” diz Jittra Cotchadet, que ganhou fama de sindicalista combativa e que tem milhares de seguidores nas redes sociais. “No Facebook posso conversar com os clientes. É como se fosse uma loja de verdade”, diz.
O grupo também vende seus produtos em alguns mercados e eventos sociais. O preço é sua principal estratégia de venda. “Creio que a maioria não compra conosco para apoiar um projeto justo, mas porque vendemos de fato mais barato e com a mesma qualidade”, explica Cotchadet.
Try Arm não é a única fábrica desse gênero na Tailândia. A precursora foi Dignity Returns, outra fábrica “livre de escravidão” que também nasceu de outra demissão massiva em 2003. A “Fábrica da Solidariedade”, como é chamada, produz principalmente camisetas e, assim como a argentina La Alameda e outras três cooperativas, faz parte do projeto internacional No Chains, que promove a produção têxtil sem escravidão. A concorrência com as grandes marcas, porém, não é fácil, e na Try Arm até agora só conseguiram exportar a outros países através de ONGs e organizações sociais. “Podemos vender mais barato porque não temos intermediários, mas nossa produção tem custo maior. Não podemos competir no mercado normal, porque o que importa é o preço”, conclui Cotchadet.


terça-feira, 14 de outubro de 2014


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Depois da decapitação do guia de montanhismo francês Hervé Gourdel, no mês passado, por um grupo jihadista argelino alinhado com o Estado Islâmico (EI), centenas de muçulmanos se reuniram diante da Grande Mesquita de Paris para expressar seu repúdio à brutalidade de um grupo cujo nome e ideologia, disseram, representam um insulto a muçulmanos de todo o mundo.
Ahmet Ogras, vice-presidente do Conselho Francês da Fé Muçulmana, a entidade que convocou o protesto, disse que o uso do nome Estado Islâmico, agora comum, ameaça estigmatizar os muçulmanos da França, a maior comunidade muçulmana da Europa.
Ele disse também que o nome confere legitimidade injustificada a um grupo que promove matanças em nome do islã. "Este não é um Estado -é uma organização terrorista", afirmou Ogras. "Não se pode brincar com as palavras."
Enquanto a batalha liderada pelos EUA contra forças radicais segue adiante no Iraque e na Síria, uma nova frente de guerra linguística se delineia.
Grupos muçulmanos estão criticando o Estado Islâmico em protestos e nas mídias sociais, defendendo nomes alternativos para descrever a facção, hoje conhecida por várias siglas, incluindo EIIS (Estado Islâmico no Iraque e na Síria), EIIL (Estado Islâmico no Iraque e no Levante), ECI (Estado do Califado Islâmico) e EI (Estado Islâmico).
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, descreveu o grupo como "Un-Islamic Nonstate" (Não Estado Anti-islâmico), mas poucos preveem que a sigla UINS/NEAI ganhe grande aceitação.
Membros da Sociedade Islâmica Britânica e da Associação de Muçulmanos Britânicos escreveram ao premiê David Cameron no mês passado sugerindo que o uso contínuo do nome Estado Islâmico pode servir para radicalizar mais jovens muçulmanos.
A França, que participa dos ataques aéreos contra o grupo no Iraque, lidera o esforço de mudança de nome. No mês passado, o chanceler Laurent Fabius anunciou que o governo francês vai evitar o termo Estado Islâmico ou suas alternativas, EIIS e EIIL. Em vez disso, vai aludir à milícia como Daesh, acrônimo usado por muitas pessoas que falam árabe e que soa como a palavra que significa "esmagar".
Falando perante a Assembleia Nacional, Fabius declarou que o fato de o Estado Islâmico afirmar que representa um califado -um Estado governado por princípios islâmicos- na Síria e no Iraque é uma falsidade geopolítica e linguística. "Trata-se de um grupo terrorista, não de um Estado", declarou. "Eu os vou chamar de Facínoras Daesh."
Nos Estados Unidos, Nihad Awad, do Conselho de Relações Americano-Islâmicas, disse que seu grupo decidiu pela sigla EIIS, mas que ele pessoalmente descreve o EI como "Daesh" -"se bem que às vezes eu diga 'o Estado Perverso'". Vários representantes de associações islâmicas nos EUA disseram que qualquer dos nomes usados para aludir ao grupo é aceitável, desde que não inclua o termo "islâmico".
O presidente Obama já deixou claro que rejeita o rótulo "Estado Islâmico". "O EIIL não é islâmico", afirmou na televisão em setembro, acrescentando depois: "O EIIL não é um Estado".
Peter Neumann, do Centro Internacional para o Estudo da Radicalização, no King's College London, disse que o termo Daesh dificilmente encontrará ressonância internacional, porque o acrônimo EIIL é mais fácil de pronunciar.
Mas, para ele, "o simples fato de dizer as palavras 'Estado Islâmico' não quer dizer que você reconheça o grupo como um Estado. As pessoas entendem que eles são impostores e que um nome é apenas um nome."

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Durante meses, os pais dos adolescentes que morreram no naufrágio da balsa Sewol acamparam na maior avenida da capital. Eles fizeram greve de fome para protestar contra a suposta recusa do governo a investigar com profundidade o papel da incompetência oficial e da má supervisão de práticas de segurança no acidente. Por meses, o país compartilhou seu luto.
Porém, à medida que os protestos levaram o Parlamento a um impasse, os apoiadores da Presidência iniciaram outra campanha, acusando as famílias de manter o país refém e dizendo que era hora de pôr fim ao luto. Alguns chegaram a montar um acampamento perto dos que estavam em greve de fome e fazer selfies enquanto se banqueteavam com frango frito, macarrão e pizza.
Mais de cinco meses após o trágico naufrágio que uniu a Coreia do Sul no sofrimento, o acidente polariza o país e ameaça desencarrilhar a agenda política da presidente Park Geun-hye.
Na opinião dos pais enlutados, essa é a grande chance de a Coreia do Sul pôr fim aos laços entre burocratas e empresas corruptos que formam o lado oculto da ascensão econômica do país e que, segundo eles, são a causa subjacente do acidente. "Nós não estamos exigindo a volta de nossos filhos, já que é impossível ressuscitá-los, mas queremos respostas", disse Yoon Kyung-hee, cuja filha de 16 anos morreu. "Queremos apenas que os responsáveis sejam investigados e punidos para impedir que isso volte a acontecer."
Os 250 estudantes morreram devido a erros e maus procedimentos que poderiam ter sido evitados. Membros da tripulação, a maioria dos quais depois abandonou a balsa, disseram aos passageiros para permanecer sob os conveses. Cidadãos traumatizados puderam testemunhar os apavorantes momentos finais da vida de alguns estudantes, quando vídeos feitos em celulares foram recuperados. As imagens incluíam jovens gritando frases de despedida a seus pais.
Promotores públicos já revelaram que a balsa afundou porque transportava o dobro da carga permitida e passara por uma reforma para gerar mais lucros que a deixou pesada demais. Após ganhar uma viagem da empresa de balsas para uma ilha paradisíaca, funcionários públicos declararam a balsa apta a navegar no mar, afirmaram os promotores.
Park prometeu vistoriar um sistema que, em suas próprias palavras, é dominado por uma "espécie de máfia". Todavia, os pais e seus apoiadores dizem que a presidente não age com firmeza. Eles ainda não receberam respostas satisfatórias sequer para as perguntas básicas: por que a tripulação deu orientações erradas? Por que os primeiros membros da Guarda Costeira chegaram ao local do acidente sem equipamentos apropriados nem profissionais especializados em resgate marítimo? Por que eles não usaram megafones para instruir os passageiros encurralados a abandonar a balsa? Segundo os pais, outro fato inaceitável é que o governo tentou enfraquecer os poderes de uma comissão independente de investigação em vias de ser criada. Além disso, dizem eles, os apoiadores do governo usam clichês ideológicos remanescentes dos 30 anos de ditadura militar no país.
Enquanto Yoon falava, ativistas de extrema-direita chegaram com placas culpando os "comunistas pró-Coreia do Norte" pelos protestos. "Eu tento não prestar atenção neles", disse Yoon. "Mas se me perguntarem direi que a mesma desgraça pode acontecer com seus filhos. "
Park prometeu demitir parte da Guarda Costeira. Investigações feitas pelos promotores públicos resultaram em acusações contra dezenas de funcionários de órgãos fiscalizadores e da empresa de balsas e membros da tripulação. No entanto, a maioria deles é composta por funcionários de baixo escalão, e a atenção dos investigadores está focada na família que controlava a empresa de balsas e a sucateou por dinheiro. Muitos sul-coreanos acham que essa família se tornou um bode expiatório.
A desconfiança em relação ao governo Park aumentou no mês passado, quando um ex-diretor da agência de espionagem do país foi condenado por interferir na política antes da eleição presidencial de 2012 com uma campanha tendenciosa na internet contra críticos do governo. "No mínimo", disse o comentarista político Lee Byong-ik, "o acidente com a Sewol agravou a guerra ideológica em nosso país."

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Yasser Tabbaa, especialista em arte e arquitetura islâmica, lembra de ter visitado um santuário do século 13 dedicado ao imã Awn al-Din, em Mossul, no norte do Iraque. O prédio foi um dos poucos a sobreviver à invasão mongol e tinha um teto abobadado belíssimo, como uma colmeia.
Por isso, ele ficou consternado quando viu um vídeo na internet que mostrava o santuário sendo explodido pela facção Estado Islâmico (EI) e virando uma nuvem de pó. "Acabou-se, simplesmente", disse Tabbaa.
Checar como estão os tesouros culturais da Síria e do norte do Iraque virou uma tarefa que parte o coração de arqueólogos e estudiosos da antiguidade. A lista de obras destruídas, depredadas ou saqueadas só cresce à medida que o EI avança no Iraque.
Extremistas sunitas estão intencionalmente destruindo santuários, estátuas, mesquitas, túmulos e igrejas -qualquer coisa que vejam como exemplo de idolatria.
"Esta região representou o centro do mundo para todos os grandes impérios da humanidade", disse Candida Moss, professora da Universidade de Notre Dame, em Indiana. "Estamos falando em gerações sucessivas de história em um só lugar, todas sendo destruídas ao mesmo tempo."
Em um discurso no mês passado, John Kerry, o secretário de Estado dos EUA, prometeu ação. "Nosso patrimônio histórico e cultural corre perigo. Acreditamos ser imperativo agir", disse.
Nos últimos três anos de guerra, contudo, vários grupos internacionais chegaram ao limite do que podem fazer. Em muitos casos, a segurança de edificações históricas ficou a cargo dos moradores das redondezas, muitos dos quais correram riscos enormes para defendê-las.
Os estudiosos não sabem ao certo o que já foi destruído. Os artefatos variam de minaretes do início do século 20 a tesouros milenares. Para muitos especialistas, a maior catástrofe é a de Aleppo, um terminal mercantil da antiguidade e maior cidade da síria. A parte central do "souk", um grande e vibrante labirinto de lojas e pátios decorados do século 17, foi destruída pelo fogo. Era o coração comercial da cidade, importante para entender como as pessoas vivem desde os tempos medievais.
Os combates danificaram a Grande Mesquita de Aleppo, uma das mais antigas da Síria. Sua biblioteca, que continha milhares de manuscritos religiosos raros, foi queimada. O famoso minarete de mil anos foi derrubado. A icônica cidadela de Aleppo, um dos castelos mais antigos do mundo e sítio de escavações arqueológicas, erguida sobre um promontório rochoso maciço, também foi alvejada. Ela vem sendo usada como base por forças do governo e foi atingida por foguetes.
Para Charles E. Jones, especialista em antiguidades na universidade Pennsylvania State, parte dos danos pode ser reparada. Mesmo assim, "não será a mesma coisa. Quando uma construção foi derrubada, foi derrubada."
Mais ao sul, a guerra danificou o Crac des Chevaliers, um dos maiores e mais bem preservados castelos de cruzados no mundo, uma maravilha da engenharia medieval que atesta as correntes cruzadas das civilizações europeia e islâmica. Boa parte dos danos foi causada pela decisão do governo de bombardear posições rebeldes, mas, segundo especialistas, os trabalhos de reparo já começaram.
Parte dos saques a sítios arqueológicos sírios pode ter sido promovida ou incentivada pelo EI ou por redes criminosas maiores, mas tanto as forças governamentais quanto os militantes parecem estar se beneficiando.
Um dos lugares mais saqueados é Apamea, no oeste da Síria, que era um dos sítios romanos e bizantinos mais bem preservados do mundo, com uma rua em colunata e mosaicos. Agora, segundo especialistas que viram fotos aéreas, com todas as crateras deixadas pelos saqueadores, o sítio mais parece a face da Lua. "Levaram quatro a cinco meses para pilhar Apamea", disse Emma Cunliffe, consultora de patrimônio cultural. "Há muitos saqueadores com escavadeiras mecânicas."
Ainda mais grave, possivelmente, é a pilhagem de Dura-Eupopos, no leste da Síria. Fundado num platô à margem do rio Eufrates, o sítio foi um posto avançado e fortificado do império romano e contém um tesouro arqueológico multicultural, incluindo uma sinagoga do século 3° e um dos mais antigos exemplares de uma "casa-igreja" cristã, uma forma primitiva de arquitetura eclesiástica.
Mas, apesar de todos os danos causados pelos saques, nada assusta os estudiosos mais que os militantes do EI. "A velocidade com que estão avançando pelo Iraque realmente lembra o avanço dos mongóis", disse Sheila R. Canby, curadora do Metropolitan Museum, em Nova York.
Os militantes do EI e outros são motivados pelo desejo de punir a "shirk", ou idolatria. Sob essa justificativa, eles vêm destruindo sítios xiitas e sufistas, estátuas de poetas, relíquias mesopotâmicas da Assíria e da Babilônia e santuários sunitas que extrapolam os limites de suas crenças.
Extremistas atacaram igrejas de Maaloula e danificaram artefatos em Raqqa, no norte da Síria, onde destruíram uma estátua assíria de um leão do século 8 a.C.. Em Mossul, no norte do Iraque, e redondezas, os militantes já destruíram dezenas de santuários sufistas e xiitas menores, túmulos, mesquitas e construções do período otomano, segundo a arqueóloga Lamia al-Gailani Werr. Possivelmente a mais importante baixa cultural do EI até agora seja uma mesquita, destruída em julho, que continha o que se acreditava ser o túmulo do profeta bíblico Jonas, cuja história faz parte do cristianismo, do islã e do judaísmo.
As convenções internacionais deveriam ajudar a proteger o patrimônio cultural durante conflitos violentos. Mas, segundo Bonnie Burnham, do Fundo Mundial de Monumentos, o tratado principal -a Convenção de Haia para a Proteção da Propriedade Cultural no Caso de Conflitos Armados, de 1954- é pouco aplicada.
Existem programas pequenos: a Unesco e o Smithsonian Institute, por exemplo, estão ensinando curadores de museus sírios a proteger coleções. A Iniciativa do Patrimônio Cultural Sírio pretende publicar relatórios semanais e tem um site na internet para receber denúncias anônimas de danos.
Muitos esperam que o avanço desenfreado do Estado Islâmico perca força à medida em que o grupo for combatido.
"Quando eles começarem a perder terreno, terão outras prioridades", disse Burnham.

sábado, 11 de outubro de 2014


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Desde sua estreia, há 45 anos, Doraemon tornou-se um dos personagens de animação mais amados da Ásia --mas, para alguns órgãos de mídia chinesa, o gato rechonchudo e sem orelhas, com sorriso de boca aberta, está numa missão para corromper a juventude chinesa.
O gato robótico do futuro atraiu legiões de fãs no Japão e em outros países, incluindo a China, com seus poderes de teletransporte, seu "vício" em dorayaki (panqueca de feijão doce) e a variedade de engenhocas espertas que utiliza para ajudar seu amigo azarado, o menino Nobita.
Mas um jornal chinês acusou o personagem de subversão política, dizendo que sua presença numa exposição recente na cidade de Chengdu, no sul da China, fez parte de uma conspiração para mostrar o Japão sob uma ótica mais benigna, no momento em que os dois rivais asiáticos se desentendem em torno da história da guerra e de territórios no mar do Leste da China.
"Doraemon faz parte dos esforços do Japão para exportar seus valores nacionais e realizar sua estratégia cultural", disse o editorial do jornal "Diário de Chengdu", do Partido Comunista local. "Com isso em mente, precisamos ser menos cegos e ficar frios quando beijamos as bochechas do gato azul gordinho."
Dois outros jornais da região reiteraram a acusação, e Wang Dehua, colunista do "Global Times", avisou: "Doraemon é bonitinho, mas representa o soft power' do Japão. Jamais podemos deixar que um gatinho robótico controle nossas mentes."
Protagonista de um catálogo imenso de mangás e filmes de animação, além de ser o rosto por trás de um império de merchandising de tremendo sucesso, Doraemon possui influência cultural indiscutível.
Criado por Fujiko F. Fujio, o mangá é um dos mais vendidos do mundo com 100 milhões de cópias, enquanto o seriado de TV já conquistou plateias de mais de 30 países.
No início do ano, a Disney anunciou ter adquirido o direito de transmitir o seriado em língua inglesa em seu canal via satélite.
Em 2002, a revista "Time" saudou Doraemon como um de seus heróis asiáticos. Em 2008, o governo japonês o nomeou "embaixador" com responsabilidade especial pela promoção da cultura japonesa no exterior.
Ele "tomou posse" numa cerimônia em Tóquio com a presença do então chanceler, Masahiko Komura. Papel semelhante já lhe havia sido confiado durante os preparativos para as Olimpíadas de 2020 em Tóquio.
As alegações chinesas suscitaram uma reação sobretudo irônica na comunidade on-line do Japão. Segundo traduções ao inglês publicadas no site Japan Crush, um internauta teria dito no 2ch.net: "Caramba, já descobriram nosso plano!"
Outro explicou: "Sabe o que é, se a gente estende o nariz do Doraemon, vira a bandeira japonesa. O partido único da China é esperto!"
Para um dos editoriais de Chengdu, a exposição recente de Doraemon, também promovida em várias outras cidades da China, representou uma forma de "intervenção cultural" e "uma tentativa de enfraquecer a postura firme do povo chinês em questões históricas".
Outros comentaristas chineses foram mais tolerantes. No "Global Times", Liu Zhun acusou de exagero aqueles que enxergam uma influência maligna sobre os jovens chineses. "A cultura chinesa precisa se globalizar, mas o primeiro passo é sintonizar sua cabeça e abraçar a influência de outras culturas."
"Doraemon pode não ser um protótipo exato da cultura japonesa tradicional, mas ainda pode funcionar como representante da cultura japonesa. A China deveria refletir sobre isso."
Muitos chineses que cresceram assistindo ao desenho se recusam a acreditar que o gato possa ser um contrarrevolucionário com fofice enganosa, mas o timing da exposição foi criticado: ela foi inaugurada em 16 de agosto, um dia depois do 69º aniversário da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial.

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http://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2014/10/07/espiando-o-quarto-das-meninas-arabes/
http://orientalissimo.blogfolha.uol.com.br/2014/10/01/a-destruicao-da-cidade-sagrada-de-meca/

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FOLHA DE SÃO PAULO

Novo presidente não mudou violações a direitos humanos no Irã, diz ativista


Após um ano de governo no Irã, Hasan Rowhani, um presidente que se apresentou como mais moderado que o antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, não conseguiu deter as violações de direitos humanos no país, segundo relata o ativista Mani Mostofi, de nacionalidade americana e iraniana.
Por isso, Mostofi, diretor de uma coalizão de 12 entidades, a Impact Iran, acredita que a próxima rodada da Revisão Periódica Universal (UPR, em inglês) no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em outubro, é uma oportunidade para exigir mudanças.
Conectas Direitos Humanos
O ativista Mani Mostofi, diretor da Impact Iran, em visita ao Brasil
O ativista Mani Mostofi, diretor da Impact Iran, em visita ao Brasil
O UPR é uma sessão que ocorre a cada quatro anos, na qual um país se submete a recomendações de direitos humanos feitas por outros países membros da ONU. Em 2010, o Irã recebeu 212 recomendações de 51 países, tendo aceitado 126 delas. O Brasil fez quatro pedidos, três foram aceitos, mas não implementados, segundo Mostofi.
No Brasil para pressionar o governo a cobrar do Irã um compromisso real com os direitos civis na UPR, Mostofi diz à Folha que para Teerã é importante manter a boa relação com Brasília.
*
Folha - Hasan Rowhani foi eleito com uma promessa de abertura e de aproximação com países ocidentais. A situação do país melhorou?
Mani Mostofi - Rowhani foi eleito há um ano e a situação é basicamente a mesma. Isso se dá por dois motivos: mesmo tendo vontade política, às vezes ele não tem o poder de implementar mudanças e também porque os direitos humanos não são sua prioridade. Ele coloca questões geopolíticas e econômicas à frente.
Infelizmente, nenhum setor do governo iraniano quer mudanças profundas no sistema. Mas Rowhani, que representa uma ala mais liberal, prometeu pequenas reformas como permitir acesso ao Facebook e Twitter, o que não aconteceu.
É difícil apontar quem é o ator principal que barra o fim das violações de direitos. O Judiciário, que é nomeado pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Khamenei, deixa claro que ele interpreta as leis. Mas as leis são vagas. "Propaganda contra o sistema", por exemplo, é um crime. Mesmos religiosos são presos sob essa lei.
Contudo, o presidente conseguiu algumas melhoras. Por exemplo, reabriu a House of Cinema, uma importante aliança de profissionais de cinema fechada em 2012, e acabou com a prática de barrar alunos ativistas de conseguirem entrar no mestrado ou doutorado. O problema é que o ministro da Ciência, responsável pela mudança, sofreu um impeachment e há relatos de que a prática voltou a ocorrer.
Quais aspectos de direitos humanos pioraram desde 2013, quando ele assumiu?
Muitas violações já existiam antes, mas escalaram mesmo depois da eleição de Howhani. As execuções são um exemplo. Até metade de deste ano, foram cerca de 400. Se continuarmos assim, será o ano com mais execuções ao menos desde 2004, segundo dados da ONU.
Houve também mais prisões de jornalistas. Isso ocorreu porque, como Rowhani prometeu um ambiente mais livre, muitos voltaram ao Irã e não se autocensuraram tanto.
Em relação ao direito da mulher também houve piora. O Irã era um exemplo de políticas de planejamento familiar no mundo muçulmano, mas os programas de saúde foram revertidos.
O casamento é incentivado. Homens casados têm prioridade para emprego, seguidos de mulheres casadas e então de solteiros. Milhares de mulheres se casam antes dos 15 e podem se casar antes dos nove com autorização de um juiz.
E como o Brasil pode interceder pelos direitos humanos no Irã?
O Brasil é especialmente importante porque foi um dos votos mais influentes para a aprovação no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2011, da principal medida que a comunidade internacional tomou pelos direitos no Irã, que foi a criação de um relator responsável por monitorar a situação no país.
A posição do Brasil no mundo é de uma potência internacional econômica e política emergente, mas que veio do sul. Para o governo e para o povo iraniano, é importante ter a atenção de um país que provavelmente teve os mesmos problemas e está lidando com a questão dos direitos humanos.
O Irã quer manter essa boa relação com o Brasil, mesmo com os próximos presidentes brasileiros. Então, o Brasil está em condição de incluir a discussão de direitos humanos na sua relação diplomática com o Irã.
Quando você tem 900 presos políticos, você tem 900 famílias. E ver que o Brasil está se preocupando com isso já é alguma coisa para eles. Significa que não foram esquecidos.
Na última UPR, o Brasil recomendou liberdade de expressão, a proteção dos direitos da mulher e extensão dos direitos a minorias religiosas. O que vocês querem do Brasil nesta UPR exatamente?
As recomendações feitas pelo Brasil não foram implementadas. Dezenas de jornalistas e ativistas seguem presos.
Sobre as minorias, é uma recomendação que dificilmente teria sido aceita se feita por outro país. Se você fala para um Baha'i que o Irã prometeu diante do mundo estender suas leis para cobrir também minorias, eles ficam chocados porque isso absolutamente não aconteceu.
As mulheres não podem ser juízas, não podem ter empregos públicos, não podem cursar engenharia ou matemática. Tivemos na liga mundial de vôlei uma partida entre Brasil e Irã em Teerã neste ano, e as mulheres foram impedidas de assistir no estádio. Elas se passavam por brasileiras porque as brasileiras podiam entrar. Imagina a Copa do Mundo aqui e as mulheres não poderem entrar para torcer pelo Neymar?
Queremos que o Brasil não ignore o fato de houve promessas e elas não foram feitas. O país tem que ter uma abordagem mais firme desta vez, isto é, especificar as reformas a fazer. Ao falar sobre a questão da mulher, o Irã pode se esconder atrás de algumas boas estatísticas sobre as mulheres. É preciso que o Brasil detalhe e liste, por exemplo, o acesso à universidade.
Enquanto o Brasil aprovou quase todas as resoluções sobre o Irã no Conselho de Direitos Humanos, na Assembleia Geral a postura tem sido de abstenção. Como você vê isso?
A resolução no CDH é muito importante. Mas a resolução na Assembleia Geral é mais específica: lista questões como liberdade na internet e pena de morte aplicada a minorias. O Brasil deveria repensar seu voto porque a resolução na Assembleia tem um grande senso de autoridade moral.
Como os ativistas veem a aproximação entre Irã e o Ocidente através das negociações nucleares?
A maioria dos ativistas apoia as negociações do Irã com os ocidentais e quer ver o problema nuclear resolvido -até porque as sanções permitem ao governo se fazer de vítima quando na verdade é um violador. Mas há o medo de que a comunidade internacional ignore tudo sobre o Irã depois que haja um acordo.
Ter o Irã como parte da comunidade internacional é desejável, mas o engajamento deve vir com princípios -e a UPR é uma boa plataforma para defini-los. A discussão nuclear é positiva, mas não exclui uma discussão igualmente importante como a de direitos humanos.
Como você vê o surgimento do Estado Islâmico na região?
O que acontece na Síria e no Iraque é desolador. Não estou dizendo que os países não devam tentar o possível para acabar com a violência, porém resolver as questões de direitos humanos também é um passo para estabilidade na região. Esses países não ficaram como estão do dia para a noite. Na Síria, como no Irã, houve bastante violação dos direitos. 


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http://entretenimento.uol.com.br/noticias/efe/2014/10/08/autor-de-manga-akira-recorda-tsunami-de-2011-em-mural-de-aeroporto-japones.htm

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Screenshot from "#NotInMyName: ISIS Do Not Represent British Muslims" on YouTube.

CHRISTINE QUE MANDOU:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS
Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa – PPG-LLCJaponesa
Edital para seleção de bolsista PNPD/CAPES
O Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Japonesa – PPG-LLCJaponesa – da Universidade de São Paulo torna pública a abertura de inscrições para a seleção de 01 (um) bolsista para o Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD/CAPES), conforme instruído pela Portaria CAPES № 86, de 03/07/2013, disponível no sítio http://www.capes.gov.br/bolsas/ bolsas-no-pais/pnpd-capes, para vigência no período de 01/12/2014 a 30/11/2015.
1. Do período e forma de inscrição
A inscrição deve ser feita no período de 06/10/2014 a 31/10/2014 na Secretaria do Departamento de Letras Orientais com a entrega da documentação listada no item 2, em envelope identificado com a expressão “Para seleção de bolsista PDPD/CAPES do PPG-LLCJaponesa/2014”. No caso de envio por correio, será mantido o prazo de 31/10/2014 para chegada do envelope à mesma Secretaria, cujo endereço é:
Secretaria da PPG-LLCJaponesa, Departamento de Letras Orientais da FFLCH-USP
Av. Prof. Luciano Gualberto, 403, sala 25 – Cidade Universitária
CEP: 05508-010, São Paulo-SP
Para os candidatos de outros estados e países, há a opção de inscrição por e-mail, enviando os documentos escaneados em pdf de todos os documentos do item 2. Nesse caso, em assunto se deve inserir a identificação “Seleção de bolsista PDPD/CAPES do PPG-LLCJaponesa/2014”. Os endereços eletrônicos são dlopos@usp.br e cejap.pos@usp.br.
2. Da documentação exigida para a inscrição
Uma vez atendidos os requisitos descritos no artigo 5º da Portaria CAPES № 86, são documentos exigidos para a inscrição:
2.1. Formulário (anexo A deste Edital);
2.2. Cópia de RG e CPF;
2.3. Cópia do diploma de doutorado ou documento equivalente;
2.4. Cópia do Currículo Lattes ou, no caso de estrangeiros, o formulário Foreign Researcher Curriculum Vitae (anexo III da Portaria CAPES № 86 de 03/07/2013);
2.5. Termo de compromisso (anexo II.a, II.b ou II.c da Portaria CAPES № 86 de 03/07/2013);
2.6. Projeto de pesquisa, em português, para execução no período de 1 (um) ano1;
2.7. Proposta de atividades, contendo a descrição e o cronograma de execução das
atividades para os doze meses, em português2, no âmbito do item seguinte “3. Das
atividades” e prevendo, em termos gerais, o seguinte:
a) Realização de pesquisa, em função do projeto apresentado, com previsão de
submeter artigo(s) com os resultados na revista Estudos Japoneses do PPGLLCJaponesa;
b) Apresentação de ideias de seminários, minicursos etc. sobre o tema da
pesquisa a realizar que contribuam para as iniciativas acadêmicas do PPGLLCJaponesa;
c) Apresentação de sugestões de participação em atividades de ensino, por meio
de colaboração em pelo menos duas disciplinas da graduação3 e na disciplina
Honoríficos da língua japonesa moderna – teorias, debates e atualidade4 ou
na de Literatura japonesa moderna e contemporânea – influências e
intertextualidades5 deste PPG-LLCJaponesa.
3. Da seleção
A seleção será feita pela Comissão de Bolsas do PPG-LLCJaponesa e consistirá de:
3.1. Análise da documentação entregue.
Será eliminado o candidato que não apresentar a documentação conforme
exigências do item 2. Atendido esse requisito, serão analisados o Currículo
Lattes/Vitae, o projeto de pesquisa e a proposta de atividades, segundo os critérios
abaixo:
a) Para o Curriculum Lattes/Vitae, será avaliada a produção científica, a
participação em eventos acadêmicos, as pesquisas anteriores (de IC, Mestrado,
Doutorado etc.), outras atividades acadêmicas e, experiências em atividades
de ensino;
b) Para o projeto de pesquisa, serão examinadas a pertinência da proposta com a Linha de Pesquisa à qual pretende se inserir; a coerência e a objetividade na exposição de ideias; e a viabilidade de execução;
c) Para a proposta de atividades, será analisada a viabilidade de execução e a compatibilidade da(s) atividade(s) com os objetivos estabelecidos nas disciplinas da Área de Japonês.
3.2. A arguição sobre Currículo Lattes/Vittae, projeto de pesquisa e proposta de atividades será realizada às 14h do dia 13/11/2014 na sala de multimídia da Casa de Cultura Japonesa.
Aos candidatos de outra cidade, estado ou pais, será dada a opção de se fazer a arguição via skype, uma vez feita a manifestação por esse meio, em data e horário a serem definidos
4. Das linhas de pesquisa do PPG-LLCjaponesa e respectivos docentes
As linhas de pesquisa do PPG-LLCJaponesa e os respectivos docentes que nelas atuam são:
4.1. TEORIA E ANÁLISE LINGUÍSTICA EM SUAS DIMENSÕES DIACRÔNICA E SINCRÔNICA
4.2. TEXTO LITERÁRIO: TRADUÇÃO E ESTUDOS CRÍTICOS
4.3. CULTURAS EM CONTATO: INSERÇÃO E DECODIFICAÇÃO
5. Observação: Não está prevista a prorrogação da bolsa, uma vez que todas as atividades acadêmicas exigidas no edital – pesquisa, atividades na docência, etc. – são para 12 meses. O PPG-LLCJaponesa fará a seleção todos os anos, para cuja inscrição o ex-bolsista ou o bolsista atual poderá se inscrever novamente. Visa com isso, abrir espaço a um número maior interessados em pesquisa de pós-doutorado em Estudos de Língua, Literatura e Cultura Japonesa e promover a alternância de áreas de pesquisa, que são benéficos para o Programa e também para toda área de Estudos Japoneses no Brasil.