quarta-feira, 26 de novembro de 2014

LETÍCIA QUE MANDOU:



Encontro para uma Pausa Dançante é um convite para quem já dança, qualquer que seja sua dança e para quem quer ser sincero consigo próprio, olhando de frente e com ternura aquilo que neste momento traz no seu corpo e na sua dança. As perguntas são: Será que o que está visível para mim está visível para o outro? E será possível tornar visível o invisível ? Para nos debruçarmos nessas questões propomos o improvisar. Improvisar para contar o que está no corpo e reconhecer suas ideias, seus tempos, seus jeitos e trejeitos. E poder seguir adiante, talvez com mais autonomia. Propomos a improvisação porque, como já disse a improvisadora Kate Duck, “Quando você improvisa eu vejo quais foram seus professores, que aula você fez, que treinamento você fez...”, e acrescentaríamos: que vemos os hábitos de dança, padrões, escolhas e ações preferidas e repetidas, além do jeito de se estar e mover no mundo. Na improvisação o novo está nas recombinações e nas surpresas que emergem no momento do acaso e no encontro com elementos externos dialogando com os internos e vice-versa. O ponto de partida para a improvisação será pautado na necessidade de mover-se inicialmente pela sensação física, seja pela pele, ossos, músculos, órgãos, líquidos do corpo ou na combinação/integração dessas camadas. E as sessões de improvisação contarão com algumas restrições: restrição espacial, restrição temporal e restrição sonora.
Letícia Sekito é diretora e dançarina da Companhia Flutuante. Desenvolve projetos de dança contemporânea e performance em constante diálogo com outras linguagens artísticas, como música, artes visuais e vídeo. Em 1996, concluiu sua formação em Lisboa, com Sofia Neuparth, Peter Michael Dietz, entre outros. Quando retornou ao Brasil, trabalhou de 1997 a 2006 no Estúdio Nova Dança e foi co-criadora e integrante da Cia. 2 Nova Dança, São Paulo. Recebeu a Bolsa Rede Stagium 97, PROAC 2006 e 2009, Rumos Dança Itaú Cultural 2006/07, Prêmio de Dança Funarte Klauss Vianna 2009, Prêmio Funarte REDES Artes Visuais 2011 e Programa Municipal de Fomento à Dança 2010 e 2012. Entre 2004 e 2008 criou a trilogia: Disseram que eu era japonesa, E eu disse: e O Japão está aqui?. Criou performances como Experimento Portátil_ uma ação sob encomenda (2007/09) e com o sonoplasta Jorge Peña Instantâneo (2006) e Corpo e Plástico (2009). Em 2011, estreou Flutuante, seu primeiro trabalho para grupo. Em 2012 coordenou o projeto Corpo em Movimento, envolvendo as performances Fluxos em Preto&Branco, sob a orientação de Suiá Ferlauto, com os artistas Alex Ratton, Priscila Jorge, Ligia Chaim, Sandra Ximenez e Felipe Julian do Projeto AXIAL, Joana Porto, Inês Corrêa, Paula Viana e também com Vanessa Lopes, Maíra Silvestre, Ivan Okuyama e Cecilia Noriko Ito Saito, além da instalação Três, de Roberto Freitas. Como preparadora corporal trabalhou em 2012 e 2013 com o grupo Damas em trânsito e os Bucaneiros, sob a direção de Alex Ratton e recentemente fez a direção corporal da performance Caibo-me?, da artista Mariana Piza. Em 2014 dá continuidade ao projeto Fluxos em Preto&Branco projeto de dança e desenho. Letícia é praticante de Aikidô (A.P.A/Aikikai), está ligada ao projeto Danceability®, ao Núcleo Dança Aberta e faz a formação do programa BMC®-Body Mind Centering. www.companhiaflutuante.com
Serviço:
Dias: 13 e 14/12
Horário: 10:00 às 13:00h
Valor:R$150,00
Público: bailarinos, atores, performers, pessoas que gostam de se mover.
Vagas: 12
Inscrições: fitacrepemovimento@gmail.com

terça-feira, 18 de novembro de 2014


http://www.photography-now.com/images/Bilder/gross/B017598.jpg

A mais alta corte iraniana determinou que o ex-procurador-geral de Teerã Saeed Mortazavi, 46, seja suspenso de qualquer cargo do governo por cinco anos por ter ordenado que manifestantes fossem torturados em 2009. Pelo menos três deles morreram sob custódia.
Mortazavi, conhecido como linha-dura, negou as acusações. Pela decisão de um tribunal menor --sustentada pela corte suprema--, ele também não poderá exercer sua profissão.
Até o início de seu julgamento, no último ano, ele chefiava a organização de bem-estar social do Irã.
Mortazavi foi procurador-geral de Teerã entre 2003 e 2009 e teve uma atuação determinante na repressão aos protestos contra supostas fraudes no pleito de 2009, no qual foi reeleito o presidente Mahmoud Ahmadinejad.
Reformistas iranianos também apontam Mortazavi como um algoz da imprensa iraniana, por ter sido o responsável pelo fechamento de mais de 120 jornais locais e pela detenção de dezenas de jornalistas e ativistas.
Em 2009, os protestos contra a reeleição do conservador Ahmadinejad terminaram esmagados pelo regime, que colocou em prisão domiciliar líderes da oposição reformista.
A Presidência é ocupada desde 2013 por Hassan Rouhani, um moderado.

sábado, 15 de novembro de 2014


http://image.nanopress.it/r/FGD/static.vivacinema.it/vivacinema/fotogallery/625X0/52737/paola-cortellesi-levita-in-una-scena-del-film.jpg





http://www.lesinrocks.com/2014/11/15/actualite/les-evapores-du-japon-ces-gens-disparaissent-du-jour-au-lendemain-11535598/

ENCONTROS DO CEO

http://ecx.images-amazon.com/images/I/41Fef8nWcrL._SY344_BO1,204,203,200_.jpg
28/11, SALA 4A-07, 13:00

ANDRÉ QUE MANDOU PARA FERNANDA:


http://chelfitsch.net/images/profile_okada_en.gif







https://www.youtube.com/watch?v=GImimigP3aQ

http://hdwallpapers1080p.net/wp-content/uploads/2014/03/3d-race.jpg

Os casamentos no Irã há muito são assunto suntuoso, com as famílias gastando milhares de dólares para celebrar uma união. Mas agora alguns casais estão esbanjando seu dinheiro em uma forma diferente de celebração nupcial: as festas de divórcio.
Veículos locais de mídia e blogs fervilham há meses com notícias sobre essas celebrações, que são precedidas de convites sarcásticos e comemoradas com bolos engraçados para os casais que se separam. O fenômeno se tornou tão comum em Teerã e outras grandes cidades que um importante religioso caracterizou os promotores dessas festas de "satânicos".
Essas celebrações sinalizam uma tendência inegável: o divórcio está em alta no Irã. Desde 2006, o total cresceu mais de 150%, e agora 20% dos casamentos acabam.
Nos dois primeiros meses do ano pelo calendário iraniano (do final de março ao final de maio), mais de 21 mil divórcios foram registrados, segundo estatísticas oficiais.
Essa alta no número de casais que optam pela separação irritou os conservadores do Irã, que veem a alta nos divórcios como afronta aos valores da República Islâmica.
No mês passado, Mustafa Pour Mohammadi, líder religioso e atual ministro da Justiça, disse que ter 14 milhões de casos de divórcio no Judiciário "não é digno de um sistema islâmico", de acordo com a Agência de Notícias dos Estudantes Iranianos.
Algumas das causas de divórcio no Irã, como em muitos outros países, incluem problemas econômicos, adultério, vício em drogas ou abusos físicos. Mas o aumento no número de divórcios aponta para uma mudança mais fundamental na sociedade iraniana, dizem especialistas.
"Houve grande crescimento do individualismo no Irã, especialmente entre as mulheres. Elas estão com melhor educação e ganharam poder financeiro", diz Hamid Reza Jalaipour, sociólogo da Universidade de Teerã.
"Antes, uma mulher se casava e tinha de se conformar. Agora, se não estiver feliz, se separa. Não é mais um tabu."
Mãe de uma adolescente, uma mulher de 41 anos formada em química e diretora de relações públicas em uma fábrica de Teerã disse ter se divorciado porque seu marido era viciado e a agredia.
Foram precisos quatro anos para lidar com a burocracia do governo. "Eles não gostam de divórcios que venham do lado da mulher", disse sob condição de anonimato. Mas no ano transcorrido desde o divórcio, disse estar no "paraíso".


Nos últimos séculos, estrangeiros como o escritor francês André Gide e o britânico Joe Orton viram no norte da África um porto seguro para aventuras e fantasias sexuais com outros homens.
O turista britânico Ray Cole, 69, recentemente descobriu, no entanto, que o "seguro" não está sempre garantido por esses portos.
Ele viajou a Marrakech, símbolo do turismo gay no Marrocos, onde viu que a homossexualidade não só é crime, como pode levar à prisão.
Cole visitava seu namorado, um morador local cuja identidade a Folha prefere preservar, quando foi abordado pela polícia.
Com base em imagens em seu celular, ele foi condenado por "atos homossexuais", pelo que cumpriu 20 dias na cadeia. Seu namorado também foi detido e responde, hoje, em liberdade.
A prisão de homossexuais, em especial de estrangeiros, é rara no Marrocos. Mas a notícia do infortúnio de Cole serviu para derrubar a procura por hotéis em Marrakech em um dia em 46%, de acordo com um site de viagens, ao deixar evidente que os direitos dos gays ainda estão, ali, longe de ser respeitados.
Em visita à cidade, a Folha conversou com dois jovens gays que preferiram não dizer seus nomes reais. Ambos afirmaram, inicialmente, que "é fácil ser homossexual no Marrocos". Com poréns. "Você só precisa respeitar os outros", diz Muhammad, 24.
"Eu não beijo meu namorado na rua. Não quero ser preso", afirma, antes de acusar o jovem detido com o turista britânico de não ter sido "discreto" o suficiente.
"Não temos problemas, se não nos prostituirmos ou acompanharmos um velho turista", diz Mahmud, 21. "Todo o mundo na minha universidade sabe que sou gay. A repressão depende da mentalidade. Os idosos e os religiosos não aceitam."
A associação Kifkif, de defesa dos direitos homossexuais, é exemplo da dinâmica marroquina de repressão e tolerância nessa área.
"Somos uma organização ilegal", diz, em Madri, o fundador da entidade, Samir Bargachi, 27. O fato de a homossexualidade ser um crime lhes impede de montar um aparato oficial no país. "Ao mesmo tempo, o governo conhece as nossas atividades e faz vistas grossas."
Mas a lei, afirma, é apenas uma etapa inicial das mobilizações de direitos gays no país. A questão seguinte, e que sustenta a própria ideia de criminalizar a homossexualidade, é a social.
"O Marrocos é um país religioso e patriarcal, onde o papel masculino é asfixiante. Seus genitais lhe definem", diz. "Na nossa vida está sempre presente a possibilidade de que os vizinhos chamem a polícia."
Apesar de que, com os avanços sociais, Bargachi aponte também para a existência de um debate político a respeito do tema, com cada vez mais frequentes casos de juízes que se recusam a aplicar o artigo 489 da legislação para condenar gays.
"É um caminho muito longo", diz Ibtisame Lachgar, do Movimento Alternativo para as Liberdades Individuais, que organiza ações de conscientização no país.
"A sociedade culpa os ocidentais', que enxergam como os responsáveis. Para os marroquinos, foram os estrangeiros que trouxeram esse vício' ao país. Eles não acreditam que haja marroquinos gays, e sim que essa seja uma espécie de prostituição entre um ocidental e um local."
O que também significa que, enquanto o britânico Cole terá respaldo em seu país desde que foi libertado, em outubro, seu namorado ainda está em Marrakech diante da ideia de um pesadelo futuro.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

http://static01.nyt.com/images/2014/11/11/world/11chinajapan2/11chinajapan2-master675.jpg
Folha de São Paulo
Terça-feira, 11 de novembro 2014

PF separa chineses na imigração do Rio

Medida foi adotada no aeroporto internacional do Galeão após suspeita de aumento do número de vistos falsos
Iniciativa prolongou o tempo de espera dos passageiros do país na fila de checagem dos passaportes
DIANA BRITO DO RIO Os chineses que chegam ao Rio de Janeiro têm esperado mais tempo no setor de imigração do aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão) desde o último dia 30.
Após suposto aumento no número de vistos falsos, eles passaram a ser separados dos demais estrangeiros no momento da vistoria de passaportes da Polícia Federal.
A determinação para o tratamento diferenciado partiu da delegada Rita de Cássia Favoreto, responsável pelo aeroporto do Galeão.
Ela emitiu uma ordem interna, em papel oficial ao qual a Folha teve acesso, para que todo o processo de entrada de cidadãos chineses seja controlado por policiais, em vez de funcionários terceirizados.
A delegada não quis atender a reportagem nesta segunda-feira (10) para explicar a decisão. Mas a Folha apurou que o principal motivo seria o suposto aumento do número de chineses que tentam entrar no Rio com vistos falsos --foram registrados 16 casos recentemente vindos de voos das companhias KLM e Air Italy.
A ordem emitida pela delegada trouxe preocupação a agentes da PF. Isso porque ela determina que "os policiais de plantão deverão realizar o procedimento migratório do seu início ao fim, inclusive logado com sua senha, não sendo permitido, de maneira verbal, repassar esta incumbência ao terceirizado".
Os policiais reclamam que não têm equipamento para conferir a autenticidade dos vistos e temem ser punidos caso chineses com documentos falsos entrem no país.
Antes, os agentes só usavam suas senhas pessoais para vistoriar passageiros suspeitos que tivessem o nome no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos.
QUEIXAS
Por causa da ordem interna, os chineses que chegam ao Galeão são separados em uma fila única no setor de imigração. Com isso, a espera para eles aumentou, o que gera queixas de discriminação.
"Não sei o motivo, mas realmente demorou mais que os outros", disse o estudante chinês Lucas Duan, 27, que teve de enfrentar uma fila separada no aeroporto.
Dez passageiros chineses que chegaram ao Rio em um voo da Emirates no final de semana relataram à reportagem que foram questionados sobre onde iriam se hospedar, quanto dinheiro haviam trazido ao Brasil e se falavam inglês ou outra língua.
A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Federal e com o consulado chinês no Rio, mas não houve resposta até a conclusão desta edição. A embaixada chinesa informou que o assunto deve ser tratado com o consulado.



http://www.acceleration-group.com/wp-content/uploads/2013/07/ChangesFuture.jpg

Os maiores jogadores de videogame da Coreia do Sul são nomes conhecidos. Milhões de pessoas ligam a televisão para assistir às competições de jogos eletrônicos. O maior portal sul-coreano da internet, o Naver, tem uma seção dedicada exclusivamente aos resultados das competições.
Os torneios de videogame estão crescendo em várias partes do mundo, atraindo milhares de pessoas para grandes eventos. Mas na Coreia do Sul, mais do que em qualquer outro lugar, eles já se consolidaram como um fato cultural. É tão comum casais irem a clubes de games como ao cinema.
Mais uma vez, o país antecipa transformações relacionadas à tecnologia antes de elas se espalharem pelo mundo, como aconteceu com a ampla disponibilidade da banda larga e a adoção do smartphone. O país também lidera as competições de videogames, chamadas em geral de "e-sports", criando ligas organizadas, treinando equipes profissionais bem financiadas e lotando estádios gigantes com torcedores ardorosos.
Esse tipo de entusiasmo pôde ser visto em Seul num domingo de outubro, quando mais de 40 mil torcedores lotaram o estádio de futebol usado na semifinal da Copa do Mundo de 2002 para acompanhar a competição mundial da League of Legends, um dos mais populares games no mundo. Num palco, duas equipes de cinco jogadores se sentaram diante de computadores, munidos de mouse e teclado para controlar personagens fantásticos em uma ofensiva contra a base da equipe adversária. Três telões mostravam a ação.
A clara favorita da multidão era a Samsung White, equipe formada exclusivamente por coreanos, que acabou conquistando o título e um prêmio de US$ 1 milhão em dinheiro. A torcida começou a se exaltar logo no começo, quando um jogador da Samsung White empunhou uma lança para matar um jogador do Star Horn Royal Club, equipe formada por três jogadores chineses e dois coreanos.
Embora jogadores e pessoas familiarizadas com o setor tenham diferentes teorias sobre como os jogos eletrônicos se tornaram populares na Coreia do Sul, quase todas as versões apontam para o final dos anos 1990. Naquela época, em resposta à crise financeira asiática, o governo sul-coreano se concentrou em infraestrutura de internet e telecomunicações. Por volta de 2000, surgiu uma vibrante comunidade de fãs de games, em grande parte graças às lan houses, conhecidos aqui como "PC bangs", que usavam as novas conexões.
O governo também se envolveu, criando a Associação Coreana de E-Sports para organizar essa atividade. Canais de TV de baixo custo despontaram nessa época, e foi simplesmente natural que um deles, e depois outros, se voltasse para os esportes eletrônicos.
Os "PC bangs" continuam sendo, no entanto, um importante espaço para os jogadores. Numa recente noite, numa área residencial da zona sudeste de Seul, um clube estava lotado de alunos do ensino médio. Eles se sentavam em cadeiras diante de PCs, berrando estratégias ou gritando de alegria ou frustração. Depois de abater um amigo com um fuzil de assalto no jogo Sudden Attack, Kang Mi-kyung, 15, disse que ia à lan house umas cinco vezes por semana. "Adoro este jogo, embora eu o ache violento demais", disse ela.
Há mais ou menos uma década, as empresas começaram a ver que era promissor patrocinar estrelas de jogos eletrônicos. Em pouco tempo empresas como Samsung, de tecnologia, e CJ Games, um dos mais bem-sucedidos desenvolvedores coreanos de games, já patrocinavam equipes que moravam em repúblicas e treinavam 12 horas por dia.
A monomania dos jogadores causa preocupações sobre a dependência psicológica e possíveis danos decorrentes de passar tanto tempo jogando games. De vez em quando, a imprensa noticia a morte de um jogador por exaustão em um "PC bang", após passar dias jogando. Uma lei determina que clubes obriguem menores de 18 anos a deixar o local após as 22 horas.
Dias antes do torneio de League of Legends, no hotel onde a Samsung White treinava, o capitão do time, Cho Se-hyoung, dizia sentir uma enorme pressão da torcida nacional. Ele deu a entender que, aos 20 anos, estava pensando em se aposentar. Ao ser perguntado sobre como se enxergava, ele disse: "Eu sou um atleta".

domingo, 9 de novembro de 2014


http://i2.mirror.co.uk/incoming/article1735603.ece/alternates/s1023/The%202013%20Red%20Arrows%20team%20.jpg

O Irã é um dos poucos países em que atos homossexuais são punidos com a morte. Clérigos, no entanto, aceitam a ideia de que uma pessoa pode estar presa em um corpo do sexo errado. Gays podem ser forçados a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo - e, para evitar isso, muitos fogem do país.
Criado no Irã, Donya manteve seu cabelo raspado ou curto e usava bonés em vez de lenços. Chegou a visitar um médico para tentar interromper sua menstruação.
"Eu era muito jovem e realmente não me entendia", diz. "Pensei que se pudesse parar minha menstruação, ficaria mais masculina."
Se policiais pedissem sua identidade e notassem que ela era mulher, diz, iriam censurar-lhe: "Por que você está assim? Vá mudar seu sexo".
 Esta tornou-se sua ambição. "Eu estava sob tanta pressão que queria mudar meu sexo o mais rápido possível", diz.
Por sete anos, Donya submeteu-se a um tratamento hormonal que lhe engrossou a voz e lhe fez crescer pelos no rosto.
Mas quando os médicos propuseram a cirurgia, ela conversou com amigos que haviam se submetido à operação e tinham enfrentado "muitos problemas". Começou a se questionar se essa era a melhor opção para ela.
"Eu não tinha acesso fácil à internet. Muitos sites são bloqueados. Comecei a pesquisar com a ajuda de alguns amigos que estavam na Suécia e na Noruega", conta.
"Comecei a me conhecer melhor... Eu aceitei que era lésbica e estava feliz com isso".
Mas viver no Irã como homem ou mulher abertamente gay é impossível. Donya, agora com 33 anos, fugiu para a Turquia com seu filho de um breve casamento, e depois para o Canadá, onde recebeu asilo.
Não é uma política oficial do governo iraniano forçar homens ou mulheres homossexuais a mudarem de sexo, mas a pressão pode ser intensa.
Em 1980, o fundador da República Islâmica, o aiatolá Khomeini, emitiu uma fatwa - uma legislação islâmica - permitindo a cirurgia de mudança de sexo. Aparentemente, após ser convencido em um encontro com uma mulher que disse estar presa no corpo de um homem.
Shabnam - nome fictício - é psicóloga em uma clínica estatal do Irã e diz que alguns gays acabam sendo forçados a fazer a cirurgia. Médicos são orientados a dizer a homens e mulheres gays que eles estão "doentes" e precisam de tratamento. Pacientes gays são encaminhados a clérigos para que sua fé seja fortalecida.
As autoridades "não sabem a diferença entre identidade e sexualidade", explica Shabnam.
Não há informações confiáveis sobre o número de operações de mudança de sexo realizadas no Irã. Khabaronline, uma agência de notícias alinhada com o governo, disse que os números subiram de 170 em 2006 para 370 em 2010. Mas um médico de um hospital iraniano disse à BBC que só ele realiza mais de 200 dessas operações todos os anos
Em outros países, mudar a sexualidade de uma pessoa é um processo complexo, que envolve psicoterapia, tratamento hormonal e, algumas vezes, grandes operações - durando anos.
Nem sempre é o caso no Irã.
"Eles [as autoridades] mostram o quão fácil pode ser", diz Shabnam. "Prometem te dar documentos legais e, mesmo antes da cirurgia, permissão para andar na rua vestindo o que quiser. Prometem te conceder um empréstimo para pagar a cirurgia", exemplifica.
Os defensores destas políticas oficiais salientam o lado positivo das medidas, argumentam que os transexuais iranianos recebem ajuda para ter uma vida decente e que gozam de mais liberdade do que em muitos outros países.
Mas a preocupação é que a cirurgia de mudança de sexo esteja sendo oferecida para pessoas que não são transexuais - e sim homossexuais.
"Está ocorrendo uma violação de direitos humanos", acredita Shabnam. "O que me deixa triste é que as organizações que deveriam ter um propósito humanitário e terapêutico podem estejam do lado do governo ao invés de olhar para o ponto de vista das pessoas."
Psicólogos sugeriram uma mudança de sexo para Soheil, um jovem gay iraniano de 21 anos. A família exerceu grande pressão para que ele concordasse com a operação.
 "Meu pai veio me visitar em Teerã com dois parentes", diz ele. "Eles fizeram uma reunião para decidir o que fazer sobre mim. Disseram: 'Ou você muda seu sexo ou vamos te matar. Não deixaremos que você viva nessa família'".
Soheil foi mantido em casa, na cidade portuária de Bandar Abbas, sob vigilância da família. Um dia antes da operação, conseguiu escapar com a ajuda de amigos. Eles lhe deram um bilhete de avião e o jovem voou para a Turquia.
O país, que não requer vistos de cidadãos iranianos, é muitas vezes o primeiro destino de quem foge. De lá, eles muitas vezes pedem asilo em um terceiro país da Europa ou América do Norte. A espera pode levar anos e, mesmo na Turquia, eles são alvo de preconceito e discriminação, especialmente em pequenas cidades socialmente conservadoras.
Arsham Parsi, que cruzou a fronteira do Irã para a Turquia de trem em 2005, vive na cidade de Kayseri, na região central do país. Ele foi espancado e teve tratamento hospitalar para deslocamenteo de ombro negado simplesmente por ser gay. Depois disso, não saiu de casa por dois meses.
Mais tarde, Parsi se mudou para o Canadá e criou um grupo de apoio para gays iraniano. Ele diz receber centenas de pedidos de ajuda por semana. Já auxiliou cerca de mil pessoas a deixar o Irã nos últimos dez anos.
Alguns fogem para evitar a cirurgia de mudança de sexo, mas outros descobriram que ainda enfrentam preconceito apesar de se submeter ao tratamento. Parsi estima que 45% das pessoas que fizeram a cirurgia não são transexuais, mas gays.
Eis um exemplo: recentemente, uma mulher o consultou com dúvidas sobre a cirurgia. Ele perguntou se ela era transexual ou lésbica. Ela não sabia responder, porque ninguém nunca havia lhe explicado o que era "ser lésbica".
Marie, de 37 anos, deixou o Irã há cinco meses. Ela cresceu como menino, Iman, mas estava confusa sobre sua sexualidade e foi declarada por um médico iraniano como sendo 98% do sexo feminino. Por isso, acreditou que precisaria mudar de sexo.
A terapia hormonal parecia ter-lhe trazido mudanças positivas, como o crescimento dos seios. "Isso me fez sentir bem", diz. "Eu me senti bonita."
Finalmente, Marie submeteu-se à operação - e veio a sensação de estar "fisicamente danificada".
Ela se casou com um homem, mas a relação terminou rapidamente. Assim como qualquer esperança de que a vida como mulher seria melhor.
"Antes da cirurgia, as pessoas me viam e diziam: 'Ele é tão feminino, ele é tão feminino'", diz Marie.
"Após a operação, sempre que eu queria me sentir como mulher, ou me comportar como mulher, todo mundo dizia: 'Ela se parece com um homem, ela é viril'. [A cirurgia] não ajudou a reduzir os meus problemas. Pelo contrário."
Marie diz que, se "estivesse em uma sociedade livre, gostaria de saber se seria como sou agora e se eu teria mudado meu sexo".
"Não tenho certeza", responde.
"Estou cansada. Cansada de toda a minha vida. Cansada de tudo."


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2gGkI0Lld4nwXrmmj2y9eQbw8ql9cKOotoNQW-miQhpE5M8s2TQrpEUBdZOWegxVVoU5tf2gI85n9B9cbPxo583But2hQ7qmNns7PpHZFmG4QiwMdQ8DH7ZJX4iMM3h4T2fFsJtp3XvFK/s1600/1937_03_spicymys.jpg

Deputados do Irã encaminharam um projeto de lei no qual propõem tornar crime manter cães como animais de estimação ou caminhadas em público com os bichos. Os infratores estariam sujeitos a 74 chicotadas ou uma multa.
De acordo com o jornal iraniano "Shargh" desta quinta (6), 32 membros do parlamento --a maioria da ala conservadora do país-- apresentaram a proposta para votação no Legislativo.
Se o o Majlis (parlamento iraniano) aprovar o projeto, a multa estipulada seria de um a 10 milhões de tomans --unidade de medida monetária do Irã, equivalente a 10 rials, a moeda do país. Isso corresponde a cerca de R$ 9,5 mil.
"Andar a pé e brincar com animais, como cães e macacos ao ar livre e em locais públicos são prejudiciais para a saúde e a paz de outras pessoas, especialmente crianças e mulheres, e são contra a nossa cultura islâmica", diz o projeto de lei. Forças policiais iranianas, caçadores licenciados, agricultores e pastores estão isentos da punição, de acordo com a proposta.
De acordo com o costume islâmico, os cães são considerados animais impuros. A chamada polícia da moralidade do Irã, que atua em locais públicos, reprime os donos de cães, alertando os donos ou ameaçando confiscar os animais. Mas a tendência de cuidar de cachorros têm crescido no país, sobretudo entre as classes média e alta urbanas em grandes cidades. A ala conservadora do país tem se mostrado preocupada com o hábito, interpretado como um avanço da "invasão cultural" do Ocidente.

terça-feira, 4 de novembro de 2014



A jovem iraniana, que também tem nacionalidade britânica, condenada a um ano de prisão em Teerã por tentar assistir uma partida de vôlei masculino iniciou uma greve de fome, anunciou seu irmão.
 
 
Ghoncheh Ghavami, de 25 anos, foi detida em 20 de junho em um ginásio de Teerã, quando integrava um grupo de mulheres que tentava assistir uma partida da Liga Mundial de vôlei entre Itália e Irã.
A jovem, formada em Direito em Londres, protesta contra o que considera uma "detenção ilegal", afirmou sua mãe à rede britânica BBC.
— Ela está em greve de fome desde sábado. Não come alimentos sólidos e não aceita líquidos — afirmou o irmão da condenada, Iman Ghavami.
A jovem, que aguarda a ratificação da pena, fez uma greve de fome de duas semanas em outubro para protestar contra a detenção.
Todas as mulheres foram impedidas de assistir a partida no ginásio Azadi de Teerã, incluindo as jornalistas credenciadas.
O procurador-geral ainda não confirmou a sentença. A jovem foi acusada de fazer propaganda contra o regime, um argumento muito utilizado pela justiça iraniana.
Ghavami foi acusada num tribunal de Teerã de atividades e propaganda contra a República Islâmica. Segundo a agência de notícias Ilna, o advogado de Ghavami, Alireza Tabatabaie, disse no sábado que a sentença poderá ser reduzida devido a bons antecedentes.
O Reino Unido, que não tem presença diplomática permanente no Irã, mas afirma planejar reabrir a sua embaixada, disse ter preocupações sobre como Ghavami foi tratada e agora sentenciada.
"Estamos preocupados com os relatos de que Ghoncheh Ghavami foi condenada a 12 meses de prisão por propaganda contra o Estado", declarou o porta-voz do Ministério do Exterior britânico, em comunicado.
"Temos preocupações sobre o processo e com o tratamento em custódia de Ghavami", acrescentou o comunicado.
O Irã não reconhece dupla cidadania e trata os cidadãos com dupla nacionalidade como iranianos.
Publicidade
Ghavami foi libertada logo depois da prisão em junho, mas presa de novo em seguida. Em outubro, ela fez uma greve de fome de duas semanas.
Tabatabaie disse que por "várias razões" não conseguiu se encontrar a acusada antes da sessão de sábado.
A prisão inicial de Ghavami ocorreu um pouco antes a detenção de outra pessoa de dupla cidadania. Jason Rezaian, que também tem nacionalidade norte-americana, é repórter do Washington Post e permanece em custódia. Os Estados Unidos não têm ligações diplomáticas diretas com o Irã.

http://photoslaves.com/wp-content/gallery/henri-cartier-bresson-ussr/henri-cartier-bresson-8.jpg 

 Shah Rukh Khan, 48, tem muitos títulos. O grande astro de Bollywood é conhecido como Rei Khan, Rei de Bollywood e Bollywood Badshah (ou imperador). No verão passado, Khan recebeu do ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, a honraria civil mais prestigiosa da França -Cavaleiro da Ordem da Legião de Honra.
Aamir Khan, o arquirrival de Khan e do qual não é parente, também está vencendo as diferenças culturais. Em 25 de julho, seu filme mais recente, "Dhoom 3", thriller de ação, estreou em 2.000 cinemas na China.
Os franceses e os chineses estão entre a diversificada e crescente base de fãs de Bollywood.
Há muito tempo, os filmes indianos fazem sucesso entre os 21 milhões de cidadãos do país que moram no exterior.
Nas décadas de 1950 e 1960, o ator e diretor Raj Kapoor era um nome familiar na Rússia soviética. Na década passada, a mistura singular de emoção, canções, danças e melodrama de Bollywood conquistou diversos mercados.
Segundo a empresa de monitoramento de bilheterias Rentrak, as receitas do cinema indiano em 36 territórios aumentaram de US$ 66,2 milhões, com 69 filmes em 2009, para US$ 289 milhões, com 170 filmes em 2013.
Há novos fãs em países tão díspares quanto Turquia, Peru, Panamá e Iraque. Filmes indianos começaram a ser exibidos no Japão em 1952, porém somente a partir do ano passado o país recebe lançamentos regularmente.
O músico pop japonês Matsumura Masahide (conhecido como Titi Matsumura) disse que o apelo desses filmes reside em sua abordagem ardente. "Nós gostamos de filmes indianos sentimentais e repletos de emoções, pois contrastam com o comportamento contido do povo japonês", explicou.
Os alemães são fascinados por Shah Rukh Khan. A paixão teve origem em 2004, quando uma emissora de TV alemã exibiu no horário nobre "Kabhi Khushi Kabhie Gham" ("Às Vezes Felicidade, Às Vezes Tristeza"), apresentando Khan como filho de um industrial rico. O melodrama que arrancava lágrimas -a chamada do filme era "O que importa é amar seus pais"- abriu um novo mercado.
Todavia, não é fácil vender a marca Bollywood. Hollywood e produções regionais tornam a concorrência acirrada. Até mesmo estúdios grandes como o Disney India, que produz filmes da franquia Disney, têm pouca penetração em outros países. Amrita Pandey, responsável no estúdio por marketing e distribuição, citou alguns fatores: "Barreiras linguísticas e culturais, os altos investimentos necessários para entrar em novos mercados e a gramática específica dos filmes indianos também são obstáculos".
A empresa americana Relativity Media espera mudar esse panorama. Em maio, no Festival de Cinema de Cannes, ela anunciou uma joint venture de US$ 100 milhões com a B4U, empresa de entretenimento de Bollywood.
Em vez de descobrir um filme que satisfaça ambas as preferências, a estratégia da Relativity é adaptar o mesmo conteúdo para dois mercados. Uma comédia de ação produzida atualmente, cujo elenco inclui Zach Galifianakis, Owen Wilson e Kristen Wiig, deverá ser refilmada em Bollywood.
Os filmes indianos também evoluíram junto com os consumidores e deixaram de ser uma entidade monolítica pautada por música e dança. Produções independentes autorais mais ousadas, os chamados filmes "hindie", também estão ganhando espaço. No ano passado, "Lunchbox", estrelado por Irrfan Khan, teve uma bilheteria global de cerca de US$ 10 milhões.
Filmes como esse poderão ajudar a indústria cinematográfica da Índia a se expandir? Shah Rukh Khan deu sua opinião: "Nosso conteúdo e nossa tecnologia estão melhorando. Chegou a nossa vez".

http://iconicphotos.files.wordpress.com/2013/09/cartier-bresson-seville-spain-1944-wall-hole-children-playing.jpg

Num dos maiores protestos pró-democracia em Hong Kong, na noite de 4 de outubro, a cantora pop local Denise Ho apresentou uma nova canção, "Raise the Umbrella", referência aos guarda-chuvas que muitos manifestantes do local vêm usando para se proteger contra spray de pimenta. Dezenas de milhares de pessoas extáticas agitaram no ar seus celulares ligados.
Mas é pouco provável que Ho cante a mesma música na China continental, de onde, conforme revelou outro dia, ela recebe 80% de sua renda, principalmente de shows. Ela não recebe convites para cantar na China desde o verão, quando começou a demonstrar publicamente seu apoio ao movimento pró-democracia.
Recentemente, uma grife de moda cancelou um trabalho com ela, sem citar qualquer motivo especial para isso.
Anthony Wong, outro cantor de Hong Kong, contou que dois shows que ele faria em novembro na China continental foram "adiados por tempo indeterminado" pelos organizadores e que não tem mais convites pendentes para se apresentar lá.
"É só um palpite, mas acho que querem nos proibir porque têm medo de ouvir posições divergentes", disse Wong. "Têm medo que possamos difundir nossas posições. É uma tentativa de nos punir, claro."
Wong, Ho e outras figuras artísticas de Hong Kong e Taiwan -incluindo atores como Chow Yun-fat e Tony Leung e um cineasta, Shu Kei- estão entre os rostos mais reconhecíveis vistos nos protestos que ocupam partes de Hong Kong há semanas. Representantes da mídia estatal chinesa os acusam de deslealdade a seu país.
Fotos de uma lista que continha os nomes de Anthony Wong, Denise Ho e outros artistas circularam recentemente nas mídias sociais. Consta que seria uma lista negra enviada a veículos de mídia noticiosa e empresas de entretenimento da China continental, com instruções de não mencionar ou citar os artistas incluídos.
Uma celebridade americana, o saxofonista de jazz Kenny G, parece ter se envolvido em controvérsia quando postou na internet fotos dele próprio em um dos locais dos protestos.
Mais tarde, o músico, que tem muitos fãs na China continental, deletou as fotos e divulgou declarações dizendo que não teve a intenção de manifestar apoio aos protestos. Num comentário, a agência de notícias estatal, a Xinhua, deu a entender que haverá outras consequências para as celebridades de Hong Kong.
"Vocês violaram os princípios de 'um país, dois sistemas', contestaram a autoridade do partido central, ignoraram a Lei Básica e ganharam muito dinheiro, mas depois se voltaram contra sua pátria e a repreenderam", diz o comentário, citando por nome Denise Ho, Anthony Wong e um ator de Hong Kong, Chapman To. "É assim que tratam o país que deu à luz a vocês e os criou?"
"Chapman To e todos, não pensem que podem comer nossa comida e destruir nossas panelas ao mesmo tempo", avisou o comentário.
Não está claro com que rigidez será aplicada uma lista negra, se é que ela existe. Por exemplo, a emissora pública CCTV não cancelou a transmissão do filme "Mr. Cinema", de 2007, protagonizado pelo ator Anthony Wong Chau-sang, cujo nome estaria na lista negra, mas livros do autor popular Giddens Ko foram tirados das estantes das principais livrarias da China continental.
Os protestos criaram uma divisão entre as celebridades de Hong Kong.
Muitas delas ficaram em silêncio, enquanto outras criticaram os protestos abertamente. Numa mensagem postada no Sina Weibo o diretor de cinema Wong Jing declarou que estava tirando Denise Ho, Chapman To e Anthony Wong, o cantor, de sua lista de amigos.
Wong prometeu continuar a apoiar os protestos.
"Isso nos afeta muito porque boa parte de minha renda vem da China -mais da metade", disse. "Mas acho que é isso que precisamos fazer. Nosso mercado e dinheiro na China não são mais importantes que a necessidade de dizer o que pensamos."

sábado, 1 de novembro de 2014


Balão da Hello Kitty flutua em evento em Nova York

Hello Kitty, uma suposta gatinha uma menina, segundo seus criadores, criada no Japão e que virou um ícone global, completou 40 anos neste sábado e presenteou os fãs com uma loja exclusiva e um parque temático em Tóquio.
Uma Kitty de tamanho humano apareceu de surpresa na grande loja Mitsukoshi antes da abertura ao público, o que provocou muitos aplausos dos funcionários do empreendimento, que fica no popular distrito de Ginza.
A personagem, vestida de rosa, fez reverências aos presentes e seus gestos e poses provocaram ondas de de "kawaii" ('linda', em japonês).
Quando a loja abriu as portas, a personagem foi a primeira a saudar a multidão de clientes, que abraçaram a gatinha e pediram 'selfies'.
Kitty, chamada de 'garota eterna' por seu criador, também celebrou o aniversário com centenas de fãs no Sanrio Puroland, um parque temático ao oeste de Tóquio.
Do outro lado do Pacífico, Los Angeles inaugurou uma convenção da Hello Kitty no distrito "Little Tokyo", com um evento de quatro dias que espera atrair mais de 25.000 pessoas.
Em julho, a personagem terá um espetáculo próprio en Hong Kong e também fará uma incursão no espaço, já que para festejar os 40 anos Hello Kitty dará um passeio a bordo do satélite Hodoyoshi-3.
Em 1974, ninguém poderia imaginar que a personagem, esboçada em poucos traços, sem contorno de rosto e sem boca, com seis traços para formar um bigode, estabeleceria-se como um sucesso surpreendente em todo o mundo.
Atualmente, esta criatura, que tem fã-clubes em muitos países, arrecada vários bilhões de dólares anualmente para seus proprietários e aqueles que a usam para promover seus produtos.
Sua imagem está reproduzida em todo planeta em 50.000 artigos diferentes, de chiclete até a cabine de aeronaves, passando por eletrônicos, canetas e coleiras.
Nos últimos anos, Hello Kitty tornou-se um dos ícones do "Japão cool" e da cultura pop japonesa que invadiu o mundo com desenhos animados e mangás.
O universo rosa de Hello Kitty não se limita às meninas românticas, mas estende-se a todas as idades, no Japão e em todo o mundo. Segundo um porta-voz da empresa, o interesse atual seria até maior entre os adultos.
"De certa forma, Hello Kitty dá aos adultos o direito de brincar novamente, dá a possibilidade de externalizar uma parte de si que não pode ser expressada novamente", diz Christine Yano, uma antropóloga que estudou o fenômeno da "kawaii".

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVJti8mrZmAcevkVw3Fy-SxxBzgaYBWUN1somgRag_dWZTcTm3faZL_GXgRcbEstfmpjYHuRLdSzRgk5cuN3I8HTdCPKO8M_ET-2OylmHmCUCdmGG_OPgnx2qx4bcvummSwIH6Aca8ZyM/s1600/dan%C3%A7a05.jpg






http://www.goodnet.org/articles/this-what-500-years-female-portraits-in-under-3-minutes-looks-like-video