terça-feira, 6 de dezembro de 2011

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LETÍCIA SEKITO
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domingo, 4 de dezembro de 2011

2012


VUELVO AL SUR


Bhava: Universo do Cinema Indiano

6 Dez a 30 Dez
Local: Cinema I | CCBB RJ

O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, concedeu perdão a uma mulher que havia sido presa por adultério após ter sido estuprada pelo primo de seu marido.
Gulnaz, 21, foi violentada em 2008 e engravidou. O criminoso foi julgado e condenado à prisão pelo estupro, porém ela também foi para a cadeia devido ao crime de adultério.
Segundo o jornal britânico "Daily Mail", ela chegou a receber uma sentença de 12 anos de detenção, que depois foi reduzida.
Ela teria cogitado ainda a possibilidade de se casar com o estuprador para tentar evitar a prisão dele e não desonrar a família de seu marido.
O presidente concedeu o perdão incondicionalmente.
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, propôs anteontem que o governo discuta a possibilidade de que as mulheres que pertencem à família imperial japonesa mantenham a condição de nobres mesmo após se casarem com plebeus.
Pela lei atual, mulheres que integrem a monarquia têm de deixá-la oficialmente quando se casam com alguém que não seja nobre. O resultado disso foi a diminuição da família real -hoje, um terço dos seus 23 membros é de mulheres.
Noda se disse disposto a promover debate nacional sobre o assunto, que para é "urgente" do ponto de vista da estabilidade. Por ora, a discussão não inclui o trono do imperador, facultado só a homens.
A câmera de vigilância que a polícia mantém voltada para o portão azul turquesa do ateliê de Ai Weiwei, na zona norte de Pequim, capta um fluxo constante de visitantes: jornalistas, pessoas do mundo das artes, pessoas que vão desejar boa sorte ao artista.
Cinco meses depois de ser solto, após 81 dias de detenção, e na esteira de expressões extraordinárias de apoio público, Ai está prevendo outras "visitas". "Todos os dias eu penso: 'Hoje é o dia em que vão me levar de novo'."
"É a impressão que eles [as autoridades] procuram criar, não apenas para mim, mas para toda a sociedade, para qualquer pessoa que tenha opiniões diferentes."
Alguns anos atrás o célebre artista era uma figura respeitada no mundo da arte internacional e chinesa; provocante, com certeza, mas suficientemente respeitável para coproduzir o estádio olímpico do Ninho do Pássaro, em Pequim, e receber cobertura da mídia estatal chinesa.
Então seu ativismo e suas opiniões declaradas criaram atritos com as autoridades, culminando no período de detenção deste ano -parte de uma repressão maior a ativistas, advogados e dissidentes, na qual dezenas de pessoas foram presas e mais ainda foram assediadas, ameaçadas ou submetidas a outras restrições.
Para muitos, Ai Weiwei tornou-se o rosto dos direitos humanos na China -mais um símbolo que uma pessoa.
"O fato de o governo ter dado sumiço nele e depois ter continuado a persegui-lo com acusações diversas transmite uma mensagem a outros ativistas: mesmo que você seja muito conhecido, isso não o protege de fato", diz Wang Songlian, da Rede Chinesa de Defensores dos Direitos Humanos.
"Por outro lado, a maneira como ele utilizou a situação foi muito inteligente, e acho que os ativistas ficaram energizados."
"A questão nunca diz respeito a mim", diz, 54. "Meus defensores me usam como marco para eles mesmos, para reconhecer sua própria forma de vida: eu me torno o meio [de expressão] deles. Sempre tenho muita clareza em relação a isso."
Ai emergiu de sua provação em junho, mais magro -tinha perdido quase dez quilos, parte dos quais já recuperou- e, aparentemente, humilhado.
"Minha energia estava muito baixa depois desses 81 dias, e eu realmente precisava de tempo para me recuperar, mental e fisicamente. Eu estava bastante frágil."
"Procurei fazer muito menos, também porque acho que esse não é um jogo que eu possa jogar. Se eles podem fazer você desaparecer, por que você continua a jogar o jogo? É um absurdo."
"Mas eles ainda fazem essas acusações falsas contra você, mesmo que você não fale. Então você sente que, se não falar, estará fazendo parte do jogo. Acho que os dois lados estão muito decepcionados." Ele ri.
Hoje em dia se veem menos momentos do humor irreverente de Ai, e ele se mostra mais cauteloso em seus pronunciamentos. Mesmo assim, anda dizendo mais do que o governo gostaria.

Quando as autoridades apresentaram a Ai uma conta de impostos de 1,5 milhão de libras (cerca de R$ 4 milhões), milhares de pessoas o ajudaram a pagar a primeira parcela, algumas delas atirando dinheiro sobre os muros do ateliê.
Quando a polícia aventou a possibilidade de ele ser culpado de pornografia -em razão de fotos em que ele e quatro mulheres estão nus-, as pessoas tuitaram fotos delas mesmas nuas.
"Estamos tentando trabalhar com um espaço muito limitado. Para pessoas que não entendem as condições, isso pode parecer ridículo. Mas, para nós, é o único espaço", diz Ai.
Um menino de 14 anos foi morto na Índia por causa do seu nome. Ele pertencia à casta dos dalit -também conhecidos como "intocáveis", a mais baixa do sistema indiano- e era homônimo do filho de um homem rico, chamado Jawahar Chaudhary.
A polícia local informou ontem ter localizado o corpo de Neeraj Kumar, no dia 23 de novembro, em um terreno baldio, no Estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia.
O fato ocorreu no vilarejo de Radhaupur. Segundo a perícia, Neeraj teria sido estrangulado.
De acordo com as autoridades, Chaudhary teria pedido para o pai do menino Neeraj mudar o nome de seu próprio filho. O motivo do pedido: a família de Chaudhary era de uma casta superior.
Chaudhary, porém, nega envolvimento na morte de Neeraj e afirma que sua família está sendo incriminada pela polícia local. Os dois filhos de Chaudhary -Neeraj e Dheeraj- estão desaparecidos. A polícia prendeu dois amigos da família que estariam envolvidos no crime.
O subdelegado da polícia local, Praveen Kumar, informou que Ram Sumer, o pai do menino dalit morto, e Jawahar Chaudhary têm filhos com nomes de Neeraj e Dheeraj e que isto gerou problemas entre as duas famílias.
No dia 22 de novembro, Neeraj saiu de casa depois do jantar para ver televisão na casa de um amigo. Foi a última vez em que foi visto com vida. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte.
A discriminação por castas é considerada ilegal na Índia, desde 1976. No entanto, o preconceito ainda é frequente em muitas regiões do país.
O líder indiano Mahatma Gandhi e a princesa Diana foram algumas das personalidades políticas que defenderam internacionalmente o combate a este tipo de discriminação na Índia.
As castas são determinadas de acordo com o nascimento de um indivíduo. São baseadas no grupo social e hereditárias.
Com mais de 1 bilhão de habitantes, quase 16% da população do país -160 milhões de pessoas- são dalits e estão na parte inferior da hierarquia.
Na Índia, o sistema de castas data de 3.000 anos atrás. Originalmente, a sociedade indiana era dividida de acordo com categorias de trabalho. Este sistema mais tarde se desenvolveu em divisões sociais mais complexas.
Além da Índia, também há registro de discriminação por castas em regiões do Nepal, Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Nigéria, Senegal e Mauritânia.


Depois de um dia de trabalho, o morador sofisticado de Pequim gosta de trocar os sapatos sociais por um par de Resistir e Perseverar, acelerar sua Cavalo Precioso e sair para o bar, onde se refrescará com um copo de Poder da Felicidade bem gelada.
Se for abstêmio, talvez peça uma Saborosa Diversão.
Para um ocidental, essas marcas são conhecidas como Nike, BMW, Heineken e Coca-Cola, respectivamente.
E quem está achando graça pode se divertir à vontade: as empresas que criam esses nomes também estão rindo -na fila do banco onde depositam seus ganhos.
Mais que muitos outros países, a China é um lugar no qual nomes portam significado profundo.
Já que o mercado chinês de bens de consumo está crescendo em mais de 13% ao ano -e as vendas de bens de luxo atingem os 25% de avanço-, um nome desafinado pode ter sérias consequências financeiras.
E, assim, a arte de selecionar um nome que funcione bem junto aos consumidores chineses deixou de ser arte.
Transformou-se em uma espécie de ciência, com consultores, softwares e análise linguística para garantir que um nome que soa melodioso aos ouvidos de um chinês que fale mandarim não seja irritante para um compatriota que fale cantonês.
O paradigma talvez seja a Coca-Cola, cujo nome chinês, Kekoukele, não só soa parecido com o original em inglês, mas transmite uma ideia de sabor e diversão de uma maneira que o original não é capaz de acompanhar.
Há também a Reebok, ou Rui bu, cujo nome chinês significa "passos rápidos". E a Colgate -Gao lu jie, "revelar uma limpeza superior".
Encontrar um bom nome exige mais que identificar formas homófonas espertas para os originais em inglês.
"Você deseja traduzir seu nome ou criar uma marca para a China?", diz Monica Lee, diretora-executiva da Brand Union, uma consultoria de Pequim. "Se a opção são sons fonéticos, todos sabem de onde você veio -sua marca será identificada imediatamente como estrangeira."
Para alguns produtos, ter um nome que soe estrangeiro oferece prestígio. Muitas marcas de ponta como Cadillac (Ka di la ke) ou Hilton (Xi er dun) empregam traduções fonéticas que não têm significado em chinês.
Por outro lado, um nome genuinamente chinês pode dizer coisas sobre um produto que uma coleção de homófonos jamais poderia.
No caso do Citiybank, Hua qi yinhang quer dizer literalmente "o banco da bandeira de listras e estrelas". Ou, para a cadeia de hotéis Marriott, Wan hao significa "10 mil elites prósperas". Pentium, Ben teng, quer dizer "galopando".
É difícil determinar por que certas palavras chinesas têm tamanha carga emocional.
Mas Denise Sabet, vice-diretora geral da Labbrand Consulting Company, de Xangai -cujo negócio é criar nomes para empresas ocidentais-, sugere que as razões incluem diferenças culturais e a dependência chinesa do uso de ideogramas, em lugar de um alfabeto fonético.
Cada ideograma é uma combinação de desenhos que podem portar significados próprios. E há alguns nomes que é preciso evitar.
A Microsoft teve de reconsiderar antes de lançar o serviço de buscas Bing porque em chinês as definições mais comuns para o ideograma com esse som são "doença", "defeito" e "vírus".
O nome reformulado, Bi ying, significa algo como "responde sem falhas".