quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A Índia se destaca por contínua ascensão econômica e sua cultura milenar, que mistura tradições à tecnologia sem perder sua identidade. As artes também tem um papel importante, desde a arquitetura até o cinema, cada vez mais mundializado. Com a fusão dos termos Bombaim (antigo nome de Mumbai) e Hollywood, o país ganhou o seu próprio pólo cinematográfico: a conhecida Bollywood. Para representar a consagração de Bollywood e do cinema no país, a Cinemateca Brasileira traz a “V Mostra de Bollywood e Cinema Indiano”. Obras recentes e que mudaram o panorama da filmografia do páis nos anos 2000 compõem a programação, que vai de 27 de setembro a 9 de outubro. A entrada é Catraca Livre. A mostra é resultado da parceria entre Cinemateca, a produtora Miríade Filmes e da curadoria de Beatriz Seigner e Ibirá Machado.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ENCONTROS DO CEO

30/09, SALA 4A-07, 13:00



A quinta edição do Festival Cinema do Oriente Médio começa em 29 de setembro no CineSesc e na Galeria Olido. Com longas e curtas do Egito, Iêmen, Síria, Palestina, Israel, Turquia e Irã, entre outras nações, o evento traz reflexões para a compreensão das regiões do Oriente Próximo, Médio, e de países islâmicos do Extremo Oriente, geralmente apresentados ao público de maneira simplificada. Pelos filmes, o público conhece as ricas, antigas e diversificadas culturas desses países que são vistos, em geral, de forma homogênea e estereotipada. Além da exibição das obras, o festival traz três diretores para palestras e a mesa de “Citizen Journalism”. Entre as produções em destaque na programação, estão: “18 Dias”, filme egípcio assinado por diversos diretores, sobre o processo revolucionário;“The Gift Maker”, de Ziryab Ghabery e Abdulrahman Hussain, do Iêmen; “A Flood in Baath Country”, de Omar Amiralay,  mais importante cineasta e documentarista sírio, falecido em 5 de fevereiro deste ano; e “All Restrictions End”. do iraniano Reza Haeri, com a presença do diretor.
Irritado com a falta de transparência do governo chinês, o blogueiro Daniel Wu criou uma forma própria de vigilância: por meio de fotos disponíveis na internet, ele passou a identificar os luxuosos relógios de altos funcionários em eventos públicos. O "relogiômetro" fez com que o número de seguidores no seu microblog pulasse de 2.000 para 20 mil. O sucesso chamou a atenção da imprensa e também do governo, que no último domingo ordenou o fechamento do blog. Apesar da censura, as fotos continuam circulando por meio de dezenas de outros internautas, sinal da dificuldade de censurar informação na internet do país, com mais de 450 milhões de usuários. Um dos que postaram as fotos foi o comerciante de artesanato Xi Shin (nome fictício), 22. "Muitos me elogiaram porque eu prego contra a corrupção, que penetra até os ossos". "Mas também fui criticado porque, com o desenvolvimento econômico, não seria estranho um funcionário do governo usar relógio caro." Dos cerca de cem altos funcionários expostos por Wu, dono de uma empresa de software de Xangai, o caso mais embaraçoso foi o do novo ministro das Ferrovias, Sheng Guangzu, empossado no início do ano, após o antecessor ter sido preso por corrupção. Nas fotos que Wu encontrou no Google, Sheng aparece com três relógios diferentes: um Rolex Oyster Perpetual Date, um Paget Altiplano e um Omega Constellation. O blogueiro postava o preço de cada um dos relógios. No caso do ministro, a soma chega a R$ 50 mil. O salário dos ministros não é divulgado, mas a remuneração do governo costuma ser relativamente baixa, mesmo para cargos do alto escalão.
Saudado no passado como uma experiência de reconciliação, este parque turístico virou agora um símbolo das tensões entre as duas Coreias.
O faturamento daqui despencou desde que, em 2008, um soldado da Coreia do Norte matou um visitante sul-coreano que vagava à noite por uma área próxima, que segundo autoridades norte-coreanas é uma zona militar. A Coreia do Sul então proibiu seus cidadãos de virem para cá, e a empresa sul-coreana responsável pelo parque, a Hyundai Asan, teve de suspender o empreendimento.
Agora, o governo norte-coreano, desesperado por receitas, procura atrair outros investidores estrangeiros para o monte Kumgang, contra a vontade de Seul.
Um alto funcionário norte-coreano do setor turístico, Kim Kwang-yun, fez no final de agosto uma apresentação a empresários da China. Kim disse a jornalistas estrangeiros que também poderia conversar sobre investimentos caso "grandes delegações da Europa, África e outros países vierem à região do monte Kumgang".
A vasta maioria dos 2 milhões de visitantes que passaram por este lugar desde sua inauguração, em 1998, era composta por sul-coreanos, e as autoridades da Coreia do Norte manifestam o desejo de retomar a parceria com a Hyundai Asan. Mas, em 22 de agosto, os norte-coreanos informaram ao governo do sul que estavam expulsando os últimos funcionários sul-coreanos do parque, e afirmaram ter o direito de "dispor legalmente" do patrimônio sul-coreano, avaliado em US$ 443 milhões.
Um funcionário do ministério sul-coreano da Unificação disse em setembro que a "questão turística do monte Kumgang não pode ser resolvida por medidas unilaterais do Norte -deve ser tratada via diálogo intercoreano".
O monte Kumgang é uma área escarpada, com pinheiros e cachoeiras. Entalhados nos paredões de granito há slogans gigantes em homenagem ao líder norte-coreano, Kim Jong-il, e ao seu pai, Kim Il-sung (1912-94).
O governo sul-coreano construiu aqui a sede de um programa-piloto em que os membros de famílias separadas pela divisão da Coreia, em 1945, podiam se re-encontrar.
A crise turística tem sido particularmente dura para a Coreia do Norte, que enfrenta uma escassez de alimentos e sofre com os efeitos das sanções econômicas da ONU.
No final de agosto, enquanto os visitantes chineses faziam a escalada até a cachoeira de Kuryong, dois australianos de ressaca - sua excursão de uma semana, agendada em Melbourne pelo equivalente a US$ 2.400 cada um, incluía um sólido suprimento de cerveja - tentavam recuperar o fôlego. "As pessoas têm sido excelentes; a comida é excelente", disse Max Ward, 51. Nessa noite, Kim fez sua apresentação aos empresários chineses. No banquete que se seguiu, um executivo do setor turístico, Wu Yuchu, dizia que o ambiente para investimentos não é estável, comparando-o ao da Líbia. "Mais do que qualquer coisa, os empresários valorizam a segurança do seu dinheiro", disse.
"Super Girl", versão chinesa do programa "Ídolos", vai sair da TV, apesar de ter atraído 400 milhões de telespectadores em seu auge. Autoridades consideraram o programa subversivo demais, porque o sistema de votos do público guarda semelhança demais com a democracia. Li Hao, vice-editor da Hunan Satellite TV, que transmitia o programa, teria declarado que as mudanças se devem a medidas da AERCT (Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão). Não foi a primeira vez que "Super Girl" atraiu críticas dos reguladores. O programa, lançado em 2004, foi suspenso uma vez, criticado repetidamente e tachado por autoridades de "profano" e "não saudável". A mídia estatal disse que a AERCT está punindo a emissora porque "Super Girl" excedeu seu horário em várias ocasiões. Mas as mudanças ocorrem após meses de pressão à Hunan TV. A visão geral é que se trata de censura. Em maio, Ouyang Changlin, diretor e secretário do Partido Comunista da Hunan Broadcasting System, a empresa-mãe da emissora de TV, disse ao "Financial Times" que estava revendo sua programação para atender a novos pedidos da censura. A mídia estatal disse no fim de semana que a partir de 2012 "Super Girl" e programas de talento semelhantes não serão mais transmitidos.

sábado, 17 de setembro de 2011


Fernanda Porto apresenta:
Sonhos, de Akira Kurosawa
A cantora executa ao vivo, com voz e vários instrumentos, novas sonoridades em sincronia com a projeção de episódios do filme “Sonhos” (Japão, EUA, 1990), clássico dirigido por Akira Kurosawa. No telão, temos a exibição do longa-metragem; no palco, Fernanda Porto e a percussionista Christianne Neves tocam diversos instrumentos, que vão de tambores ao piano erudito, passando pela música eletrônica.
Dia 22, quinta, às 21h, Sesc Vila Mariana
Auditório
R$ 12,00 (inteira); R$ 6,00 (usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública); R$ 3,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes).
Em um subúrbio de Yokohama, no Japão, fica um hotel inusitado. Todos os seus 18 hóspedes já morreram. Por US$ 157, é possível manter o corpo de um ente querido em um caixão refrigerado, em um dos quartos do estabelecimento, enquanto se espera pela cerimônia de cremação. O criador do hotel Lastel, Hisayoshi Teramura, teve a ideia de criar o local por causa da lotação e do tempo de espera dos crematórios da cidade. A espera média por um forno crematório em Yokohama é de quatro dias. Aisha Gdour, uma psicóloga de escola, contrabandeou balas em sua bolsa de couro marrom. Fatima Bredan, uma cabeleireira, cuidou dos rebeldes feridos. Hweida Shibadi, uma advogada de família, ajudou a encontrar alvos para os ataques aéreos da Otan. E Amal Bashir, uma professora de arte, usou código secreto para receber os pedidos de munição: balas de pequeno calibre eram chamadas de “alfinetes”, balas de calibre maior eram chamadas de “pregos”. Uma “garrafa de leite” significava uma Kalashnikov.
Está longe de ser claro o que acontecerá quando os palestinos forem à Organização das Nações Unidas (ONU) na próxima semana, para buscar o reconhecimento de seu Estado. Mas a iniciativa está engajando uma população palestina que se tornou profundamente cínica, após 20 anos de negociações de paz intermitentes entre israelenses e palestinos.
Muitos palestinos aqui, neste campo de refugiados entre Ramallah e Jerusalém, disseram estar empolgados com a perspectiva de seu território ser declarado um Estado, mas eles reconhecem que isso não melhoraria imediatamente suas vidas. Em vez disso, eles se preparam para medidas possivelmente punitivas por parte dos Estados Unidos e de Israel.
“Abu Mazen está fazendo uma coisa boa, mas as reações podem ser ruins”, disse Khairiyya Abd al Rahman, 66 anos, uma moradora matrona do campo de refugiados.
Abu Mazen é o nome popular do presidente palestino, Mahmoud Abbas. Ir à ONU permanece uma aposta cara para Abbas. Independente de seu sucesso ou fracasso, a frustração dos palestinos provavelmente aumentará se a realidade não mudar. E apesar de muitos palestinos dizerem que não preveem o estouro de um terceiro levante, eles alertam que algo pode vir a ocorrer se não houver um progresso mensurável.
“É claro que a frustração pode se transformar em caos”, disse Najeh Abd al Majid, outro morador do campo, um local frequente de confrontos entre jovens palestinos e militares israelenses.
Quando a reunião anual da ONU tiver início na segunda-feira, a liderança palestina poderá levar sua solicitação de reconhecimento do Estado ao Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos prometeram usar seu poder de veto, ou poderá optar pela votação na Assembleia Geral, uma rota mais modesta, que elevaria a representação palestina ao de um Estado observador não-membro, semelhante ao da Santa Sé.
Israel e os Estados Unidos tentaram impedir o confronto, alertando sobre consequências nefastas. Israel não expressou as possíveis consequências de uma votação, mas alguns na direita pediram pela suspensão da transferência da receita dos impostos à Autoridade Palestina, o cancelamento dos acordos e a anexação dos territórios contendo assentamentos judeus na Cisjordânia. Também houve conversa em Washington sobre corte de fundos.
Mas o sentimento da população palestina é fortemente favorável à ação na ONU, sejam quais forem os riscos. “Nós temos que fazê-lo”, disse Selwa Yassin, 51 anos, do vilarejo de Ein Yabrud, no distrito de Ramallah.
“As consequências não podem ser piores do que perder toda a Palestina”, disse Yassin. Por ora, a liderança palestina está tentando estimular o clima festivo.
Em Ramallah na terça-feira, voluntários distribuíram aos donos de lojas e motoristas bandeiras com logo da campanha “Palestina, Estado Nº194 da ONU”, uma referência a se tornar o 194º membro da organização.
Aqueles com conhecimento dos detalhes dizem que a meta é se tornar um Estado membro pleno. “Nós não queremos uma posição honorária”, disse Qusai Khatib, 40 anos, um barbeiro e professor em Kalandia. “Isso não teria nenhum gosto.”
Para os palestinos que buscam a independência, mesmo um Estado virtual representaria uma nova fase de uma longa luta. Mas em um reflexo da postura conflituosa da liderança palestina em relação à sua própria iniciativa, Abbas parece querer agitar as coisas no exterior, evitando ao mesmo tempo qualquer grande turbulência em casa.
Suas instruções são para que manifestações pacíficas ocorram no centro das cidades palestinas, longe de quaisquer pontos de atrito com os israelenses.
Os organizadores pediram que a população palestina vá às ruas duas vezes, em 21 de setembro, na abertura do debate geral na Assembleia Geral da ONU, e em 23 de setembro, quando Abbas deverá discursar.
“Do nosso lado, nenhum confronto, nenhum caos”, Abbas disse aos repórteres em Ramallah na semana passada. “Nossas instruções são muito rígidas: não ir aos bloqueios de estrada, não provocar nenhum atrito com os israelenses, não ir na direção dos israelenses. Se eles vieram às cidades, não reagir.”
A liderança palestina recrutou Abdallah Abu Rahma, um defensor da não-violência e um líder do movimento de resistência popular de Bilin, um vilarejo da Cisjordânia, como coordenador da campanha “Palestina 194”;
“Nós estamos tentando ser como a Primavera Árabe”, disse Abu Rahma, “e levar um grande número de palestinos às praças”. A disposição de evitar confronto deriva do desejo da liderança de preservar seus interesses, segundo especialistas palestinos. Entre outras coisas, a Autoridade Palestina, que governa na Cisjordânia, deseja manter a cooperação de segurança com Israel e impedir que seu rival, o Hamas, o grupo militante islâmico que controla Gaza, explore qualquer tumulto. Ela também deseja continuar com os esforços de construção de Estado e evitar mais danos à situação financeira já precária da autoridade.
“Este é o resultado de um processo de barganha dentro da liderança palestina”, disse Khalil Shikaki, um proeminente analista político palestino em Ramallah. “Trata-se de um equilíbrio entre aqueles que querem fazer algo dramático e aqueles que desejam manter o status quo, por mais desprezível que a situação possa ser.”
Shikaki acrescentou que Abbas, que é cauteloso por natureza, também não deseja colocar em risco a chance de retomada das negociações com os israelenses.
Os palestinos dizem temer provocações dos colonos israelenses. Os extremistas já aumentaram suas atividades, vandalizando duas mesquitas em vilarejos da Cisjordânia neste mês.
As forças armadas israelenses disseram que tolerarão manifestações palestinas dentro dos limites das cidades e que, de modo geral, agirão com restrição.
O general Michael Edelstein, o oficial de comando de paraquedistas e infantaria, responsável por manter a ordem neste mês, disse aos repórteres que o exército se equipou com uma grande variedade de armamentos não letais. Ele adquiriu mais de 20 caminhões com canhões de água, que podem disparar jatos de água ou espalhar um líquido malcheiroso; enormes alto-falantes que podem emitir um barulho intolerável para dispersar manifestantes; e lançadores de gás lacrimogêneo adaptados com miras, para permitir que os soldados mirem melhor quando dispararem as bombas de gás.
Os palestinos insistem que a nova ênfase é na resistência pacífica, após duas intifadas que resultaram em poucos resultados. Mas há preocupação de que encorajar manifestações populares nas ruas possa liberar forças imprevisíveis.
“As pessoas não estão interessadas em confrontos”, disse Yusef Ehab, 18 anos, que trabalha na loja de brinquedos de sua família, no centro de Ramallah. Isso seria do interesse dos israelenses, ele disse, porque “Israel está interessado em mostrar como os palestinos são violentos”.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Seis meses após o terremoto de 9 pontos na escala Ritcher seguido de tsunami que devastou o Japão, o país ainda sofre com a reconstrução, os gastos decorrentes dela e o perigo nuclear. O governo quer investir 23 trilhões de ienes (cerca de US$ 280 bilhões) nos próximos dez anos em projetos para reerguer as regiões afetadas, enquanto os indicadores econômicos mostram um horizonte de recessão, também por conta da crise internacional. Para obter os fundos necessários à reconstrução, o governo estuda cortar despesas em 500 bilhões de ienes (US$ 6 bilhões) por ano e elevar impostos, a fim de arrecadar 10 trilhões de ienes (US$ 121,5 bilhões) em dez anos. Outras medidas serão tomadas, mas a tarefa não será fácil, visto que o PIB do país já sofre contrações -- o governo anunciou nessa semana que o Produto Interno Bruto caiu 2,1% entre abril e junho frente a mesmo período de 2010, ante uma previsão inicial de 1,3%. A tragédia de 11 de março também originou uma crise nuclear devido ao superaquecimento de três dos seis reatores da usina de Fukushima, que provocou vazamento de radiação e fez com que 50 mil famílias da região deixassem suas casas. Água e alimentos foram contaminados, e os setores pecuário, agrícola e pesqueiro registram danos milionários. Segundo o último balanço da polícia, o episódio causou a morte de 15.744 pessoas e deixou 4.227 desaparecidos. Os dados ainda são atualizados diariamente. Na província de Miyagi, a mais afetada e onde fica Sendai e Onagawa, os óbitos chegam a 9.383 e os desaparecidos a 2.283, ao mesmo tempo em que mais de 73,2 mil imóveis ficaram completamente destruídos e ainda há 2.850 pessoas vivendo em 117 abrigos públicos.

domingo, 11 de setembro de 2011

A estrela egípcia Hind Rostom, mais conhecida como a "Marilyn Monroe do Oriente Médio", morreu com 82 anos após sofrer um ataque cardíaco em um hospital do Cairo, informou nesta terça-feira a imprensa local.  A atriz protagonizou inúmeros filmes nos anos 1950 e 1960, durante a era de ouro do cinema egípcio, e também foi denominada "a rainha da sedução". Entre os filmes nos quais Hind atuou, destaca-se "Bab el Hadid" ("Estação Central do Cairo"), dirigido por Youssef Chahine e que participou do Festival de Cinema de Berlim de 1958. Com este filme, que aborda a luta pela sobrevivência entre os setores menos favorecidos no Cairo, Hind, que esbanjava um cabelo comprido loiro ao estilo de Marilyn Monroe, conquistou a fama internacional. Também atuou com o ator Omar Sharif no filme "Conflito no Nilo" e terminou sua carreira cinematográfica com "Minha Vida é Tortura", em 1979. A estrela do cinema egípcio, que nasceu em 1929 em Alexandria, casou-se duas vezes e teve uma filha.

Em parceria com a Fundação Japão, o Centro Cultural São Paulo, apresenta um panorama representativo do cineasta japonês Yasuzo Masumura, diretor de 57 filmes, que influenciou cineastas, como Spielberg, Mike Nichols e até Tarantino, principalmente em como falar sobre os anos 1990. Contemporâneo de cineastas, como Samuel Fuller, Douglas Sirk e Nicholas Ray; Masumura consegue exagerar a estética e os temas que estes diretores sempre trabalharam em pequenas doses e sutilezas. Deixou 57 filmes durante sua vida, trabalhou também como diretor e roteirista de novelas. No Japão, Masumura é o precursor da chamada Japanese New Wave, e muitas vezes, já foi chamado de o Douglas Sirk japonês, em filmes como O Precipício e Gigantes e Brinquedos, ambos presentes na mostra. "Meu objetivo é criar uma realidade exagerada contendo apenas as ideias e paixões humanas, nada mais", dizia ele. A mostra traz 18 filmes inéditos no Brasil, todos em 35 mm.
Taxa: R$1,00 - retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana de exibição de cada filme
Sala Lima Barreto (100 lugares)
Todos os filmes serão exibidos em suporte 35mm
Até onde vai a Arte e começa a Ciência ou vice-versa? A japonesa Sachiko Kodama estabelece a ponte entre as duas. Começou por obter uma graduação em física e, não satisfeita, frequentou de seguida um curso de belas-artes, após o que iniciou o doutoramento na área da holografia e arte computacional. Kodama tem, portanto, um currículo impressionante. Ultimamente tem-se tornado conhecida graças às suas esculturas e outros trabalhos com ferrofluidos. Há quem lhe chame "arquitectura líquida".Um ferrofluido, ou fluido magnético, é um líquido que possui em suspensão partículas microscópicas de metais ferromagnéticos e que, por isso, é sensível a campos magnéticos que lhe podem moldar a forma. Como o líquido não retém a magnetização, assim que esta cessa tudo volta à forma inicial. Este material de propriedades interessantes foi originalmente desenvolvido pela NASA nos anos 60' para tentar controlar combustíveis em gravidade zero.
Há quem conte histórias através da literatura. Há quem conte histórias através do cinema. Htet San usa a fotografia. Natural de Burma, país vizinho da Tailândia, procura, através dos personagens dos seus retratos, narrar vivências e sentimentos comuns a todos nós.O que mais me inspira na fotografia é que para mim é a melhor maneira de contar histórias” , diz Htet San. A fotógrafa, de 24 anos, não tem dúvidas de que é isto que quer fazer: através de simples projectos, partilhar com o público as suas narrações. Centradas no ser humano e nas suas emoções, as imagens de Htet transmitem também os seus próprios sentimentos e opiniões pessoais. O gosto pela antiguidade e a curiosidade pelo misticismo são elementos que a acompanham na hora de fotografar. Os seus trabalhos estão divididos em duas colecções: os filmes narrativos fotográficos e as narrativas fotográficas digitais. E foi nas histórias por detrás de alguns desses projectos que “assistimos” aos acontecimentos. “ “Escape” foi o meu primeiro filme narrativo, realizado ainda na Universidade e totalmente inspirado na Duane Michaels”. Esta série, constituída por dez imagens em sequência, teve como base um trabalho inspirador da sua ex-colega. Numa das disciplinas em comum, ao analisar diferentes estilos de vários artistas, foi-lhes proposto copiar os trabalhos em estudo, de forma a entender a “ideologia” e a arte de cada um. Htet gostou tanto do método usado por Duane que o aplicou ao criar “Escape”. Recorrendo ao uso de imagens sobrepostas, criando dois lugares distintos numa só fotografia, o objectivo foi falar “sobre o existencialismo e retratar a história de uma alma atormentada que procura encontrar o seu escape na vida”.“Portraits of the dreamland”, igualmente um filme narrativo, é uma tentativa de homenagear a amizade. Os personagens dos seus retratos, naturais de várias partes do mundo, são amigos que fez durante um programa de intercâmbio que frequentou. E, pela distância que os separa, não sabe ao certo quando voltarão a estar juntos. Htet refere que é como se se tivessem conhecido num lugar mágico, a terra dos sonhos, e depois cada um desaparecesse para voltar às suas origens. Os conhecimentos que foi ganhando ao longo destas séries motivaram-na a experimentar e introduzir novas técnicas nas fotografias seguintes. A partir daí, surgiram as narrativas digitais. Htet contou-nos o quis fazer com os projectos “Torn” e “Emotion and untold stories”. Em “Torn”, a ideia era focar e abordar novamente as emoções humanas. Desta vez, os conflitos, dilemas e diferentes personalidades que podem ser encontrados na mesma pessoa. Para conseguir o efeito pretendido, foram misturadas duas ou mais imagens, que se transformaram numa só, através do programa Photoshop. Há cerca de dois anos, quando se iniciou na aventura de fotografar anúncios publicitários, pensou estar a pôr de parte o seu lado mais artístico. Então, para contrabalançar criou “Emotion and untold stories”. Neste seu último trabalho, preferiu “ouvir as histórias que algumas pessoas contam sobre cada retrato, em vez de ser eu a contá-las”. Recolher outras visões destes retratos serve-lhe como uma espécie “de ponto de referência”. Para a artista, esta é uma forma de saber se as suas mensagens são recebidas correctamente ou… não.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011











http://www.bloodypixy.com/
O mais popular microblog (chamado de "site de weibo") da China, uma espécie de Twitter local, está censurando a suposta disseminação de rumores, depois de o Partido Comunista ter direcionado as empresas de internet a adotar controles mais rígidos sobre informações on-line.
A medida adotada pela Sina Corp é um reflexo da pressão do governo sobre as empresas chinesas de internet -a maioria delas é privada e enfrenta a opção entre ajudar o governo a censurar, ou perder o direito de operar um negócio lucrativo em um mercado de alto crescimento.
Os sites de weibo (que funcionam como o Twitter, que é bloqueado na China) foram amplamente usados para criticar o governo após o choque entre trens-bala que provocou 40 mortes na China, em julho.
Na época, os usuários postaram rumores como o de que os vagões haviam sido enterrados após o acidente para ocultar evidências e cadáveres.
O serviço de weibo da Sina enviou avisos a seus cerca de 200 milhões de usuários desmentindo relatos postados no site, um deles sobre a morte de uma mulher de 19 anos.
A Sina negou relatos de que o suspeito de ter assassinado a mulher tivesse sido liberado na cidade de Wuhan, porque o pai dele é politicamente influente.
As contas dos usuários que postaram o relato foram temporariamente encerradas pelo site.
O secretário do partido em Pequim, Liu Qi, visitou a sede da Sina na última segunda-feira e disse que as empresas de internet deveriam bloquear a disseminação de boatos falsos.
"A Constituição garante a liberdade de expressão, mas ela, na realidade, não existe. Por favor negue este rumor", escreveu um usuário.
A China prepara um projeto de lei que autorizará as "detenções secretas" como as feitas pela polícia com centenas de dissidentes políticos e intelectuais, entre eles o artista Ai Weiwei, que ficou preso por 81 dias sem uma ordem de prisão.
O projeto de lei, divulgado pelo jornal chinês "Legal Daily", permitirá à polícia prender suspeitos por até seis meses sem informar os familiares sobre o motivo da prisão ou o paradeiro do acusado.
Além disso, a legislação vai autorizar a polícia a manter os acusados em "prisão domiciliar" em domicílios que não sejam os dos detentos, em casos de "segurança nacional, terrorismo ou casos graves de corrupção".
Segundo ativistas, a medida, que autoriza manter os acusados em "residências designadas", representa mais uma violação de direitos humanos pelo regime chinês.
Poderá ser aplicada "quando prisão domiciliar na casa do acusado impeça que uma investigação seja conduzida".
Essa decisão terá de ser notificada por um fiscal ou órgão de segurança à polícia, e não será obrigatório informar à família do detento sua prisão e paradeiro, se "essa informação atrapalhar as investigações".
A aprovação desse projeto de lei dará cobertura legal às detenções secretas como as feitas com o vencedor do Prêmio Nobel da paz, Liu Xiaobo, o artista Ai Weiwei e o advogado Liu Shihui, disse Joshua Rosenzweig, especialista da Universidade Chinesa de Hong Kong.
"Esta lei vai legitimar uma prática que a polícia já está adotando", afirmou Rosenzweig.
O projeto faz parte de uma emenda à Lei de Processo Penal, que, segundo a imprensa chinesa, vai proibir a obtenção de confissões por meio de torturas, mas vem decepcionando professores de Direito e grupos humanitários