sábado, 25 de setembro de 2010

ENCONTROS DO CEO

01/10, SALA 500C, 13:00
Uma estilista belga está ganhando reconhecimento internacional com uma coleção de véus islâmicos feitos para a mulher moderna. As peças utilizam tecidos maleáveis e trazem detalhes inusitados, que os diferenciam dos hijabs tradicionais.
"Já passou da hora de as pessoas entenderem que o hijab não é um símbolo de opressão contra a mulher muçulmana, mas uma escolha que ela faz", disse Fatima Rafiy à BBC Brasil.
A estilista belga acredita que o hijab (que cobre parcialmente o rosto) é um acessório que pode ser usado não apenas por jovens muçulmanas como também por não-islâmicas. Para provar isso, ela criou, juntamente com a sócia Inge Rombouts, a grife NoorD'Izar.
Na coleção de Rafiy, as cores sóbrias dão lugar a tons de roxo, verde e prata. Um modelo indicado para a prática de esportes é feito de tecido mais maleável, de fibras sintéticas como elastano e viscose stretch.
Outros hijabs trazem detalhes inusitados como pele falsa de animal e espaço para encaixar os óculos (tarefa mais complicada nos véus tradicionais).
“Com as minhas criações quero dar às muçulmanas algo novo, contemporâneo, que elas possam usar com orgulho”, diz a estilista.
A ideia deu certo. E os hijabs criados por elas extrapolaram a comunidade muçulmana e começaram a fazer sucesso entre não-islâmicas.
O reconhecimento começou na própria Bélgica assim que lançaram a coleção, em abril de 2009. Em seguida, vieram elogios e encomendas de outros países, principalmente depois que elas apresentaram as peças na Semana de Moda de Paris, neste ano.
A editora de moda do site Tribaspace, Catherine Levy, disse que "os véus combinam alta-costura com conforto". "Adorei a faixa na cabeça presente em todos os hijabs, colocando fim naquela dificuldade que era enrolar os lenços, cheio de alfinetes", disse ela.
Segundo Rafiy, sua coleção tem apelo para o público não-muçulmano.
“Acho que elas (não-muçulmanas) gostam porque são peças diferentes de tudo. Alguns modelos, como o Jazz e o Jady, podem ser um ótimo acessório para não-muçulmanas que querem acrescentar algo ao visual”, diz Rafiy.
Para a estilista, a nova coleção, que será lançada em dezembro, faria sucesso no Brasil.
“São hijabs coloridos e divertidos, que combinariam perfeitamente com a personalidade dinâmica das brasileiras.”

sábado, 18 de setembro de 2010


ISA QUE MANDOU

V COLÓQUIO SOBRE O PENSAMENTO JAPONÊS
A prática meditativa e a auto-compreensão em Dogen e no Zen-budismo
Grupo de Pesquisa sobre o Pensamento Japonês
Coordenador: Prof. Dr. Zeljko Loparic
Data: 25 de setembro de 2010
Local: Auditório do Centro Winnicott de São Paulo, Rua João Ramalho, 146, Perdizes – São Paulo
1 – PROGRAMAÇÃO PROVISÓRIA
09h00 – Inscrições
09h15 AberturaProf. Dr. Zeljko Loparic (PUC-SP, Unicamp)
09h30 – Palestra Bernard Stevens: A via do ser – o caminhar heideggeriano em direção ao Tao.
10:30 Intervalo
11:00 – Mesa redonda: Tema a determinar
Prof. Dr. Oswaldo Giacoia Jr . (Unicamp)
Prof. Dr. Marcos Lutz Müller (Unicamp)
Dr. Antonio Florentino Neto (pesquisador colaborador, Unicamp)
13h00 – Almoço
14h30 – Mesa redonda: Tema a determinar
Prof. Dr. Cassiano Sydow Quilici (PUC-SP, Unicamp)
Prof. Dr. José Carlos Michelazzo (SBF)
Prof. Dr. Zeljko Loparic (PUC-SP, Unicamp)
16h30 – Lançamento de livros
2 - PERFIL DOS PARTICIPANTES
Prof. Dr. Bernard StevensMestre e doutor em Filosofia pela Université Catholique de Louvain, professor na mesma universidade, especialista em Escola de Kyoto.
Prof. Dr. Oswaldo Giacoia Junior
Mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983), doutor (1988), com pós-doutorado (1994) pela Freie Universität Berlin (1988), e pela Universidade de Viena (1998). Atualmente é professor da Universidade Estadual de Campinas
Prof. Dr. José Carlos Michelazzo
Mestre em Filosofia pela PUC de São Paulo. Doutor em Filosofia pela UNICAMP. Autor do livro: "Do um como princípio ao dois como unidade – Heidegger e a reconstrução ontológica do real". Membro da Sociedade Brasileira de Fenomenologia.
Prof. Dr. Marcos Lutz Müller
Graduado em filosofia e direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1965) e doutor em filosofia pela Universidade de Heidelberg (1975). Desenvolve pesquisas sobre idealismo alemão (Hegel) e folosofia política (Marx). Atualmente é professor adjunto a Unicamp.
Dr. Antonio Florentino Neto
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos e doutor em Filosofia pela Freie Universität Berlin com a tese “A Recepção do Pensamento Chinês na Filosofia Alemã”. Pós-doutorado pela Universidade Federal de Uberlandia. Atualmente é Pesquisador Colaborador da Unicamp com bolsa do CNPq.
Prof. Dr. Cassiano Sydow Quilici Graduado (1981), Mestre (1992) em Ciência Sociais pela Universidade Estadual de Campinas, doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002). É professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de artes, com ênfase em teatro, principalmente teatro moderno, rito e Antonin Artaud.
Prof. Dr. Zeljko Loparic Mestre em Filosofia pela Université Catholique de Louvain (1965), doutor pela mesma universidade (1982), com pós-doutorado pela Universität Konstanz (1987). Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas.
Valor das inscrições:
Profissionais: R$ 80,00
Estudantes: R$ 60,00
Afiliados à SBPW: R$ 40,00
Informações
E-mail: secretariacwsp@centrowinnicott.com.br
Tel.: 11 3676-0635

Chezi K. Ganesan parece exatamente o empreendedor de alta tecnologia, vestindo o uniforme do Vale do Silício de camisa de brim e calça cáqui, com um smartphone bacana à mão. Ele divide seu tempo entre San Jose e esta metrópole costeira que passa por um boom, dirigindo sua empresa de fabricação de chips de US$ 6 milhões por ano.
Sua família progrediu bastante. Seu avô não era autorizado a entrar nos templos hindus, ou mesmo se aproximar demais das pessoas da casta superior, e as mulheres de sua casta nadar, que está apenas ligeiramente acima dos párias na ancestral hierarquia de castas da Índia, antes eram forçadas a desnudar seus seios diante dos homens da casta superior, como um lembrete de seu status inferior.
“A casta não tem mais impacto na vida atual”, disse Ganesan em uma entrevista em um dos clubes sociais exclusivos de Chennai, um local onde há uma geração alguém de sua casta não seria bem-vindo. “Não é mais uma barreira.”
A ascensão espetacular dos nadares de trabalhadores braçais desprezados, que produziam um vinho de palma levemente alcoólico, ao comando da comunidade empresarial de um dos Estados mais prósperos da Índia, oferece pistas significativas a respeito da questão das castas da Índia e sobre como ela tem impedido o progresso econômico em muitas partes do país.
A Índia está desfrutando de um boom econômico prolongado, com um crescimento próximo de dois dígitos. Mas os benefícios não foram compartilhados igualmente, e o sul da Índia se projetou muito à frente do restante do país em virtualmente todos os aspectos – as pessoas aqui ganham mais dinheiro, têm melhor educação, vivem mais e têm menos filhos.
Um fator crucial é o colapso do sistema de castas ao longo das últimas décadas, um fator que reforça muitos dos outros motivos para o sul ter prosperado –governos mais estáveis, melhor infraestrutura e uma posição geográfica que lhe dá contatos mais próximos com a economia global.
“O colapso da hierarquia de castas quebrou os elos tradicionais entre castas e profissões, liberando enormes energias empreendedoras no sul”, disse Ashutosh Varshney, um professor da Universidade Brown que estudou o papel das castas no desenvolvimento do sul da Índia. Este colapso, ele disse, ajuda a explicar “por que o sul assumiu a dianteira em relação ao norte nas últimas três décadas”. A Constituição da Índia aboliu as castas, a hierarquia social que ordenou a vida indiana por milênios, e instituiu um sistema de cotas para ajudar na ascensão daqueles que se encontravam abaixo. Mas as divisões de casta ainda persistem, com as castas superiores dominando muitas esferas da vida apesar de seu número relativamente pequeno.
Enquanto no sul os membros da casta mais baixa se concentraram no desenvolvimento econômico e educação como rota para a prosperidade, no norte a meta principal dos grupos baseados em casta tem sido o poder político e benesses. Como resultado, as castas mais baixas no norte da Índia tendem a ser menos instruídas e menos prósperas do que seus pares do sul. Líderes carismáticos de castas mais baixas no norte têm utilizado a identidade de casta como forma de mobilizar eleitores, ganhando controle sobre vários grandes Estados do norte da Índia. A casta permeia tanto a política no norte da maior democracia do mundo que frequentemente é ela que determina o voto.
A casta é tão crucial para a política no norte que partidos baseados em castas têm exigido que as castas sejam incluídas no recenseamento da Índia. O governo, cedendo à pressão, concordou em coletar dados sobre castas pela primeira vez desde a independência. Eles esperam que ao mostrarem seu grande número, os partidos baseados em castas possam forçar o governo a destinar mais empregos para suas comunidades.
Os nadares de Tamil Nadu pertencem a uma comunidade no meio do sistema de castas da Índia, ocupando um local ligeiramente acima dos párias, atualmente chamados dalits. Acadêmicos e analistas têm observado atentamente a ascensão da casta nadar por pistas a respeito de como as barreiras de castas atrapalham o progresso econômico da Índia.
Diferente do norte, onde os movimentos políticos baseados em castas são um fenômeno recente, as castas mais baixas no sul da Índia começaram a agitar contra o domínio das castas superiores no início do século 20. Como esses movimentos surgiram antes da independência e da possibilidade do poder político eleito, eles se concentraram em questões como dignidade, educação e autossuficiência, disse Varshney.Os nadares criaram associações de negócios para fornecer crédito aos empreendedores, algo que não conseguiam obter nos bancos. Eles criaram caridades para pagar pelo ensino das crianças pobres. Eles construíram seus próprios templos e salões de casamento para evitar a discriminação da classe superior.
“Nossa comunidade se concentrou na educação, não na política”, disse R. Chandramogan, um empreendedor nadar que construiu a maior empresa privada de laticínios da Índia do zero. “Nós sabíamos que com educação nós poderíamos realizar qualquer coisa.”
O resultado? Quando veio a independência, as castas mais baixas do sul –que já tinham quebrado o monopólio da casta superior no poder econômico– desfrutaram do poder político quase que imediatamente. Tamil Nadu destinou 69% dos empregos públicos e vagas no ensino superior para as castas mais baixas, o que contribuiu para a rápida ascensão social das pessoas das castas mais baixas. O norte adotou políticas de ação afirmativa, mas como a educação tinha sido amplamente abraçada, as pessoas das castas mais baixas do sul estavam mais bem capacitadas para tirar proveito dessas oportunidades do que as do norte.
Quando a economia da Índia foi liberalizada nos anos 90, o sul estava mais preparado para tirar proveito da globalização, disse Samuel Paul, do Centro de Assuntos Públicos, uma instituição de pesquisa que tem acompanhado atentamente a crescente desigualdade entre o norte e o sul da Índia.
“O sul estava pronto”, disse Paul. Empresários nadares como C. Manickavel têm surfado habilmente nas ondas de prosperidade que quebraram na Índia desde a liberalização, fazendo pequenas fortunas. O pai de Manickavel abriu uma pequena gráfica em Chennai, que no seu auge ganhava US$ 40 mil por ano. Mas ele enviou seu filho para uma das melhores escolas de engenharia da Índia, e Manickavel transformou aquele negócio modesto em uma operação de US$ 1 milhão por ano, que projeta livros eletrônicos para grandes editoras americanas.
“Nós deveríamos ser uma comunidade atrasada, mas não pensamos em nós mesmos desta forma”, ele disse em uma entrevista em sua empresa de vanguarda de editoração eletrônica sem papel daqui. “Eu cuido para que minha filha estude na melhor escola em Chennai. Nós somos tão bons quanto qualquer outra pessoa.”
Não se sabe se a agitação política em torno de castas no norte da Índia produzirá prosperidade para as pessoas de castas mais baixas de lá, dizem os especialistas. Na economia liberalizada da Índia, essas comunidades precisam se preparar para competir, não simplesmente exigir uma fatia cada vez maior do bolo cada vez menor do governo, disse Rajeev Ranjan, o burocrata chefe encarregado pelo desenvolvimento industrial em Tamil Nadu. Ranjan é natural de Bihar, um Estado do norte dominado pela política de castas, mas está no sul há 25 anos. Ele disse que os Estados do norte precisam seguir o exemplo do sul.
“Sem esse tipo de mudança social, é muito difícil promover o desenvolvimento econômico”, ele disse. “Um depende do outro.”

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mesmo antes de abrir no Palácio de Versalhes, a mostra individual do artista japonês Takashi Murakami está causando polêmica na França, repetindo o episódio de protestos contra a exposição do norte-americano Jeff Koons na antiga residência do rei Luís 14 há dois anos.
Manifestantes citam como problemas o caráter sexualmente explícito de algumas obras do artista, como "My Lonesome Cowboy", que mostra uma figura masculina ejaculando, e "Hiropon", uma figura feminina com um jato de leite saindo dos peitos, embora os trabalhos não estejam na lista de obras da mostra.
Dois abaixo-assinados circulam contra a exposição, uma intitulada "Versailles Mon Amour" (Versalhes meu amor) e outra "Non aux Mangas: Contre les Expositions Dégradantes au Château de Versailles" (não aos mangás: contra exposições degradantes no Palácio de Versalhes). Juntas, já somam mais de 8.000 assinaturas.
Segundo o presidente do castelo público, Jean-Jacques Aillagon, "fundamentalistas de extrema direita e grupos conservadores" querem transformar Versalhes num "relicário de nostalgia pela França do antigo regime, ou uma França ensimesmada e hostil à modernidade".

ENCONTROS DO CEO

17/09, SALA 500C, 13:00



Nascido em 1970, em Hubei, China, Li Wei reside em Pequim. Seu trabalho é inovador, diferente e quase assustador. Artista performático, acrobata, ilusionista, sejam quantos adjetivos que possam lhe ser dados, o fato é que Li Wei realmente impressiona. E que uma coisa fique clara: como Li Wei costuma frisar, ele não usa recursos de montagens fotográficas para realizar suas proezas. Apenas cabos, espelhos, andaimes, acrobacias e claro, muita coragem. Em seus últimos projetos, como "Li Wei Falls To..." as sequências fotográficas são de tirar o fôlego. Mas isso independe do nome da exposição ou do tipo de trabalho que ele cria; o resultado é sempre sensacional. As situações impossíveis criadas, o realismo bizarro, as inúmeras interpretações possíveis; enfim, sempre que você ouvir falar dele, prepare-se, não vai ser nada comum.

domingo, 5 de setembro de 2010

ENCONTROS DO CEO

10/09, sala 500c, 13:00


De olho na população muçulmana da França, a Quick, segunda maior rede de fast food do país -atrás do McDonald's-, decidiu servir apenas comida halal, que segue os preceitos do islã.
Desde anteontem, 22 lojas do grupo estão servindo hambúrgueres que, diz, respeitam as regras da dieta islâmica. Não há bacon. E a carne é certificada como halal.
Para tanto, o animal precisa ter sido morto por um corte na veia jugular. A cabeça dele é direcionada para Meca e uma oração é recitada.
Cheikh al Sid Cheikh, assistente do reitor da mesquita de Paris, porém, afirmou que outros ingredientes precisam dessa certificação.
A empresa disse que não pretende transformar todas as suas lojas em halal. Sua porta-voz, Valerie Raynal, afirmou que, por exemplo, cerveja ainda é servida (muçulmanos são proibidos de ingerir bebidas alcoólicas).
A decisão da rede ocorre enquanto o Senado francês discute proibir o uso de véus islâmicos pelas mulheres.
E dá mais pano para o debate de até que ponto a França, obcecada pelo secularismo, deve acomodar tradições islâmicas seguidas por, estima-se, 5 milhões de um total de 64 milhões de franceses -a maior população muçulmana da Europa.
A 5ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, que começa na sexta-feira (3) e prossegue até 29 de setembro, apresenta 14 filmes que falam de temas como imigração, exílio forçado e conflitos entre tradição e modernidade.
O evento, realizado em parceria com o Instituto da Cultura Árabe, ocorre em diversas salas da cidade de São Paulo: CineSesc (3 a 12/9), Centro Cultural São Paulo (14 a 19/9), Galeria Olido (14 a 23/9), Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso (15 a 29/9), Cinemulher (10 e 11/9), Esporte Clube Sírio (18 e 26/9) e Clube Atlético Monte Líbano (3 a 7/9).
Os ingressos custam R$ 8 no CineSesc, R$ 1 na Olido e são gratuitos nos demais locais. A programação inclui "Baba Aziz" (França/Tunísia, 2004), que será exibido dia 5, às 20h, no Monte Líbano. O filme mostra a trajetória do dervixe Baba Aziz, com sua neta espiritual pelo deserto, enquanto encontram outros viajantes com boas histórias para contar. "Harragas" (França/Argélia, 2009) e "Capitão da Esperança" (Jordânia, 2007) também fazem parte da mostra.