sexta-feira, 30 de agosto de 2013




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A ex-namorada de Kim Jong-un foi executada junto a outras 11 pessoas, muitos membros da orquestra Unhasu, assim como músicos e dançarinos do grupo Wangjaesan Light Music Band. Todos eles estavam acusados de gravar e vender vídeos pornográficos e, segundo uma fonte citada pelo jornal, também foram condenados por possuírem muitas bíblias, fato que fez com que os mesmos fossem tratados como dissidentes políticos. Kim Jong-un manteve há 10 anos uma relação com a cantora, embora tenha encerrado essa relação por não ter tido a aprovação de King Jong-il, pai do atual líder norte-coreano. Após a ruptura, Hyon se casou com um soldado, enquanto Kim Jong-un se casou com outra cantora, Ri Sol-ju, que também foi integrante da orquestra Unhasu.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Folha de São Paulo 
terça-feira, 27 de agosto de 2013
Big Brother Bo
Julgamento de ex-dirigente Bo Xilai vira novelão na China, acompanhado pela internet, com direito a traição e paixões
MARCELO NINIO DE PEQUIM
Após cinco dias que eletrizaram os chineses, chegou ontem ao fim o julgamento do ex-dirigente comunista Bo Xilai, ex-estrela política que caiu em desgraça em 2012.
O julgamento teve mais uma surpresa: a revelação de Bo de que sua mulher teve um caso amoroso com a principal testemunha da acusação.
O triângulo amoroso foi o desfecho à altura de um drama que já tinha ingredientes de sobra para cativar milhões de chineses: corrupção, sexo e homicídio, sob o pano de fundo das disputas entre facções no Partido Comunista.
Até fevereiro de 2012, Bo, 64, era um dos políticos mais populares da China, chefe do partido na megacidade de Chongqing e tido como forte candidato a chegar ao topo da hierarquia comunista.
O declínio começou quando Wang Lijun, ex-chefe de polícia da cidade, se refugiou num consulado dos EUA com provas de que a mulher de Bo, Gu Kailai, assassinara um empresário britânico.
Expulso do partido, Bo ficou detido em condições desconhecidas por quase um ano e meio até ser indiciado, no mês passado, por abuso de poder, corrupção e recebimento de suborno.
Analistas previam um julgamento de cartas marcadas, em que Bo assumiria os crimes em troca de uma pena reduzida. Mas o tom desafiador que adotou desde o início contrariou o script.
Bo desqualificou os acusadores, inclusive sua mulher, que chamou de "louca" por dizer que ele sabia dos subornos. Condenada à morte, Gu deve ter a pena comutada para prisão perpétua.
Ontem Bo alvejou o ex-braço direito, dizendo que Wang fez as denúncias por não superar uma paixão por sua mulher: "Ele ofendeu minha família e meus sentimentos. Essa foi a real razão de fuga".
Embora com depoimentos filtrados pela censura e só com jornalistas da mídia oficial presentes, o julgamento foi o mais próximo de um processo transparente já feito na China, onde as cortes são controladas pelo governo.
Milhões seguiram o julgamento pelo Weibo (versão chinesa do Twitter), no qual a corte de Jinan publicava transcrições diárias.
A inédita transmissão na internet e os inesperados confrontos de Bo com os promotores permitiram uma rara espiada nos excessos e intrigas da elite do país.
A data do veredicto não foi anunciada --a mídia estima para o início de setembro. Num país onde 98% dos réus são condenados, ninguém acredita numa absolvição.
"Bo Xilai não só negou muitas provas como recuou de testemunho que deu por escrito", afirmou a promotoria. "Ele não se enquadra numa sentença reduzida".
Um julgamento não despertava tamanha curiosidade desde 1980, quando a viúva de Mao Tse-tung, Jiang Qing, foi levada ao banco dos réus após liderar o país na desastrosa Revolução Cultural.
Três décadas depois, o país que abriga o maior número de internautas do mundo (591 milhões) pôde acompanhar minuto a minuto o julgamento de Bo Xilai como uma versão política do programa "Big Brother".
Ver imagem em tamanho grandeKim Chae-young frequenta um curso extracurricular cinco vezes por semana, até tarde da noite. Mas, ao contrário da maioria dos jovens sul-coreanos que passam horas em escolas especiais para reforçar as aulas de inglês ou de matemática, ela estuda passos de dança e músicas animadas.
"Quero me tornar um ícone do k-pop [ou pop coreano], como o Psy", disse Chae-young, 13, referindo-se ao rapper sul-coreano do viral "Gangnam Style". "Todas as horas que eu passo aqui são meu investimento para esse sonho."
Há quatro anos, ela treina passos de hip-hop na Def Dance Skool, em Seul, que está entre as milhares de escolas do tipo na Coreia do Sul. Mesmo as escolas particulares tradicionais de música e dança -mais acostumadas a ensinarem balé- alteraram seus currículos para torná-los mais pop.
Elas estão atendendo a uma crescente demanda. Numa pesquisa feita no ano passado pelo Instituto Coreano de Educação Vocacional e Treinamento, a carreira artística, junto com o magistério e a medicina, eram as escolhas mais populares dos alunos como futuras profissões -algo muito distante de uma era mais tradicional, em que o trabalho como artista era considerado ocupação inferior. Agora, a música pop é uma das mais disputadas carreiras universitárias, sob o nome de "música prática".
"Há 11 anos, quando criei esta escola, os pais achavam que só adolescentes delinquentes vinham para cá", disse Yang Sun-kyu, que dirige a Def Dance Skool. "A atitude dos pais mudou."
Isso se deve, em grande parte, à ampliação das oportunidades de carreira. A golfista Se Ri Pak dominou a temporada da Associação de Golfe Profissional Feminino, e a patinadora Kim Yu-na conquistou o ouro olímpico. Aí apareceu Park Jae-sang, mais conhecido como Psy, mostrando em "Gangnam Style" uma dança esquisita e uma letra que ironizava a rígida estrutura social da Coreia do Sul.
A Def Dance Skool, que em 2006 tinha cerca de 400 alunos, hoje tem mil. Quase metade deles está tentando entrar para alguma das principais agências sul-coreanas de k-pop, que recrutam e treinam jovens talentos para colocá-los em bandas adolescentes.
Alguns desses grupos, como Girls' Generation, Super Junior e Big Bang, produzem clipes que geram milhões de acessos no YouTube. Fãs de toda a Ásia e de outros lugares viajam à Coreia do Sul para participar de lançamentos de álbuns, shows e premiações envolvendo seus ídolos.
O faturamento das três principais agências sul-coreanas de k-pop -SM Entertainment, YG Entertainment e JYP Entertainment- saltaram de 106,6 bilhões de wons em 2009 para 362,9 bilhões (US$ 326 milhões).
"Na minha época, empenhar-se nos estudos era tudo, mas agora há outras opções", disse a dona de casa Lee Byeong-hwa, 48, cuja filha Kim En-jae, 11, sonha em fazer carreira como estrela do k-pop.
Num dia recente, Lee e En-jae estavam sentadas entre milhares de jovens num ginásio de Incheon, a oeste de Seul. Elas estavam entre os 2 milhões de aspirantes a participar do "Superstar K", a versão sul-coreana do "American Idol".
Woo Ji-won, 18, tentava pelo terceiro ano. "Meus colegas estão ralando para passar no vestibular", disse ela. "Mas eu vou a um curso de k-pop sete noites por semana. Depois de chegar em casa, passo horas estudando vídeos do k-pop no YouTube."
Críticos dizem que a Coreia do Sul tem produzido apresentações sem imaginação. Hong Dae-kwang, quarto colocado no "Superstar K" do ano passado, partilha dessa opinião, mas disse que a febre do k-pop ajudou a mudar sua vida. Ele, que antes dividia um apartamento de um quarto, entregava pizzas e se apresentava nas ruas, agora participa de um programa de rádio, mora em um apartamento de três dormitórios e tem um agente.

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Brandindo um novo Sony Xperia ao deixar uma loja de celulares num bairro chique de Tóquio, a estudante Nisako Hanawa, 17, dizia ter escolhido essa marca "por causa do seu design e da sua boa reputação".
Ao ser questionada sobre outra importante fábrica de celulares, a sul-coreana Samsung, ela e uma amiga trocaram olhares intrigados. "Samsung?", perguntou Hanawa. "Nunca ouvi falar."
A Samsung pode ser a maior empresa mundial de aparelhos eletrônicos, vendendo um em cada três smartphones e um em cada cinco televisores. A LG, outra gigante coreana da eletrônica, detém uma parcela significativa dos mercados de televisores e lavadoras na Europa e nos EUA. Mas, no Japão, os consumidores não perceberam que em outros lugares do mundo alguns produtos coreanos estão expulsando os concorrentes japoneses das prateleiras.
Muitos japoneses argumentam que a qualidade é inferior. "Os produtos sul-coreanos ainda têm a imagem de 'baratos e ruins', que continua prevalecendo entre japoneses acima de certa idade", escreveu Hidehiko Mukoyama, do Instituto Japonês de Pesquisas.
No entanto, TVs, telefones, lavadoras e carros coreanos se saem melhor do que muitas marcas japonesas em testes independentes.
A rejeição aos poucos está sendo superada. Em 2008, a LG deixou de vender televisores no Japão, mas os relançou dois anos depois.
Numa loja da rede varejista Nojima, as TVs LG ficam expostas ao lado de peças de marcas nacionais, como Sony, Sharp, Panasonic e Toshiba. O vendedor Kohei Tomizawa disse que os televisores LG "tendem a ser mais populares entre os mais jovens, só que os mais jovens não compram tantos televisores quando os clientes mais velhos, que tendem a preferir marcas japonesas conhecidas, como Sony".
A LG disse ter vendido o equivalente a US$ 675 milhões em televisores, smartphones e outros produtos no ano passado no Japão, o que é 45% a mais do que em 2010.
A Samsung saiu do Japão em 2007, mas voltou com seus smartphones. A NTT Docomo, maior operadora japonesa de telefonia celular, recorreu à Samsung para fazer frente a duas operadoras rivais, a SoftBank e a KDDI. Elas vinham roubando clientes da Docomo, que não oferece o iPhone.
A Docomo cobriu as cidades japonesas com outdoors que mostram o smartphone Samsung Galaxy S4 ao lado do Sony Xperia A.
A Apple domina o mercado japonês de smartphones, com uma participação de 40% no primeiro trimestre. A Sharp, com 15%, e a Sony, com 13%, vêm em seguida. A Samsung não aparece entre os cinco maiores fabricantes.
Mas alguns analistas dizem que as empresas sul-coreanas podem contar com um futuro mais brilhante no Japão. "Nenhuma empresa coreana ou ocidental é suficientemente boa para eles, exceto a Apple", disse Sea-Jin Chang, autor de "Sony vs. Samsung: The Inside Story of the Electronics Giants' Battle for Global Supremacy" [Sony x Samsung: os bastidores da batalha dos gigantes da eletrônica pela supremacia global]. "Mas mais empresas coreanas serão aceitas no 'mainstream' japonês no futuro."
Dois estudantes propuseram o nome Rawabi, palavra que significa "colinas" em árabe, num concurso promovido para dar nome a esta nova cidade palestina, a primeira a ter sido planejada desde o marco zero. Os responsáveis pelo projeto rejeitaram sugestões como Arafat City e Jihad City, que evocariam um passado mais caótico.
"A nova geração está construindo esta cidade", disse Bashar Masri, 52, o empresário palestino que lidera este projeto ambicioso e diz que irá morar em um apartamento duplex de cobertura no centro da cidade, quando o projeto ficar pronto.
Situada a meio caminho entre Jerusalém e Nablus, Rawabi fica a pouca distância de Ramallah, a capital administrativa da Autoridade Palestina na Cisjordânia.
Bandeiras palestinas flutuavam de tratores e guindastes e uma bandeira enorme estava hasteada diante do escritório de vendas -símbolo claramente visível de Ateret, assentamento judaico que ocupa o topo de um morro vizinho.
Mas a construção de Rawabi vem sendo difícil. O crescimento da cidade depende de um ambiente político precário e da cooperação com Israel. Devido à localização de Rawabi, diz Masri, ele e seus colegas passam cerca de 70% do tempo ocupados com questões como água e a obtenção de alvarás.
A equipe de vendas começou a fazer seu marketing alguns meses atrás, de olho em compradores palestinos de classe média. Os construtores dizem que os 600 apartamentos da primeira fase já foram vendidos e estarão prontos em 2014. O plano mestre prevê 6.000 apartamentos e até 40 mil pessoas.
Os prédios são organizados ao lado de ruas tranquilas, sem saída, em bairros organizados que serão interligados por vias verdes para pedestres e anéis rodoviários externos. Além de espaços para escritórios, os planos incluem shoppings, restaurantes, teatros e um centro de convenções construídos em volta de uma praça central.
Amir Dajani, vice-diretor administrativo da Bayti Real Estate Investment Company, que está construindo a cidade, disse que a companhia vem gastando entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões por ano em Israel com know-how e materiais como cimento, algo que descreveu como "um verdadeiro exemplo de uma economia para a paz". Mas não existe aeroporto ou porto nos territórios da Autoridade Palestina. Logo, todas as importações precisam passar por Israel.
"Ainda temos que lidar com a ocupação israelense", falou Dajani, aludindo à divisão da Cisjordânia em diferentes áreas de autoridade, sob o comando global das Forças Armadas de Israel.
O projeto foi anunciado em 2007 e as obras começaram dois anos atrás, mas apenas em junho de 2012 foi possível obter um alvará temporário de Israel, que precisará ser renovado anualmente, para a construção de uma estreita estrada de acesso. Isso porque um segmento da estrada passa por uma parte da Cisjordânia que está sob controle total de Israel.
Também houve problemas com a água, que Israel fornece por meio da Autoridade Palestina de Água. Os construtores dizem que o suprimento de água é insuficiente e que estão trabalhando para garantir água suficiente antes de os moradores chegarem.
Além disso, o projeto vem sendo atacado pelo Comitê Nacional Palestino de Boicote, Desapropriação e Sanções, que é contra a normalização das relações com Israel.
Os preços dos apartamentos variam entre US$ 60 mil e US$ 200 mil e são 15% a 20% inferiores aos preços vigentes em Ramallah.
Bashar Masri contou que, quando era criança, em Nablus, bastava exibir uma bandeira palestina para alguém levar um tiro ou ser levado para uma prisão israelense.
Agora ele não tem dúvidas de que o Estado palestino vai chegar. "A questão agora é se eu vou chegar a ver o Estado palestino ou apenas meus filhos", disse.











































sábado, 24 de agosto de 2013


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Suas páginas são repletas de haicais (forma de poesia japonesa), artigos sobre a atividade inocente da pesca com vara e exortações a seus leitores para que façam boas ações. Soa como um enfadonho boletim de igreja, mas "Yamaguchi-gumi Shinpo" é a recém-lançada revista oficial da mais poderosa organização criminosa do Japão.
A publicação não está à venda para o público; consta que vem sendo distribuída entre os 27.700 membros regulares do grupo Yamaguchi-gumi, num esforço para elevar o moral deles em meio à promulgação de leis mais duras contra gangues e à onda de publicidade negativa que cerca a Yakuza, como é chamada a máfia japonesa.
O Yamaguchi-gumi, com quartel-general na cidade portuária de Kobe, ainda é o maior e mais temido grupo da Yakuza, apesar de ter perdido 3.300 de seus membros no ano passado, segundo estimativas da polícia.
A primeira página da revista, que ostenta o já conhecido logotipo em formato de diamante da Yakuza, traz um artigo do chefão Kenichi Shinoda instruindo seus membros mais jovens da organização a se pautar pelos valores tradicionais da instituição, incluindo a lealdade e a disciplina.
"A revista é a tentativa do Yamaguchi-gumi de mostrar que não é um monte de bandidos violentos. O grupo enviou a revista apenas a seus membros regulares, mas sabia que as informações sobre ela acabariam vazando", diz Jake Adelstein, especialista em Yakuza e autor de um livro de memórias sobre o período que passou como repórter policial em Tóquio.
Em sua coluna, Shinoda reconhece que, com as novas leis antigangues, ficou mais difícil para o grupo ganhar dinheiro e se sustentar.
Ser membro da Yakuza não é ilegal, mas as atividades da organização o são.
A máfia está envolvida em extorsão, agiotagem, crime organizado e chantagem, mas recentemente vem agindo também com crimes do colarinho branco, montando empresas de fachada num esforço para sobreviver ao cerco a suas atividades.
A pressão sobre as finanças do grupo foi intensificada no ano passado, quando o governo dos Estados Unidos disse que começaria a congelar os ativos do Yamaguchi-gumi no país e proibi-lo de fazer negócios com americanos. A iniciativa foi tomada depois de o Departamento do Tesouro ter dito que o grupo estava ganhando bilhões de dólares com tráfico de drogas e de pessoas, lavagem de dinheiro e outras atividades internacionais.
Em 2012, o total de membros da Yakuza era de 62.300, 7.100 menos que no ano anterior, segundo a agência policial nacional. O Yamaguchi-gumi é responsável por 40% desse total.
A revista pode não conseguir recrutar membros novos, mas pelo menos proporciona alguma diversão leve àqueles que já vivem a vida do crime.
Ao lado dos diários das pescarias recentes dos membros mais velhos, há uma seção dedicada a haicais satíricos e artigos sobre os jogos estratégicos de tabuleiro "go" e "shogi".
A aplicação de penalidades a pessoas físicas e jurídicas que se associam a grupos criminosos vem tendo impacto negativo sobre o mercado antes forte das fanzines da Yakuza, e os mangás detalhando as proezas de yakuzas notórios perderam espaço nas livrarias, diz Adelstein.
"Com o trabalho de relações públicas da Yakuza enfraquecido, parece que esta revista é uma tentativa de preencher esse espaço", afirma o jornalista.

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

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ENCONTROS DO CEO

 
30/08, SALA 4A-07, 13:00

 



http://www.hypeness.com.br/2013/07/acao-publicitaria-reduz-a-quantidade-de-suicidios-em-uma-ponte-na-coreia-do-sul/


http://www.hypeness.com.br/2013/08/artista-cria-pinturas-hiper-realistas-de-rostos-humanos-inacreditaveis/
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Execuções públicas e torturas são ocorrências cotidianas nas prisões da Coreia do Norte, segundo o dramático testemunho de ex-detentos a uma comissão de inquérito da ONU que começou a funcionar nesta terça-feira em Seul.
Essa é a primeira vez que a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte é examinada por uma comissão de especialistas, embora o regime comunista norte-coreano não reconheça a legitimidade da comissão e não tenha autorizado visitas dos investigadores.
Desertores hoje radicados na Coreia do Sul fizeram horripilantes relatos sobre como os guardas cortaram o dedo de um homem, forçavam presos a comerem sapos, e obrigaram uma mãe a matar seu próprio bebê.
"Não fazia nem ideia, achava que minha mão inteira seria decepada no pulso, então fiquei grato por ter só meu dedo arrancado", disse Shin Dong-hyuk, punido por deixar cair uma máquina de costura.
Nascido em uma prisão chamada Campo 14 e obrigado a assistir à execução da sua mãe e do seu irmão, que ele entregou para garantir sua própria sobrevivência, Shin é o mais conhecido desertor e sobrevivente de prisões da Coreia do Norte. Ele disse considerar que a comissão da ONU é a única forma de melhorar a situação dos direitos humanos no seu miserável e isolado país natal.
"Uma vez que o povo norte-coreano não pode pegar em armas como na Líbia e na Síria, eu pessoalmente acho que essa é a primeira e última esperança que resta", disse Shin. "Há muito para eles acobertarem, embora eles não admitam nada."
Estimativas independentes apontam para 150 a 200 mil pessoas detidas nos campos prisionais norte-coreanos, e desertores dizem que os presos ficam desnutridos e trabalham até morrer.
Jee Heon-a, 34 anos, contou à comissão que desde o primeiro dia de prisão, em 1999, percebeu que sapos salgados eram um dos poucos alimentos disponíveis. "Os olhos de todos estavam afundados. Todos pareciam animais. Os sapos eram pendurados em botões nas suas roupas, colocados em um saco plástico e tinham a pele arrancada, disse ela. "Eles comiam sapos salgados, então comi também."
Em voz baixa, ela suspirou profundamente ao contar em detalhes como uma mãe teve de matar seu bebê. "Era a primeira vez que eu via um recém-nascido, e fiquei feliz. Mas de repente houve passos, e um guarda de segurança chegou e disse à mãe para virar o bebê de cabeça para baixo em uma vasilha com água", contou a mulher.
"A mãe implorou ao guarda para poupá-la, mas ele continuou batendo nela. Então a mãe, com as mãos trêmulas, pôs o rosto do bebê na água. O choro parou, e uma bolha subiu quando ele morreu. Uma avó que havia entregado o bebê discretamente o levou embora."
Poucos especialistas esperam que a comissão tenha um impacto imediato sobre a situação dos direitos humanos, mas ela servirá para divulgar uma campanha que tem pouca visibilidade global.
"A ONU já tentou de várias formas pressionar a Coreia do Norte ao longo dos anos no campo dos direitos humanos, e essa é uma forma de intensificar um pouco a pressão", disse Bill Schabas, professor de direito internacional na Universidade de Middlesex, na Grã-Bretanha. "Mas é óbvio que a Coreia do Norte é um osso duro de roer, e os meios da ONU são limitados. Haveria a necessidade de profundas mudanças políticas na Coreia do Norte para que houvesse avanços no campo dos direitos humanos."https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifVvQCAmSVgPQtqWBfy3EDNLNVsrk4pn5DzfXI2XfbLa6GMzpvDiDq9MCXOHC_RNZvnzZm5d4eycpKBWlC1QhLYOyD7-waeou8cRq8jXmeyBIUnlCPjDMBmzYSHpf_V0Hnlb5OEPUsDmU/s400/porno+queen.jpg

terça-feira, 20 de agosto de 2013

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Um alto comandante militar do Irã disse que manuais escolares terão, a partir da volta às aulas, em setembro, instruções sobre como apoiar autoridades na luta contra a espionagem por "drones".
Segundo o general Ali Fazli, a caça aos aviões não tripulados será incluída em parte da grade curricular já vigente nas escolas chamada de "preparação defensiva".
A programação inclui introdução ao manuseio de armas, exercícios de marcha e formação teórica sobre questões bélicas.
"Neste ano, haverá mudança no conteúdo, no ensino e na duração das aulas de preparação defensiva. A caça aos drones' é parte dessa mudança", disse Fazli
Ele não detalhou o novo conteúdo, mas sugeriu que uma da possibilidades seria aperfeiçoar a capacidade de invadir sistemas informáticos de países inimigos.
Em 2011, o Irã capturou um avião espião americano RQ-170 que havia invadido seu espaço aéreo.
Desde então, Teerã afirma ter interceptado outros "drones" dos EUA, incluindo um ScanEagle, que é fabricado pela Boeing.
Também foi anunciado o aumento do tempo das aulas militares de uma para até três horas por semana nas escolas primárias e secundárias, incluindo as particulares.


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A tolerância, descobriram os tailandeses, faz bem para os negócios.
Em campanhas recentes de marketing, o governo vem buscando atrair categorias de turistas que, por motivos de sensibilidade política ou por discriminação escancarada, são rejeitados por alguns dos países vizinhos.
Trata-se do único país asiático, afirmam analistas do setor de viagens, que tem uma campanha patrocinada pelo Estado com o tema "Faça como os tailandeses: Seja livre", orientada a turistas homossexuais.
A Tailândia, cuja população é budista por maioria esmagadora, também vem se promovendo como um país no qual comida preparada de acordo com os preceitos islâmicos é facilmente encontrável e onde spas halal oferecem instalações separadas para mulheres e homens. No país, os principais shopping centers têm salas para preces muçulmanas -o que difere dos sentimentos de hostilidade aos muçulmanos na vizinha Mianmar.
Essa postura dá frutos: o número de turistas disparou nos últimos anos, especialmente os de países de maioria muçulmana.
Os 22 milhões de visitantes recebidos no ano passado foram o dobro do nível registrado uma década antes. O turismo propiciou US$ 31 bilhões em receita ao país em 2012, de acordo com o governo.
"Não consigo imaginar um mercado que não receberíamos com satisfação", diz Wisoot Buachoom, diretor do escritório da Autoridade Turística da Tailândia em Chiang Mai.
Malásia e Indonésia, ambos países de maioria muçulmana, proíbem a entrada de israelenses por motivos políticos. A Tailândia, em contraste, há muito tempo é um dos destinos mais populares entre turistas de Israel, atraindo 120 mil deles em 2012.
Entre os vizinhos da Tailândia no Sudeste Asiático -Brunei, Malásia, Mianmar e Cingapura-, algumas ou todas as formas de contato sexual entre homens são ilegais, ainda que as leis quanto a isso sejam aplicadas de maneira frouxa ou seletiva.
A campanha de turismo homossexual da Tailândia começou dois anos atrás, no escritório de promoção de turismo tailandês em Nova York, com o slogan "Vá pela liberdade". "Nosso público-alvo são os turistas gays ricos", diz Steve Johnson, que comandou a campanha de turismo tailandês dirigida aos gays em Nova York.
Em um bar em Silom, bairro de Bancoc popular entre os gays, Alex Cross, um turista australiano que estava visitando a Tailândia com seu parceiro, disse que gostava de visitar o país porque sentia que ali ninguém os julgava.
Na Tailândia, é comum ver casais gays, locais e estrangeiros, caminhando de mãos dadas nos shopping centers e em outros espaços públicos. "Aqui podemos nos expressar", diz.
Bem perto, em uma mesquita perto da margem do rio Chao Phraya, Huzam Kalal, comissário de bordo muçulmano que estava em sua terceira visita à Bancoc, expressou sentimento semelhante. "Não me sinto deslocado aqui."
Os esforços da Tailândia contrastam com os sentimentos de hostilidade aos muçulmanos em Mianmar, onde multidões de budistas mataram dezenas de muçulmanos nos últimos meses.
A Tailândia também enfrentou problemas de violência entre budistas e muçulmanos. Mas Fazal Bahardeen, que classifica destinos turísticos de acordo com sua conveniência e receptividade aos muçulmanos, diz que a Tailândia conseguiu convencer os estrangeiros de que os ataques eram incidentes pequenos e isolados.
Maor Engel, do Centro de Turismo de Bancoc, onde cerca de 90% dos clientes são israelenses, disse que, "em outros países, é comum perguntarem às pessoas o motivo de sua visita ou sobre sua orientação sexual. Aqui, ninguém se incomoda. Basta vir e trazer dinheiro", disse.


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 Muhammad Abu Hashem, 17, estava dormindo de regata quando soldados israelenses invadiram sua casa às 4h da manhã em uma segunda-feira de julho.
Enquanto o garoto era levado, a mãe de Muhammad corria atrás dele com uma camisa de mangas compridas: ambos sabiam que a sala de interrogatório estaria gelada.
Essa foi a quarta detenção de Muhammad em três anos por atirar pedras contra soldados e colonos israelenses. Seus cinco irmãos já enfrentaram acusações parecidas. No ano passado, três filhos e o pai da família Abu Hashem estavam na prisão no mesmo período.
"As crianças têm hobbies e o meu é atirar pedras", explicou Muhammad semanas antes de sua prisão mais recente.
Depois que negociadores palestinos e israelenses retomaram o diálogo recentemente em Washington, os atiradores de pedras se tornaram um lembrete das tensões que animam as relações entre os dois povos que habitariam os dois Estados que convivem lado a lado.
Jovens atirando pedras são, há muito tempo, um símbolo constante da reação palestina contra Israel: recente relatório das Nações Unidas afirmou que 7.000 menores com idades a partir de nove anos foram detidos entre 2002 e 2012.
Aqui em Beit Ommar - vilarejo de 17 mil habitantes entre Belém e Hebron, cercado por assentamentos sionistas-, atirar pedras é como um rito de passagem.
O que conta não é a futilidade das pedras que batem nos veículos blindados: o importante é a confrontação.
O comandante do Exército israelense na região contabiliza entre 5 a 15 incidentes envolvendo pedras atiradas todas as semanas. A detenção de Muhammad e de seu pai, Ahmad, no dia 8 de julho, elevou a 45 o número de habitantes de Beit Ommar que foram detidos desde o início de 2013.
Menuha Shvat, que vive em um assentamento da região desde 1984, já perdeu a conta de quantas pedras atingiram as janelas reforçadas de seu carro. "É uma loucura: vou buscar uma pizza e entro em uma zona de guerra", afirmou Shvat, que conhecia um homem e o filho de um ano que perderam a vida depois que o carro capotou ao ser alvejado por pedras em 2011.
"É uma brincadeira que pode matar", disse.
Em uma sexta-feira de julho, dois soldados montavam guarda no alto de um morro, centenas de metros vilarejo adentro. Cinco guardas de fronteira estavam embaixo de uma oliveira, próximo ao mercado de frutas. Mais soldados se aglomeravam sobre telhados, em jipes do Exército e no meio da estrada.
Três jovens com estilingues se escondiam entre as árvores e o irmão mais novo vigiava. Eles giravam suas lançadeiras improvisadas uma, duas, três, quatro vezes por sobre os ombros, e as pedras desapareciam no horizonte. Duas pedras, depois cinco e sete. O menino avisou que os soldados estavam se aproximando, e os jovens bateram em retirada.
Três pessoas foram presas no domingo seguinte. Naquela noite, Muhammad Abu Hashem dormia, enquanto o pai e os irmãos mais novos vigiavam o telhado.
O patriarca, Ahmad Abu Hashem, grava as prisões e os confrontos em vídeo e envia o material para um grupo de defesa dos direitos humanos.
Seu celular tocou às 3h45: 13 jipes estavam entrando no vilarejo. Ele se preparava para seguir o comboio quando a viela se encheu de gritos: "Soldados, soldados!". O grupo vinha em busca dele e do filho.
Os soldados se reuniram na entrada da casa e dez homens invadiram a sala. Muhammad se juntou aos dois irmãos e ao primo no sofá, enquanto os soldados examinavam os documentos do pai. Em seguida, pediram os documentos do filho.
A operação toda durou oito minutos. Os jipes ainda não tinham saído do beco quando as pedras começaram a cair novamente.

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Como o Japão, a Coreia do Sul é pobre em recursos naturais e há muito tempo depende da energia nuclear para oferecer eletricidade barata às suas indústrias e assim alimentar seu crescimento econômico.
Por anos, o país atendeu a um terço de suas necessidades de eletricidade com a energia nuclear, o que representa um nível de dependência semelhante ao vigente no Japão antes do desastre na usina nuclear de Fukushima, em 2011.
Agora, revelações sobre subornos e falsificações de certificados de segurança para equipamentos críticos nas usinas sul-coreanas ressaltam outra semelhança: os programas nucleares de ambos os países sofrem de uma cultura de conluio que solapa a segurança.
Promotores públicos indiciaram funcionários de uma empresa responsável pelos testes, acusando-os de falsificar certificados de peças das usinas.
Funcionários de uma empresa (financiada pelo Estado) que projeta usinas nucleares também foram indiciados sob a acusação de receber subornos dos funcionários da companhia de testes em troca do recebimento de peças abaixo dos padrões.
Ainda pior, investigadores descobriram que peças sem segurança comprovada estão instaladas em 14 das 23 usinas nucleares da Coreia do Sul. O país já fechou temporariamente três reatores, já que os componentes que traziam riscos tinham papel importante ali. Novos fechamentos podem acontecer.
A Promotoria recentemente conduziu buscas nos escritórios de 30 fornecedores suspeitos de vender componentes com certificados de qualidade falsificados e disse que investigará outras companhias de teste.
De acordo com investigadores do governo, uma empresa que deveria testar peças de reatores pulava partes dos exames, manipulava testes de dados e chegava a emitir certificados de segurança para componentes que não haviam passado nos testes. Entre os componentes que falharam, estavam cabos que enviam sinais de ativação de medidas de emergência.
"O que foi revelado até agora pode ser apenas a ponta do iceberg", diz Kune Suh, professor de engenharia nuclear na Universidade Nacional de Seul.
A segurança é a maior preocupação, mas as revelações também causaram danos econômicos. Em um momento de desaceleração, o governo vinha promovendo ruidosamente planos de trabalhar na construção de usinas em outros países.
A corrupção, disse Suh, torna difícil "alegar a capacidade de construir rapidamente usinas nucleares confiáveis".
O fechamento de três reatores, além de três outros que estão desativados como parte de seu cronograma regular de manutenção, levou a liderança do país a ordenar uma campanha nacional de economia de energia, em meio a um verão especialmente quente. Nos campi das universidades, os alunos trocaram as bibliotecas por cafés de internet, e grandes empresas desligaram sistemas de ar-condicionado.
A Coreia do Sul só tem uma empresa que fornece energia nuclear: a estatal Korea Electric Power Corporation, ou Kepco. Uma de suas subsidiárias, a Korea Hydro and Nuclear Power, opera todas as usinas. Outra, a Kepco Engineering and Construction, projeta as construções e tem a tarefa de inspecionar as peças fornecidas pelos fornecedores e de fiscalizar os certificados de segurança.
Ao longo dos anos, funcionários das duas empresas encontraram, ao se aposentar, empregos à sua espera nos fornecedores e nas companhias de teste.
A porosidade entre membros da cadeia de suprimento resultou no que as autoridades definiram como "uma cadeia inamovível de corrupção".
"Nos últimos 30 anos, nosso setor nuclear se tornou uma comunidade cada vez mais fechada, que permitia pouca fiscalização e intervenção externa", afirmou o Ministério do Comércio, Indústria e Energia aos legisladores. "Isso gerou uma corrente de corrupção, um sistema opaco e práticas de negócios repletas de complacência".
Dirigentes da Korea Hydro são acusados de ordenar que a Kepco E&C ignorasse certificados falsos fornecidos pela companhia de teste Saehan Total Engineering Provider Company. Os principais dirigentes e investidores da companhia de testes incluíam atuais e antigos empregados da Kepco E&C e membros de suas famílias.
Na casa de um dos dirigentes da Korea Hydro, investigadores encontraram caixas cheias de dinheiro. Os investigadores que estão tentando identificar a origem do montante recentemente detiveram dirigentes da Hyundai Heavy Industries, grande fornecedora de componentes, sob a acusação de suborno.
Em meio à indignação pública, o governo demitiu os presidentes das duas subsidiárias da Kepco. Também prometeu que proibiria os aposentados de obter empregos nas companhias de teste e nos fornecedores.
Oponentes da energia nuclear dizem que outros mudanças são necessárias, apontando que a principal agência regulatória, o Korea Institute of Nuclear Safety, tem 60% de seu orçamento coberto pela Korea Hydro.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

 



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Nina Siahkali Moradi, 27, foi impedida de assumir o cargo de vereadora em Qazvin, no Irã. Detalhe: o impedimento ocorre por questão estética. Segundo a imprensa iraniana, Nina foi considerada bonita demais para ocupar o cargo, apesar de ter recebido 10 mil votos na eleição ocorrida em junho. No mesmo período, Hasan Rowhani foi eleito presidente.
Por conta dos votos, a candidata ficou na 14ª posição em um ranking que qualificava os 13 primeiros entre os 163 que disputaram as vagas. Com a desistência do primeiro colocado na eleição, Nina entrou na lista dos que assumiriam o cargo na câmara. Mas conservadores, de acordo com a imprensa local, barraram a posse da vereadora.
Reza Hossaini, do comitê local de monitoramento de eleições, declarou, para que Nina não assumisse, que os votos dela "foram anulados por (causa de) suas credenciais (a beleza da candidata) ".
A posição do comitê cria uma polêmica na cidade, principalmente entre as iranianas, uma vez que Nina se destacou por defender os direitos femininos durante sua campanha.
Além disso, o impedimento contraria esforços do novo presidente iraniano de abrir mais espaço para as mulheres no governo. Prova disso é que ele nomeou Elham Aminzadeh, que é professora universitária, como vice-presidente do país.


domingo, 11 de agosto de 2013

Folha de São Paulo
domingo, 11 de agosto de 2013
Entrevista Will Gompertz
Um mar de tubarões
Crítico traça guia para navegar por 150 anos de produção artística
CASSIANO ELEK MACHADO
resumo
Autor de "Isso é Arte?", Will Gompertz afirma que os artistas nunca se guiaram tanto como agora pela relação com o dinheiro e diz que isso define a ausência de crítica quanto ao que se produz e exibe. Para o editor da BBC, falta ao grande público informação que permita ficar à vontade para avaliar a produção atual.
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O cliente que pede "quero esta em azul" e que ouve o lojista responder "esta só vou ter bege", numa loja da cadeia Gap na 5ª Avenida, em Nova York, não tem como saber, mas naquela mesma esquina começou o maior terremoto da arte do século 20.
Numa segunda-feira de início de abril, em 1917, outro cliente entrou no estabelecimento que então ocupava o número 118 da avenida, a tradicional loja de ferragens J.L. Mott e, daquela barafunda de maçanetas, pias e banheiras de ferro, saiu carregando no colo um mictório de porcelana branca.
O nome do rapaz, claro, era Marcel Duchamp (1887-1968), e o tal urinol, igual aos que eram instalados em milhares de banheiros comuns, se converteria pouco depois na "obra de arte mais influente criada no século 20".
As aspas são do inglês Will Gompertz, 47, editor de artes da emissora britânica BBC e ex-diretor da Tate Gallery, em Londres. E é com este episódio emblemático, do mictório que o artista francês transformou numa "escultura" chamada "Fonte", que ele abre o seu livro "Isso É Arte?" [Zahar, tradução Maria Luiza X. de A. Borges, R$ 59,90, 464 págs.], recém-lançado no Brasil.
Pouco importa que Duchamp não tenha conseguido à época expor o urinol e que a peça "original" tenha se perdido. Até a concepção de "Fonte", era o meio (tela, madeira, papel, mármore) que ditava o modo como o artista trataria da realização de sua obra. "Duchamp queria inverter isso. Considerava o meio secundário: o primordial era a ideia", escreve.
Gompertz não nos conta nada de revolucionário com isso. Há muitas décadas críticos e historiadores de arte de todo o mundo vêm mascando nervosamente esse momento de epifania artística. Mas não haveria outro começo para o livro que ele decidiu escrever.
Ao longo de centenas de páginas, o autor se propõe a discutir a pergunta expressa no título, segundo ele bastante frequente a espectadores cada vez mais numerosos de mostras mundo afora --e a fonte da questão foi o urinol.
O visitante do museu olha a cama desfeita e amarfanhada, com lençóis manchados (obra de 1998 da britânica Tracey Emin), ou o tubarão-tigre num aquário com formol (escultura de 1991 do também inglês Damien Hirst), coça o queixo e questiona: "Isso é arte?".
O escritor peruano Mario Vargas Llosa responderia que não, como expressa com veemência em "A Civilização do Espetáculo" [Alfaguara, tradução Ivone Benedetti, R$ 34,90, 208 páginas], analisado no texto ao lado.
Mas, para Gompertz, obras como o célebre tubarão de Hirst não só são arte como constituem grandes marcos do maior movimento em voga hoje, que ele ensaia batizar de "artetenimento" ou simplesmente de "empreendedorismo". O autor inglês, que virá ao Brasil pela primeira vez em setembro, como convidado da Bienal Internacional do Livro do Rio, conversou com a Folha por telefone sobre o cenário da mercantilização da arte.
Folha - Em "Isso É Arte?" o sr. enfatiza os aspectos financeiros do universo artístico e toma o leilão promovido por Damien Hirst em 2008 como um marco de um "movimento" atual, o empreendedorismo. Por que tamanho destaque para essa mercantilização?
Will Gompertz - É um encontro muito interessante o da arte com o dinheiro. Quase sempre foram sinônimo, como vimos no tempo dos Médici, em Florença, e na relação de Leonardo da Vinci com as cortes italianas. A novidade do momento que vivemos é que a relação entre dinheiro e arte ficou mais explícita, até um ponto, recente, no qual o artista virou literalmente um homem de negócios. Os artistas estão cumprindo a profecia de Andy Warhol de que a arte seria feita em fábricas. Artistas como Jeff Koons estabeleceram verdadeiras indústrias para elaborar obras para um mercado em crescimento constante. Antes abasteciam Europa e EUA, agora vendem para todo o planeta.
Como a relação entre dinheiro e arte tende a afetar a qualidade da produção artística?
Ela tem um efeito ruim para a arte em geral. Não acho que, de um ponto de vista histórico, a relação do artista com seus mecenas ou com homens de negócios tenha sido negativa. O impressionismo e o expressionismo abstrato, por exemplo, provavelmente não teriam sobrevivido sem o apoio inicial de agentes e outros investidores. Mas agora as coisas mudaram: o dinheiro assumiu um protagonismo inédito. E artistas gastam milhões de libras para produzirem objetos gigantescos e lustrosos, que parecem menos interessantes do que o que realizavam quando não tinham dinheiro algum.
Por outro lado, o sr. aponta que nunca tantas pessoas frequentaram exposições de arte como agora. Esse movimento não pode funcionar como um antídoto para a "mercantilização" artística?
É por isso que decidi escrever o livro. Há um grande público que precisa das informações históricas, para que possa decidir por conta própria o que acha que é boa ou má arte. Vivemos numa época em que nos é imposta a ideia de que tudo o que está em museus ou galerias é maravilhoso. Não há mais crítica a nada. Isso tem claramente relação com a mercantilização da arte e com todos esses museus que escolhem colecionadores milionários para serem conselheiros. Uma vez que o nome de um artista é estabelecido, não interessa a ninguém que seu valor de mercado seja afetado.
Há, portanto, desonestidade e corrupção no sistema. Isso significa que nós, os espectadores de arte, nunca temos ajuda. Um filme de Woody Allen ou um livro de um escritor famoso pode ser bem ou mal avaliado. Na arte é tudo bom.
O sr. faz um grande esforço para explicar por que centenas de artistas são realmente artistas, e não charlatões, mas não para mostrar que algum grande artista é um enganador. Por quê?
Acho que os verdadeiros charlatões são alguns colecionadores. O artista faz suas obras, e esse é o papel que cabe a ele. Se o colecionador ganancioso decide comprá-las só porque o nome do artista é conhecido, ele é que é o enganador.
Não existem obras de arte ruins que mereçam ser apontadas como tal?
O que eu tento fazer no livro é guiar as pessoas para o que é bom, o que não significa afirmar, e é o que eu acho, que 99% da arte produzida hoje é ruim, da mesma forma que a maior parte dos livros, filmes ou peças recentes não são muito bons. Não creio que faça sentido escrever um livro sobre a arte que não é boa. Seria estimular as pessoas a verem o que é ruim. Quero ajudar as pessoas a fugirem do que é um lixo apontando obras que merecem seu tempo.
No ensaio "O Pintor da Vida Moderna", de 1863, Charles Baudelaire dizia que "poucos homens são dotados da capacidade de ver". Após 150 anos, nós enxergamos melhor?
Acho que não. Talvez ainda pior do que há 150 anos. Tornamo-nos obcecados por nós mesmos. É a geração "eu". Você vê pessoas andando nos parques olhando para seus celulares, sem nem conseguirem manter uma conversa com o vizinho. Hoje há muito pouca gente apta a enxergar a vida além de suas experiências mais pessoais. A objetividade parece ser uma ação em queda no mercado.
A aproximação de multidões de pessoas à cultura da fotografia, com a difusão do digital e de aplicativos como o Instagram, não pode ajudar a educar o olhar?
Acho que isso só faz as pessoas se interessarem cada vez mais por elas mesmas e pararem de prestar atenção no universo do outro.
O sr. faz um trabalho de grande síntese, ao aglutinar 150 anos de arte. O sr. acredita que tenha conseguido acrescentar elementos novos à narrativa dessa história?
Acho que a razão de existir do livro é olhar a arte moderna a partir do século 21. Muitos o fizeram no século 20, mas faltava uma visão nova. O realmente novo, entretanto, seria um olhar para o que aconteceu nesse período fora da Europa e dos EUA. O que acontecia na China, na África, na América da Sul, nas áreas ignoradas pelo "establishment"? Esse talvez seja o tema de meu próximo livro.
Em sua história da arte, o sr. faz referências ao universo pop, como "Onde Está Wally?", Beyoncé, "Os Simpsons" e Susan Boyle. O sr. usou esses elementos a fim de atrair um público novo?
Sim, eu considero essas referências muito importantes para meu trabalho. O que quero afirmar ao citá-los é que a arte não existe só dentro da bolha dos artistas. Ela reflete a vida cotidiana. Deveríamos nos sentir tão confortáveis com a arte quanto nos sentimos com "Os Simpsons".
O sr. cita o Brasil em três ocasiões no seu livro, ao se referir ao Carnaval do Rio, a Brasília e ao artista contemporâneo Cildo Meireles. O sr. já esteve no país?
Não, e estou ansioso para chegar aí para a Bienal do Livro do Rio. Cito Meireles porque, na minha opinião, é um dos melhores artistas do mundo. É um gênio. Também sou um grande fã de Helio Oiticica e de Caetano Veloso, um de meus cantores preferidos.
Você tomou a decisão de não citar as fontes bibliográficas de sua pesquisa. Houve alguma obra central para a sua pesquisa?
Não. Usei muitos catálogos de mostras individuais de artistas. Também consultei instituições de pesquisa, visitei acervos e falei com curadores e críticos. Foram fontes mais importantes do que livros gerais de história da arte.
O sr. não menciona no livro diversos artistas contemporâneos destacados, como Anselm Kiefer, Gerhrad Richter, Anish Kapoor, Bill Viola. O sr. não acha que eles sejam de grande importância? Ou foi por uma questão de espaço?
A estrutura do livro foi construída em torno das escolas de arte moderna, não dos artistas. Trato essencialmente dos artistas que estabeleceram esses movimentos. No universo do expressionismo, por exemplo, eu começo em Van Gogh, em 1880. Mas o expressionismo continua até hoje, com grandes artistas como Kiefer. Eu poderia ter feito um livro inteiro só sobre o expressionismo, ou sobre Picasso, mas, por conta do formato que escolhi, tive de deixar alguns autores icônicos de lado.
É impressão ou o sr. gosta mais de Cézanne do que de Picasso?
Essa é difícil. Os dois foram colossos. Foram mestres e gênios e não consigo pensar numa obra da qual eu goste mais do que a pintura "O Retrato de Gertrude Stein" (1906), de Picasso. Mas Cézanne foi mais consistente e inovador. Picasso não poderia ter acontecido sem Cézanne.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Única iniciativa econômica conjunta das Coreias em 60 anos, o complexo industrial de Kaesong agora causa prejuízos milionários.
Os sul-coreanos queriam transformar o local na principal área fabril da Península Coreana e numa das maiores da Ásia, mas nos últimos quatro meses encontraram a resistência do regime de Kim Jong-un.
O ditador norte-coreano decidiu retirar seus 53 mil trabalhadores do complexo em abril, em represália a duas resoluções da ONU contra o país por um teste nuclear em fevereiro e o lançamento de um foguete com tecnologia de mísseis em dezembro.
Após um mês de diálogos improdutivos para tentar retomar as operações, os norte-coreanos cortaram relações com o Sul em 25 de julho.
No dia 29, a Coreia do Sul pediu a retomada do diálogo, após oferecer ajuda humanitária ao país comunista. Sete dias depois, Pyongyang segue em silêncio e aumenta a preocupação de Seul com o prejuízo de US$ 10 bilhões (R$ 23 bilhões) com a construção.
Além das instalações, o governo da presidente Park Geun-hye arca mensalmente com US$ 273 milhões (R$ 619 milhões) de compensação financeira às 123 empresas que atuam na área.
Do lado norte-coreano, houve a perda dos rendimentos de exportação que, no ano passado, renderam US$ 480 bilhões (R$ 1,09 bilhão).
A fim de evitar novos prejuízos, Seul exige garantias a suas empresas e trabalhadores para retomar as operações. Para o diretor do Departamento de Relações Intercoreanas da Universidade Dongguk, Koh Yu-hwan, o pedido será atendido por Pyongyang, mas levará tempo.
"O fechamento do complexo representa uma grande ameaça, que alterará toda a relação intercoreana, incluindo a parte militar. Seul está sofrendo um enorme prejuízo".
Koh afirma que a crise é resultado de cinco anos de pouco avanço nas relações entre os dois países, devido à retórica mais dura do presidente Lee Myung-bak, que assumiu em 2008 e foi sucedido este ano por Park Geun-hye.
Por outro lado, Pyongyang fez no mesmo período dois testes nucleares e um ataque a uma ilha sul-coreana, que matou quatro soldados.
As ações dos dois lados esfriaram o projeto de cooperação proposto pelo Ministério de Unificação sul-coreano em 2000, após a única reunião de chefes de Estado dos dois países desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.
Além de Kaesong, eles pretendiam fazer uma vila turística no Monte Kumgang, a 50 km da fronteira, do lado norte-coreano. Dois anos depois, iniciaram a construção do complexo, com a simbólica derrubada das cercas da zona desmilitarizada.
Do lado sul-coreano da fronteira, é possível ver a área industrial do mirante de um antigo posto militar. As fábricas, modernas, contrastam com a cidade de Kaesong, com prédios de estilo soviético.
A intenção era que os trabalhadores usassem trens para chegar a Kaesong, mas o serviço foi suspenso em 2008 por motivo de segurança.
A estação de Dorasan, última antes da Coreia do Norte e que servia de acesso ao complexo, tem apenas um serviço diário para Imijiang, de onde saem trens para a capital Seul, a cerca de 60km.
No local, um mapa mostra outro projeto de unificação, a Ferrovia Transcoreana. O objetivo é ligar por trem a Coreia do Sul à China e à Rússia.
Com os projetos, a Coreia do Sul diz se preparar para "o futuro", forma como define uma unificação que, 60 anos após a guerra, dá alguns passos para trás em Kaesong.

O Japão apresentou ontem seu maior navio militar desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando o país foi obrigado a reduzir suas defesas após um acordo com os Estados Unidos.
A embarcação, que ainda está sendo construída em Yokohama (região metropolitana de Tóquio), começará a funcionar a partir de 2015.
Com 248 metros de comprimento e capacidade para transportar até 14 helicópteros, o navio custou € 900 milhões (R$ 2,7 bilhões).
Batizado de Izumo, o destróier foi apresentado no mesmo dia do aniversário de 68 anos do ataque nuclear americano à cidade de Hiroshima, que matou mais de 140 mil pessoas.
Segundo o ministério da Defesa japonês, o navio servirá para a defesa da soberania territorial e a proteção das vias marítimas, assim como para transportar pessoas e suprimentos em casos de desastres e catástrofes naturais.
No entanto, especialistas independentes acreditam que a embarcação também terá potencial ofensivo, ou seja, poderá ser utilizada como porta-aviões polivalente e servir de plataforma de lançamento para aviões de caça de pouso vertical.
A cerimônia de lançamento do destróier teve como pano de fundo as tensas relações do Japão com a China e, em menor medida, com a Coreia do Sul, devido a disputas territoriais com os dois países. Ontem, Pequim manifestou preocupação com a expansão militar do vizinho.
O lançamento do navio japonês acontece meses após a China colocar em funcionamento seu primeiro porta-aviões, o Liaoning.
Em resposta, Tóquio lançou uma missão para proteger um arquipélago disputado pelos dois países no mar do Leste da China.
Tanto a China quanto a Coreia foram ocupados antes da Segunda Guerra Mundial pelo império japonês.
Além dos problemas territoriais, a relação de Seul e Pequim com Tóquio é abalada pela mágoa histórica com a ocupação, pela qual o Japão ainda não fez nenhum pedido formal de desculpas.


Há três anos, o governo local de Dengfeng, na província central de Henan, cedeu seu controle acionário do "Espaço Cênico do Mosteiro Shaolin" para o CTS (Serviço Nacional de Viagem da China). O preço foi bem baixo visando atrair mais investimento, e o CTS prometeu realizar vários grandes projetos de construção ao redor do sítio ancestral, o local de nascimento do Chan (Zen) Budismo e um símbolo das artes marciais chinesas.
Mas com o passar do tempo –com o CTS embolsando lucros imensos com o mosteiro– os projetos que prometeu nunca saíram do papel. Em 1º de julho, o governo de Dengfeng acabou retomando à força o controle da entrada da área cênica. Mas um dia depois, graças à intervenção de autoridades superiores em Pequim, o CTS recuperou os direitos administrativos do local.
Esse é apenas a mais recente reviravolta na novela em andamento do Mosteiro Shaolin. Desde que o famoso mosteiro foi declarado um destino turístico nacional (e Patrimônio da Humanidade pela Unesco), além de se tornar uma entidade com fins lucrativos, todas as partes ligadas ao templo querem uma fatia da torta de dinheiro. Em nome da descoberta de astros do kung fu, competições de artes marciais são organizadas; candidatas de concursos de beleza, usando biquínis, aparecem no mosteiro sagrado para atrair cobertura extra da mídia; e novas empresas usam diariamente o nome sagrado como parte de sua marca, incluindo o Shaolin Automobile e o Shaolin Hotel.
É claro, o governo local e o mosteiro continuam sendo os maiores beneficiários dessa fonte de receita. A venda de ingressos para todas as atrações em torno do templo chega à soma considerável de 150 milhões de yuans (cerca de US$ 25 milhões) por ano. O governo fica com 70% dessa receita, enquanto o mosteiro fica com o restante.
Mas existem conflitos entre os dois maiores ganhadores nessa competição sem restrições. Shi Yongxin, o abade shaolin, já se queixou para um jornal: "Nós somos a parte passiva da venda de ingressos e ficamos com aquilo que a autoridade local se digna a nos dar. Em relação a quantos ingressos são realmente vendidos, nós não temos voz ativa".
Exigindo os pagamentos atrasados do governo de Dengfeng, os monges shaolin já fizeram uma petição às 2 horas da madrugada em frente ao prédio do governo provincial de Henan. "Os monges estão lá para cantar suas escrituras", disse uma autoridade. "Para que precisam de tanto dinheiro?"
Também há parasitas que exploram o mosteiro, que foi fundado no século 5º. Esses aproveitadores incluem operadores de shows e competições de kung fu, donos de hotéis, trapaceiros que constroem santuários falsos nas proximidades para coletar doações "para incenso", ou até mesmo leitores da sorte que fingem ser monges.
Muitos até mesmo consideram o abade como no fundo um empresário. Quando ele apareceu no portão do mosteiro para receber uma homenagem de centenas de discípulos americanos de kung fu, a multidão local aplaudiu com admiração: "Yongxin está se dando bem!"
Naturalmente, fama e riqueza também trazem problemas. Há pouco tempo, circulou um rumor de que Shi Yongxin possuía dezenas de bilhões em economias e tinha como namorada uma jovem estudante da Universidade de Pequim. Várias câmeras foram descobertas no quarto de Shi, e alguns funcionários de Shaolin acreditam que os aparelhos de espionagem foram instalados porque o mosteiro conseguiu deter um projeto de hotel.
Além dos interesses financeiros diretos, a frequente cobertura de Shi pela mídia também é fonte de ciúme e desarmonia local. Algumas autoridades do governo dizem de modo privado que ele é egocêntrico e pomposo, e sempre acaba no meio de quaisquer fotos de grupo tiradas com visitantes VIP, incluindo a primeira vez que um chefe de Estado, o presidente russo Vladimir Putin, fez uma visita ao templo para assistir uma demonstração de kung fu.
O local de nascimento do Zen parece incapaz de aprender suas próprias lições ancestrais sobre a paz interior.