sexta-feira, 28 de junho de 2013

Um aposentado pediu indenização de 1,41 milhões de ienes (R$ 31.800) à rede de televisão pública do Japão NHK, que, segundo ele, usa muitas palavras estrangeiras.
Hoji Takahashi, 71, diz que o excesso de estrangeirismos niponizados o impede de entender conteúdos e lhe causa "angústia emocional".
Takahashi denuncia, por exemplo, "toraburu" e "kea", corruptelas japonesas, respectivamente, para os termos em inglês "trouble" ("problema") e "care" ("cuidado"). Para ele, o público mais velho que não estudou idiomas não entende os significados.
O aposentado lidera o grupo "Nihongo wo Taisetsunisuru Kai" ("Associação Sobre a Importância do Uso do Japonês"). Ele disse ter pedido a indenização nesse valor para que a causa seja apreciada por tribunais superiores, conforme o código civil do país.
"Meu cliente teme que o Japão tenha virado uma província da América", disse seu advogado, Mutsuo Miyata.
As apropriações, porém, decorrem da pronúncia e, em certos casos, derivam da introdução de itens ocidentais, como garfo e faca, após a abertura dos portos japoneses no fim do século 19.
Representantes do canal público disseram apenas que avaliam os fundamentos jurídicos do pedido.



http://revistasamuel.uol.com.br/conteudo/view/20409/O_futebol_e_as_arabias.shtml

http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/83/futebol-e-as-arabias

segunda-feira, 10 de junho de 2013


A principal forma de punição dentro da Yakuza, a máfia japonesa, é a amputação de dedos da mão. Geralmente, o primeiro a ser cortado é o mindinho da mão esquerda. Por isso, ex-membros da organização criminosa são facilmente reconhecidos e sofrem preconceito quando tentam se integrar à sociedade.
Antigamente, para tentar disfarçar, os ex-mafiosos andavam com os punhos fechados e raramente abriam a mão. Agora, com a ajuda do prostético Shintaro Hayashi, eles estão conseguindo viver em família, com novos empregos e sem precisar revelar o passado.
Hayashi é dono da empresa Aiwa Gishi, com sede em Tóquio. Segundo a "ABC News", ele é o principal fabricante de próteses de dedos. Há cerca de dez anos, ele fabrica dedos falsos de diversos tamanhos e cores.
A prótese não é barata, custa cerca de US$ 3.000 (cerca de R$ 6.400), mas faz sucesso entre ex-membros da Yakuza e atuais mafiosos que precisam disfarçar a atividade durante eventos públicos.
"Chega um ponto em que eles não conseguem mais esconder os dedos. Muitos têm mais de um dedo amputado", afirmou Hayashi à "ABC News".
Durante 20 anos na Yakuza, Shigueru Takei precisou amputar os dois mindinhos. Quando saiu da máfia, tentou arranjar um emprego, com a ajuda da mulher, mas a falta dos dedos o impedia de conseguir um bom trabalho.
Finalmente, quando comprou a prótese, Takei arranjou um emprego. Agora, durante quatro vezes no ano, ele passa na empresa de Hayashi para retocar a prótese.
"Tiro os dedos assim que chego em casa e fico sem eles nas minhas folgas", contou.