segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Em uma sociedade moderna e imediatista, que promove cada vez mais a ideia de que o importante é ter – e não ser – fica muito fácil, obviamente, perder a referência de quem se é. Para o artista chinês Jeffrey Wang é muito difícil ater-se a si mesmo quando se vive sob o ataque constante de influências de todos os tipos. É um caminho certo para a perda da identidade.
Por isso, ele criou IDENTITY, um conceito que explora, em fotografia, o processo que deforma a essência do indivíduo, por meio de intervenções externas. IDENTITY é o modo como Jeffrey Wang enxerga todo esse processo, que existe desde a hora em que nascemos. IDENTITY é a luta pela própria individualidade.
Sua arte é influenciada pela filosofia, na qual vê um dos principais fatores que definem o comportamento das pessoas. Em seus trabalhos, o artista procura representar as emoções humanas. Para ele, apesar de os sentimentos serem muito pessoais, na observação e entendimento da obra sempre haverá pessoas que sentem as mesmas coisas, que se sentem conectadas umas às outras. O fato de a obra incitar o mesmo sentimento em indivíduos diferentes é o aspecto genérico. O sentir-se, de fato, conectado ao outro, é a individualidade.
Sua obra também é marcada por características da cultura chinesa. Wang afirma que o essencial em toda a arte é acrescentar um toque pessoal. Desse modo é possível atingir a todos. Não importa o quão abstrata seja a arte: quando há uma genuína individualidade na forma de transmitir uma visão de mundo, há, da mesma forma, uma genuína e fundamental conexão com o outro.

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