terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A China vai proibir todas as ligações telefônicas que não são originadas pelas suas duas redes estatais, a China Unicom e a China Telecom. A medida afetará serviços de telefonia via Voz sobre IP, como o Skype. As informações são do “Telegraph”.
O Skype, no entanto, negou ter conhecimento da proibição. “Usuários na China no momento acessam o Skype via TOM Online, nosso parceiro majoritário em joint venture”, disse um porta-voz da companhia.
Além dos serviços de telefonia pela internet, o governo chinês já baniu sites como Facebook, Twitter e YouTube. O serviço de buscas do Google saiu do ar na China em março, depois de a empresa de internet parar de censurar as buscas conforme obrigatoriedade do governo do país.
Segundo o deputado-chefe do Departamento de Propaganda chinês, Wang Chen, em novembro “350 milhões de itens com informações prejudiciais, incluindo textos, imagens e vídeos, foram deletados da internet do país".
A China é o maior mercado de telefonia pela internet do mundo, que tem preços muito mais baratos do que a telefonia fixa do país e concorre diretamente com as gigantes estatais de telecomunicação do país.
Desde de setembro de 2007, usuários chineses do Skype passaram a utilizar o serviço em conjunto com a TOM, empresa de Hong Kong. O serviço tem sido criticado por monitorar as mensagens dos chineses na rede, especialmente as com assuntos como Falu Gong e o Tibet.
Especialistas afirmam que será difícil ou até mesmo impossível que a proibição funcione. Os usuários chineses poderiam simplesmente baixar na internet outras versões do Skype ou softwares que fazem ligações pela internet de sites fora da China
O governo chinês proibiu jornais, editoras e donos de sites de usar palavras estrangeiras, especialmente em inglês. A Administração Geral de Imprensa e Publicações, órgão estatal que controla a imprensa e as editoras da China disse que essas palavras estão destruindo a pureza da língua chinesa e determinou que o chinês padrão deve ser a norma.
Siglas e abreviaturas estrangeiras devem ser evitadas, segundo a determinação, que amplia normas que já se aplicavam ao rádio e à TV.
O órgão disse que, com o desenvolvimento econômico e social, línguas estrangeiras estavam sendo cada vez mais usadas em todos os tipos de publicações na China.
O costume estaria "prejudicado seriamente" a pureza da língua chinesa e resultado em "impactos sociais adversos" sobre o ambiente cultural, segundo o jornal People's Daily. Se uma palavra tiver de ser escrita em uma língua estrangeira, deve ser acompanhada de uma explicação em chinês - determinou o órgão.
Traduções de nomes de pessoas e de lugares estrangeiros devem ser padronizadas. Até o momento, no entanto, a mídia chinesa não parece estar dando muita atenção à medida.
No portal chinês Baidu, por exemplo, palavras como punk, rap e iPhone aparecem na grafia original. E a própria agência de notícias oficial do país, Xinhua, usa siglas inglesas como GDP (Gross Domestic Product, ou Produto Interno Bruto) e até UFO (Unidentified Flying Object, Objeto Voador Não Identificado).

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