segunda-feira, 30 de setembro de 2013


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Um xeque da Arábia Saudita afirmou, em entrevista publicada na última sexta-feira em um site de notícias saudita, que mulheres que dirigem correm o risco de danificar seus ovários.
"Se uma mulher dirige sem que seja por pura necessidade, ela poderá ser afetada fisiologicamente. Estudos médicos demonstram que dirigir afeta automaticamente os ovários e empurra a pélvis para cima", disse o xeque saudita Saleh al-Lohaidan.
"É por isso que as mulheres que dirigem com frequência têm filhos com problemas clínicos de graus variados."
Apesar de não haver leis no país que impeçam as mulheres de dirigir, na prática elas não podem conduzir carros.
Apenas homens podem tirar carteira de habilitação. Caso sejam pegas dirigindo, mulheres podem receber multas. No passado, já foram detidas e julgadas sob acusação de estarem fazendo protestos políticos.
A declaração do xeque vai na contramão de uma campanha feita por ativistas sauditas, convocando mulheres a desafiarem a proibição no dia 26 de outubro. Na semana passada, o site da campanha foi tirado do ar.
O xeque Saleh al-Lohaidan é um dos 21 membros do conselho clerical da Arábia Saudita. Ele pode redigir fatwas (éditos religiosos) e aconselhar o governo.
O rei Abdullah, que governa o país, nunca se pronunciou sobre o tema das mulheres na direção.

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