domingo, 14 de setembro de 2014


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Quando se trata dos lugares menos visitados no mundo, restam poucas opções para sair da trilha batida. Cuba? Não é o que era antes. Birmânia? Basicamente aberta. Síria? Bem, isso está fora de cogitação por enquanto.
Mas para viajantes com um faro de Indiana Jones, o único lugar muitas vezes considerado impossível está se tornando cada vez mais viável: a Coreia do Norte.
Um número crescente de turistas ocidentais — chamados de “europeus” no país, apesar de cada vez mais incluírem americanos — está visitando a Coreia do Norte para ver se este último remanescente da Guerra Fria é realmente tão estranho quanto ele deveria ser.
— Eu queria uma experiência nova, ver este lugar com meus próprios olhos e formar minhas próprias opiniões — disse Victor Malychev, um russo especialista em telecomunicações que viveu em Washington, nos Estados Unidos, por 13 anos. — E acho que também queria uma marca de “feito” ao lado dele também — admitiu, enquanto estava em uma excursão organizada por Jovens Pioneiros, uma das empresas de viagens mais recentes que operam na Coreia do Norte.
O punhado de operadores turísticos no país formam um leque cada vez mais diversificado de experiências — incluindo esqui, ciclismo e golfe. Os turistas devem estar preparados não só para ter inspetores do governo constantemente ao seu lado, mas para perambular em torno de monumentos aos Kim e sua dinastia comunista.
Veja o Monte Myohyang, uma bela caminhada de duas horas ao norte de Pyongyang. A atração principal na Coreia do Norte, uma parada comum na rota turística, é a Exposição Amizade Internacional — um edifício de seis andares, com piso de mármore, construído para abrigar os cem mil presentes dados ao fundador do país, Kim II-sung, que permanece como o “presidente eterno” mesmo duas décadas depois de sua morte.
É uma galeria de antiguidades: Stalin, Mao, Assad, Kadafi, Fidel e Tito e o que eles deram a Kim. Todas mostram como o mundo adora o ex-líder e seus herdeiros, ou pelo menos é isso que o guia turístico diz. Mais pessoas poderão em breve estar caminhando através desses longos e imaculados corredores, com os sapatos envoltos em um material especial para que não entrem em contato com os pisos sagrados.
Sob uma nova política, a Coreia do Norte tem a meta de atrair um milhão de turistas ao país, embora não tenha definido um prazo para fazê-lo. Mesmo aqueles que trabalham com a indústria turística nacional dizem que o número é ambicioso, já que estima-se que o país tenha cem mil visitantes por ano. A grande maioria vêm da vizinha China, que tem a vantagem de ser não só geograficamente próxima, mas não muito distante em termos comunistas.
Além disso, os operadores turísticos relatam que o número de americanos que visitam o país caiu visivelmente desde que dois turistas dos Estados Unidos, Jeffrey Fowle e Matthew Miller, foram detidos em abril. Ambos foram acusados ​​de atos hostis. Ainda assim, mesmo que a Coreia do Norte não alcance a sua meta de um milhão, ela certamente está recebendo mais turistas do que estava poucos anos atrás.
Os números oficiais não estão disponíveis, mas “Chosun Sinbo”, um jornal pró Coreia do Norte no Japão, informou que houve um aumento de 20% no turismo estrangeiro no primeiro semestre de 2014 em comparação com o ano anterior, embora não dê números exatos.

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