segunda-feira, 17 de agosto de 2015


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"O Japão não pode permitir que as futuras gerações, que não têm nada a ver com a guerra, sejam predestinadas a pedir desculpasNo 70º aniversário do fim da guerra, expresso meu sentimento de condolência eternaShinzo Abeprimeiro-ministro do Japão
O premiê do Japão, Shinzo Abe, expressou nesta sexta (14) "condolências eternas" às vítimas da Segunda Guerra em seu país e no exterior, mas disse que futuras gerações "não devem ser predestinadas" a pedir desculpas pelo passado militar do país.
Abe falou durante ato que lembrou o 70º aniversário da rendição japonesa.
"O Japão reiterou muitas vezes seu sentimento de remorso profundo e suas desculpas sinceras por seus atos na guerra", afirmou. "As posturas expressadas pelos governos precedentes permanecerão inabaláveis no futuro."
Ressaltando que 80% dos habitantes do país nasceram após a guerra, Abe disse que "o Japão não pode permitir que as futuras gerações, que não têm nada a ver com a guerra, sejam predestinadas a pedir desculpas", disse Abe.
Aliado da Alemanha nazista na guerra, o Japão rendeu-se em 15 de agosto de 1945 após os EUA lançarem duas bombas atômicas sobre o país, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki.
VIZINHOS
O discurso desta sexta era muito aguardado pelos vizinhos do Japão, especialmente a China e a Coreia do Sul, que sofreram com o militarismo e a expansão imperial do país entre 1910 e 1945.
"Nós gravamos em nossos corações as histórias de sofrimento dos povos da Ásia, (...) como Indonésia, Filipinas, Taiwan, República da Coreia e China, entre outros", disse o premiê. "No 70º aniversário do fim da guerra (...), expresso meu sentimento de pena profunda e minha condolência eterna e sincera."
Desde o fim da guerra, a Constituição japonesa tem um caráter pacifista. Mas o governo de Abe tem apresentado medidas no sentido de remilitarizar o país e buscar uma posição mais ativa na área de Defesa nacional, o que tem provocado protestos.
No discurso, Abe afirmou que o Japão permanecerá pacífico, mas fez críticas veladas às atividades da China em águas disputadas na região.
Os dois países asiáticos reivindicam soberania sobre o território marítimo em torno de ilhas desabitadas chamadas de Diaoyu pelos chineses e Senkaku pelos japoneses.
Abe disse, por fim, que o Japão jamais poderá repetir a devastação da guerra, dizendo que aquelas mortes deixam-no em luto.
"A história é dura. O que foi feito não pode ser desfeito", afirmou.

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