segunda-feira, 27 de abril de 2009

I LIKE IKI




の構造
Shūzo Kuki nasceu em 1888.
Filho de um nobre e uma ex-gueixa, em 1911, ele se converteu ao catolicismo e foi batizado como Franciscus Assisiensis Kuki Shūzo.
Graduado em filosofia pela Universidade Imperial de Tóquio, ele passou nove anos, a partir de 1921, na Europa para aperfeiçoar sua proficiência em línguas estrangeiras e para aprofundar seus estudos sobre o pensamento ocidental. Neste período e entre universidades da Alemanha, França e Áustria, Kuki teve contato com Henri Bergson (sua principal influência filosófica), Jean Paul Sartre, Edmund Husserl e Martin Heidegger.
Kuki foi um dos primeiros filósofos japoneses a analisar a tradicional cultura nipônica a partir da filosofia ocidental.
Após deixar a Europa e retornar ao Japão, ele publicou, em 1930, A Estrutura do Iki.
Por meio de uma estética existencialista, seu tratado sobre o Iki tenta elucidar os princípios deste termo surgido no Japão do século XVIII. Iki é uma palavra japonesa que não encontra uma tradução exata em outras línguas. Associado com o francês chic e com o inglês cool, Iki pode ser entendido como algo que se destaca dos elementos habituais do cotidiano. Pelo contraste com o que é corriqueiro aparecem questões dualistas como: Oriente Ocidente, Japonês Europeu, Mulher Homem, Amor Paixão, Corpo Espírito, Sensual Material.
O que é in e o que é out. O que é Iki e o que não é.

Adicionar imagem Códigos tácitos de estilo, vestimenta e comportamento identificam o Iki. Gueixas e samurais. Flerte, auto controle valoroso, resignação. Um tipo de beleza elegante com nuances de sensualidade e sexualidade. Aproveitar os prazeres da carne e nunca ser controlado por desejos carnais. Aproveitar os prazeres monetários e nunca ser controlado pelo desejo por dinheiro. Muitos atributos estão ligados ao Iki. Certas tonalidades de cor. Capacidade de auto controle. Qualidades personificadas por heróis do Kabuki. É uma longa lista de relações. O descontrole apaixonado do Vermelho e o Negro de Stendhal é o tipo de amor contrário ao Iki. Ao invés de cores, a penumbra. Ao invés da experiência em si, a sugestão da experiência. Kuki expõe muitos exemplos, muitos detalhes implícitos, muitas insinuações que envolvem e revolvem os sentidos do Iki.
Kuki publicou mais quatro livros sobre assuntos diversos e também complexos. Mas, é o seu livro sobre o Iki que permanece até hoje como referência da obra filosófica desse budista, católico, livre pensador, admirador do nacionalismo e do fascismo. Várias faces como convém a um devoto do Iki.
Kuki faleceu em 1941 por causa de um ataque de peritonite. Uma morte nada Iki.
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